segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Eu não reciclo

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Nesta nossa época em que o verde está na moda, em que o verde "lava mais branco" à custa de benefício de milhões só par alguns, que temos de ser ecológicos a qualquer custo, em suma em que existe uma verdadeira ditadura ecológica, aqui fica um texto desconcertante mas real do mito ecológico actual.




Eu não Reciclo.


Vou ser insultado várias, porque poucos vão ler este artigo até ao fim.



Em 20 anos apenas, apagaram a memórias do vasilhame, do farrapeiro, da compras por grosso, dos sacos de pano.

Em 20 anos apenas, formataram pessoas a reciclar, a comprar e a reciclar.



No final da década 80, no inicio da forte campanha à reciclagem, quando se comprava água ou um refrigerante, comprava-se a embalagem, e era possível, trocar por outra cheia ou vender a embalagem.



As garrafas não tinham fim de vida, mas vida continua. Curioso, como em 20 anos, a vida da garrafa(agora de vido ou plástico), só tem uma vida. Sim, só tem uma vida, mas que nos dizem que vai ter nova vida, depois de um gasto energético brutal, isso já não o dizem. Há 20 anos, existiam garrafões de agua e de vinho em vidro, reutilizáveis. Agora existem garrafões de plástico recicláveis.





Há 20 anos, existiam os farrapeiros, que nos compravam o papel e farrapos para a reciclagem. Hoje existem bidões que damos o papel ou cartão que pagamos, quando compramos um qualquer produto, porque isso é bom para o ambiente, mas o que não nos dizem é que para reciclar e lavar esse todo papel existe um gasto brutal de energia, água e lixívias para tornarmos a ter papel muito branco. Pois, em 20 anos, criaram-se mais embalagens de cartão e papel, que pagamos quando adquirimos um qualquer produtos, e depois entregamos aos bidões gratuitamente.



Há 20 anos, o arroz, o feijão e outros produtos que tais comprava-se a grosso e levava-se um saco de pano. Agora existem muitas embalagem em plástico, para qualquer produto alimentar, que depois recicla-se, para isso basta colocar no bidão, porque é bom para o ambiente, mas não interessa as necessidades de energia para tal.



Agora quem recicla é amigo do ambiente, quem não o faz um criminoso. Mas, eu não quero reciclar, quero ter vasilhames, sacos de pano e comprar a grosso e entregar o excesso de papel ao farrapeiro que me dá dinheiro.



Agora pago 3 vezes, pela mesma embalagem, quando compro o produto, quando pago a taxa de resíduos na factura da água, e quando reciclo. Mas, eu só quero pagar a Taxa de lixo.



Neste novo século as campanhas à reciclagem alargaram-se aos electrodomésticos e “novas tecnologias”, pois estas “coisas” duram pouco temo e se deitar-mo ao lixo fazem mal ao ambiente. Mas, eu quero aparelhos que durem muito tempo. Será que os aparelhos estão programados para durar pouco tempo? Eu, diria que sim. Mas, seguindo a lógica devo-me actualizar e entregar os desactualizados no bidão. Mas eu paguei por esse produto, e vão reutilizar esse material, então eu quero que me paguem.





Neste novo século paga-se taxa na entrega de velhos pneus e óleos e pilhas, mas eu pago quando compro estes produtos, entrego-os e depois são reutilizados para fazer estradas, energia e novas pilhas. Eu, quero que me paguem quando entrego os meus pneus velhos e óleos usados e pilhas. Até parece que alguns lucram com isto, e até o ambiente.



Mas as campanhas que mais me chateiam são a de recolha de rolhas e de material orgânico. Essas sim têm realmente ainda mais piada.



No caso das rolhas o grupo Amorim em Associação com as grandes superfícies e até uma conceituada Associação Ambientalista, pedem para as pessoas entregarem as rolhas num qualquer Supermercado, pois em troca plantam sobreiros. Pois, não contam, é que por não terem tido um visão de sustentabilidade há 20 anos não plantaram sobreiros, não era preciso, havia muitos e dava para as encomendas. Não contam também, que o custo em água e energia para obter estilha de cortiça, a partir das rolhas é muito superior à da cortiça retirada directamente do sobreiro. Mas, porreiro para os amigos do ambiente, pois passam a pagar pela rolha, pela plantação de sobreiros que o Grande grupo não o fez, e pelos novos produtos resultantes da estilha.



A compostagem está na moda, até nos dão embalagens para fazer em casa, mas pagas na mesma a Taxa de lixo na factura da água. Coisa estranha, então se eu seguir a regras todas da reciclagem, ainda pago uma taxa de recolha de resíduos. Pois, a reciclagem é amiga do ambiente, e tu és amigo da Lipor e da ValorSul e outras que tais. Mas, e os orgânicos que vão para o aterro? Já não vão estas empresas criam composto e vendem aos agricultores e agora em novas embalagens ao consumidor final em qualquer supermercado. Mas, então eu compro composto, do composto que dou? Sim, assim és amigo do ambiente e pagas 3 vezes, quando compras os produtos compostaveis, a taxa de resíduos na factura da água e depois quando compras composto ou sacos de terra.



