quarta-feira, 15 de julho de 2015

Onde foi parar todo o dinheiro emprestado à Grécia?

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Afinal, o que toda a gente questiona é: onde foram parar os mais de 225 mil milhões de euros recebidos pela Grécia desde maio 2010 até hoje, mais do PIB anual grego?


A ideia alimentada pelos média é que serviu para pagar os funcionários do Estado e manter esquemas de corrupção no seio do governo. Nada disto é verdade.


A Grécia, durante esse período conseguiu reduzir as despesas do Estado, ao ponto de ter um excedente primário positivo em 2013.




Mas vejamos então onde foi gasta essa soma fabulosa:


- Os gasto com a gestão do Estado grego representara, apenas, 11% desse valor (deficit primário + outras necessidades de tesouraria do governo)

- Pagamento das dívidas ao BCE: 32%

- Pagamento das taxas de juros ao BCE: 16%

- Reembolso ao FMI: 3%

- Pagamento do PSI (participações de iniciativa do sector privado): 14%. Esta parcela refere-se ao facto de após uma relativa estabilidade da Grécia, os principais bancos da zona euro terem transferido o problema para o sector privado. 

- Recapitalização do sector bancário: 19%

- Compra de dívida: 4%




Resumindo, o Estado grego só beneficiou de todo este dinheiro para relançar a sua economia em cerca de 11%, todo o resto foi para dívida, juros de dívida e recapitalização bancária.


Em contrapartida foi obrigada a cortes na saúde e educação, e outros sectores, e a vender grande parte das suas empresas públicas a preço de saldo.







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6 comentários:

  1. Este post é serviço público
    e o serviço público não fala disto

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  2. Os políticos americanos 'preocuparam-se' mais com a falência da Grécia do que com a falência da cidade de Detroit!
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    A firmeza do contribuinte alemão, não cedendo à pressão vinda da imprensa marioneta da superclasse (alta finança - capital global), É FUNDAMENTAL PARA SALVAR A EUROPA!!!
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    -> Depois de andar a 'cavar-buracos' um pouco por todo o lado (nas finanças públicas, na banca)... a superclasse (alta finança - capital global) quer pôr o contribuinte a tapar os buracos por si cavados (o banco goldman sach ganhou milhões com a ocultação da divida grega)!
    -> Ora, de facto, depois de 'cozinhar' o caos..., a superclasse apareceu com um discurso, de certa forma, já esperado!... Um exemplo: a conversa do mega-financeiro George Soros: «é preciso um Ministério das Finanças europeu, com poder para decretar impostos e para emitir dívida».
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    -> O discurso anti-austeridade que circula por aí... pressupõe a existência de alguém que vai pagar/suportar o deficit... e já existe um alvo escolhido: o contribuinte alemão!
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    -> A superclasse pretende 'cozinhar' as condições que são do seu interesse:
    - privatização de bens estratégicos: combustíveis... electricidade... água...
    - caos financeiro...
    - implosão de identidades autóctones...
    - implosão das soberanias...
    - forças militares e militarizadas mercenárias...
    resumindo: estão a ser criadas as condições para uma Nova Ordem a seguir ao caos - uma Ordem Mercenária: um Neofeudalismo.
    {uma nota: anda por aí muito político/(marioneta) cujo trabalhinho é 'cozinhar' as condições que são do interesse da superclasse}


    P.S.
    http://separatismo--50--50.blogspot.com/

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  3. Quer-me parecer que dentro da própria Alemanha há interesses nesse sentido(que o Rui menciona)quer no governo quer em certos grupos económicos e corporações ligadas ao establishement inetrnacional8bilderberg e afins).

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  4. Bom, e a recapitalização da banca grega não conta? Sou eu que beneficio da recapitalização da dita ou são as empresas e as famílias gregas? Vai daí são mais 19%, o q perfaz 30%. E já agora: contrair dívida ao longo dos anos não resultou em benefício social, ou empresarial ou outro para o povo grego? Pediram empréstimos para dar aos outros ou para deitar fora? Prnsei que tinha sido para ajudar a economia a crescer, e as famílias a viver melhor, com mais casa própria, mais educação, mais saúde do que há 20 anos. Melhor era que se pedisse o guito, gastasse à tripa forra e nunca ninguém viesse pedir contas, mas como o "ninguém" somos todos nós (pq o BCE e o FMI não fabricam dinheiro, nós é que o lá pomos) é natural que queiramos saber onde e quando é que o vamos ver de volta.

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  5. A recapitalização da banca grega serviu para pagar aos credores, esse dinheiro não foi injectado directamente na economia grega.

    Os bancos (na sua generalidade), hoje em dia, nunca tiveram tão capitalizados.

    Os bancos não têm falta de capital, mas sim de confiança e risco de contágio na Zona Euro.

    A recapitalização da banca não resolve a dívida soberana, pelo contrário, pode agravá-la.

    A recapitalização bancária pode ter um efeito positivo na redução do risco de crédito, mas esse efeito pode ser apenas temporário.

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