quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Wikileaks e Assange (1ª Parte)

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Mais um artigo sobre Wikileaks. Mas desta vez trata-se de um texto que por ser da autoria de Daniel Estulin, merece ser lido até ao fim, para compreender melhor o enigmático Assange.

Dada a extensão do texto, este foi dividido
em 3 partes.

O original pode ser consultado em: http://www.danielestulin.com/2010/12/07/wikileaks-y-assange/

Tradução: Octopus.




Supostamente tem 39 anos, porque supostamente nasceu em Townsville (Austrália) em 1971. E supostamente nunca trabalhou para nenhum serviço de espionagem. Eu sim, como agente de contra-espionagem militar para Moscovo. E por isso sei melhor do que ninguém que existem personagens na sombra cuja biografia é apenas constituída de aproximações.


Quem é Julian Assange, o homem que dizem ter iluminado com a sua luz a verdade das relações internacionais e desmascarado as vergonhas dos todos poderosos Estados Unidos? Quem é o chefe de Wikileaks? De onde veio? Com certeza, deve-se ter materializado de repente do nada. Sem passado verificável além do testemunho da sua infância contada desde os antípodes pela sua mãe, que lhe deu o nome, e que agora teme por ele (Christine Assange disse:"Gente poderosa quer a pele do meu filho").



No KGB existem informações antigas (1986 e 1988) onde o seu nome aparece. Mas não chega. O governo russo, segundo fontes próximas do presidente, designou mais de 2000 agentes para descobrir a verdadeira história de Assange. E este não é o único serviço secreto de espionagem que segue os seus passos. O MI16 britânico está a usar uma verba de emergência para encontrar respostas ás fugas de informação e saber quais são as suas fontes.


As fontes contactadas no interior da CIA, no entanto, estão convencidas que Assange foi recrutado por várias agências de espionagem, entre elas, a Mossad israelita, através de um científico em informática judeu da Universidade de Melbourne, que estaria envolvido com uma comunidade de hackers e que simultaneamente trabalhava para a Mossad israelita.



Poucas vezes na história recente mundial, tantos governos e agências de espionagem afectaram tantos recursos e esforços para desenterrar a verdade de uma pessoa. As fugas de Wikileaks colocaram em xeque todos os países do mundo. Ninguém é poupado, nem os governos, nem as agências de espionagem, nem os gestores das grandes multinacionais. Desde os traficantes de droga, armas, diamantes, até terroristas, passando por empresários, clérigos ou membros do governo de Obama, temem pelas revelações de um homem desconhecido de todos até há muito pouco tempo. Quem é?



O pouco que se sabe é que Assange é um super hacker sócio do Chaos Cumputer Club em Hamburgo (Alemanha). O mesmo clube que em 1988 fabricou um vírus informático que destruiu grande parte dos computadores militares do governo dos Estados Unidos. Por trás desse ataque estavam entre outros Karl Koch e um jovem chamado Assange, na altura com 17 anos de idade. Foram presos por terem invadido os computadores do governo americano, segundo fontes dos serviços de espionagem russos. Naquela altura, já estavam na mira dos serviços secretos alemães por terem vendido o código do sistema operativo do KGB soviético.


Fontes da NSA, a maior agência de espionagem dos Estados Unidos, situam-no em Hamburgo durante a primeira guerra do golfo (1991), e anos depois nos serviços de espionagem russos. Foi para Alemanha com 15 anos de idade, em 1986, para assistir a uma festa com os mais virulentos piratas cibernéticos em Berlim Ocidental (Os cinco hackers principais eram Markus Hess, Karl Koch, Hens " " Huebner, Dirk Brezinski, Peter Carl).


Este encontro terá delineado o plano que mais tarde se tornaria num escândalo de espionagem na Alemanha e que passou para a história: cinco hackers informáticos da Alemanha Ocidental venderam informações secretas militares e económicas à União Soviética depois de terem infiltrado as redes de dados secretos, como o laboratório de armas nucleares dos USA em Los Alamos, a sede da NASA, bases de dados dos USA, assim como o banco de dados OPTIMIS do chefe de Estado Maior dos Estados Unidos. Na Europa, também foram atacados: o fabricante de armas franco-italiano Thompson, a Agência Esapcial Europeia ESA, o instituto Max Planck de Física Nuclear em Heidelberg, o CERN em Genebra e o acelerador de electrões DESY em Hamburgo.



Isto tudo foi feito em nome do KGB soviético, que durante um período de três anos, em troca de uma quantia entre 50 000 e 100 000 dólares e drogas, recebeu cinco CD com informações secretas entre maio e dezembro de 1986, num lugar secreto de Berlim Este. Estes CD continham milhares de password e códigos de computadores, mecanismos de acesso e programas que permitiram que a União Soviética tivesse acesso aos centros informáticos do mundo ocidental.



Nessa altura, o porta-voz do governo alemão revelou que este tinha sido o caso mais grave de espionagem ocorrido na Alemanha Ocidental desde 1974, altura em que foi desmascarado Guenter Guillaume, um espião da Alemanha Oriental e que tinha sido conselheiro do chanceler Willy Brandt.


A história tem início em novembro de 1985, quando Koch, líder autoproclamado do Chaos Computer Club, foi abordado por uma mulher oficial do KGB que lhe ofereceu a oportunidade de poder ter um estilo de vida luxuoso em troca dos seus "conhecimentos de hacker". O KGB sabia que Koch era viciado em drogas caras e que a proposta iria contribuir grandemente para resolver os seus permanentes problemas financeiros.



Segundo fontes do KGB, em meados de 1986, Karl Koch disse, a vários amigos durante uma festa de piratas cibernéticos alcoolizados e drogados, que tinha recebido a proposta de um acordo difícil de recusar e que lhe iria resolver os seus problemas financeiros. Um dos presentes na reunião, segundo os arquivos do KGB, era o fundador de Wikileaks, Julian Assange. Outro dos indivíduos que aparece nos arquivos do KGB é o programador Dirk Brezinski, de Berlim Ocidental. Os relatos do KGB falam de Brezinski como sendo um génio informático que trabalhava a tempo parcial para o sistema operativo da Siemens BS-2000.

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