Agora, já posso ser insultado pois todos ganham, o ambiente (dizem), as autarquias e a empresas de recolha e triagem de resíduos (não o dizem), e ganhas tu (mentem).


Eu quero é vasilhame, farrapeiros e saquinhos de pano e pagar a Taxa de resíduos na factura da água. Posso?




Fonte: http://ecotretas.blogspot.com/2011/11/eu-vou-passar-nao-reciclar.html
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16 comentários:

  1. Estou "condenado" a dar-lhe espaço meu. Para não me estragar a agenda, vai (com um truque) para o meu facebook.

    (ah, e vou seguir o "ecotretas")

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  2. O dr. Octopus imaginará a máfia que anda no mundo da reciclagem?! Passar-lhe-á ainda pela cabeça como a Sociedade Ponto Verde e outras, falsificam os relatórios e desaparecem rios de dinheiro? Passará às pessoas comuns pela cabeça a riqueza que estão alguns a fazer à conta da treta da reciclagem???? A minha irmã estudou as continhas da SPV, sim... a que não está na net, e nesse momento abandonou o blogue da minha outra irmã... Disse-me ela, "nem imaginas a sujeira dissimulada que para ali vai"!!!

    Sim eu também sou a favor do vasilhame!

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  3. Apesar de não saber os pormenores que aqui e acima estão tão bem explicados, sempre disse que a ou as Sociedades que se dedicam a este negócio fabuloso para alguns, tinha empregados a título gratuito, e
    Por isso não colaboro.

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  4. Amigo Rogério,

    Estás à vontade.
    Descobri por acaso esse blogue, "ecotreta" que tem artigos muito interessantes.

    Um abraço

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  5. Fada do Bosque,

    Quando apareceu a "moda" da reciclagem, a minha família aderiu colecionando em casa todo o tipo de embalagem e outros. Uma vez por semana enchíamos o caro e íamos aos ecopontos.

    Pouco a pouco apercebemonos e soubemos que tudo não passava de um grande negócio, e que nem sequer havia no país a capacidade de reciclar metade do que nos diziam ser. O restante ia simplesmente parar em aterros.

    Tens razão quando falas da máfia "verde", o termo está correcto.

    Sem colocar em questão que deve haver uma harmonia de vida entre o homem e a natureza, o que existe actualmente é uma lavagem cerebral no que diz respeito à reciclagem que frequentemente ultrapassa energéticamente os custos da não reciclagem, só beneficia um pequeno grupo de empresas mafiosas (muitas vez com a conivência) do Estado e serve para nos impor um verdadeira ditadura verde.

    Um abraço

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  6. Realmente hoje em dia existe uma ditadura midiática sobre a reciclagem, e lá se foram os bons tempos em que leváva-mos os vasilhames de bebidas ao comércio para trocá-los, quando as embalagens de óleo e a maioria dos enlatados eram fabricadas em folha de flandres e depois de vazias podiam nos servir para plantar mudas de flores, as mercadorias eram colocadas em sacos de papel, o pão era embrulhado também em papel e tínhamos as nossas sacolas de pano para por as compras. Isto tudo que vemos hoje só serve para sustentar a indústria petroqímica que não pode parar de produzir...

    Tibiriça

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  7. O autor do artigo deve de ter parado no tempo ou então está cheio de esclerose múltipla. Há-de me dizer quando é que há 20 anos se levava o arroz e o feijão no saco de pano da loja para casa. A única coisa mesmo e que se mantém é poder levar o saco de pano da avozinha há padaria regional e trazer o pão no saco e até isso as pessoas estão aperder o hábito. Quanto á reciclagem em parte concordo mas também a 20 anos para trás vivia-se no meio da imundice desde papeis a beatas na rua. Pelo menos trouxe ás pessoas o sentido da limpeza. Coerência no que se escreve também tem que haver não se escreve só por escrever para ser mais um page view. Perdeu-se numas coisas mas ganhou-se em higiene.

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  8. É tempo de expor TUDO, toda a máfia, toda a desonestidade e toda a estupidez que se passa em nós seres humanos. Todos responsáveis pelo que se manifesta neste uni-verso. Agora a coisas invertem-se. Vai-se o fragil, fica o que dura.

    Concordo. A reciclagem é mais uma mania e distracao para dar aquele sentido altruista "de boa acçao" e "já fiz a minha parte", sem sequer nos questionar-mos. Que gozo! Enquanto uns reciclam e fazem contas à vida, outros fazem-lhes a folha. A ilusao... um segundo deus! Mas este tambem nao vai salvar o ambiente nem o mundo.
    A quantidade de energia que se desperdiça a fabricar produtos-clones em nome da sobrevivência da corporação - so existe reciclagem porque fabricamos produtos da treta e consumimos-a-dor a cada minuto! O lixo continua a existir mas agora é exportado para os países pobres. Mais uma ilusao. Mais uma cegueira patrocinada por este sistema monetário...

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  9. Joana,

    Temos mais uma mulher de garra. Sempre pensei que as mulheres são mais astutas que os homens em muitos aspectos. Os homens actualmente são obrigados a manter o seu estatuto de machismo e cada vez mais existe a obrigação de manter o androgenismo vigente.

    O ambientalismo está-se a tornar e numa religião.

    Um abraço

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  10. Uiii! Isto foi doloroso. Como dizia a outra "eu já desconfiava", mas encarar esta (infelizmente) verdade é duro.
    Sim, esta é mais uma estratégia de manipulação: "Eu compro 3 garrafas de água de plástico por dia, mas reciclo-as todas! que verde que eu sou! e quanto mais comprar mais reciclo, vou ser a melhor amiga do ambiente! Já não é necessário preocupar-me com a tralha descartável porque é tudo ecológico". Dos famosos três R's, o reutilizar e o reduzir andam um pouco anémicos. O reduzir já está na lista para transplantes, mas o reciclar fica-lhe com os rins todos.
    Em relação à famosa associação ambientalista, de há algum tempo para cá aparecem anúncios da REN em associação com a dita, onde entra outras coisas estranhas, duas cegonhas em 3D (feias!) expressam a alegria de viver no cimo de um poste de alta tensão... Não quero generalizar, e até sou sócia, mas sempre com um olho no burro e outro no cigano.

    Outro fenómeno estranho são as empresas que vendem a plantação de árvores em função da pegada de carbono do cliente...

    Parece que os aparelhos estão programados para durar pouco tempo: obsolescência programada. Provavelmente já conhecerá, mas deixo o link para este interessante vídeo:

    http://www.youtube.com/watch?v=pDPsWANkS-g

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  11. ...esqueci-me de dizer... mal por mal, continuo a reciclar, apesar de no caso de alguns materiais biodegradáveis, como alguns papéis, talvez fosse mesmo mais ecológico enterrar o papel e deixá-lo desfazer-se naturalmente em vez de usar um montão de químicos, um montão de fósseis, etc, para lhe dar uma cara "nova"...
    ...Mas era giro se todas as pessoas em tom de manifestação começassem a guardar o lixo na garagem (uma vez que lixo é dinheiro, até dá jeito), e essas empresas ficassem sem matéria-prima...

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  12. Caro anónimo,

    Felizmente cada vez mais pessoas estão vendo que qualquer coisa não bate certo nesta mensagem de reciclar.

    A REN como outros, agora, são todos "verdes", já estamos fartos da lavagem de cérebro da "pegada ecológica" ou da "sustentabilidade".

    Defender valores óbvios e morais como a preservação da natureza não tem de passar pelo lobby verde.

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  13. O sistema actual de anestesia dos povos consiste em culpabiliza-los individualmente por tudo o que acontece.

    Fumas és mau. Comes doces por isso é que és diabético. Comes gorduras por isso é que és gordo. Não reciclas por isso não és amigo do ambiente. Não concordas com a posição dominante não és bom cidadão.

    A culpabilização do indivíduo que não segue a maioria enfraquece esse mesmo indivíduo que se sente subconscientemente obrigado a "alinhar" com a maioria para não ser excluído.

    A ditadura é isso mesmo. É preciso estar atento.

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  14. Eu também não reciclo.

    E sou contra a "eco-moda", principalmente as partes que pouco ou nada contribuem na realidade para o ambiente.

    Derfel

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  15. Não me merecem qualquer consideração as “desculpas” que se utilizam para justificar não se fazer nada para mudar coisas com que não se concorda. Dizer que não se recicla porque se está a contribuir para bolsos que não se deseja encher, é justificar um comportamento próprio com argumentos que não contribuem em nada para a solução do problema que se reconhece existir.
    Na minha opinião, vale a pena reciclar porque é uma forma mais imediata de resolver a questão da reutilização das matérias-primas que não são inesgotáveis.
    Subscrevo e sou sensível ao argumento de que era melhor que as coisas durassem mais tempo e que fossem utilizados outros materiais. Para isso, vale a pena apontar para produtos com menos embalagens, para roupas que durem mais tempo, resistir ao apelo de mudar de computador e telemóvel porque o que temos não faz metade das coisas que os novos já fazem, etc.. Há um sem-número de atitudes que podemos implementar na nossa vida que complementam a reciclagem e podem (há uma ínfima hipótese se toda a gente tiver essa preocupação) contribuir para que haja uma mudança efectiva na forma de fazer.

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