segunda-feira, 22 de novembro de 2010

NATO sim! Pacifistas não?




A polícia portuguesa não permitiu 35 activistas pacifistas da Finlándia atravessar a fronteira para entrar no país, na Terça-feira de manhã. Os pacifistas estavam a viajar para participar em acções não violentas contra a cimeira da NATO em Lisboa. A organizadora da viagem do autocarro finlandês era a União de Objectantes de Conciência (UOC's/ Aseistakieltäytyjäliitto), da Finlándia.


O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras revelou que 11 pessoas foram detidas e 127 estrangeiros foram impedidos de entrar no país.


Seria interessante saber quais os fundamentos, invocados pelas forças de segurança, para impedir que pacifistas sejam impedidos de entrar legalmente no nosso país para participarem numa manisfestação.


A cimeira da NATO gerou, por parte de Portugal, um sistema de segurança inédito no país, mas não pode ser um motivo para este tipo de actuação. A informação de que existiriam elementos dos Black Blok em Portugal serve apenas como pretexto para justificar as tentativas de desmobilizar os movimentos de contestação.


Confundir acções de sensibilização e de desobediência civil com actos de vandalismo é ridículo. Cada um tem o direito de lutar por aquilo que acha certo na sua consciência e fazer algo por mudar o que o afecta a nossa sociedade e o mundo que nos rodeia.


A conclusão a que chegamos é que durante esta cimeira da NATO em Lisboa existe uma suspensão da democracia. O cidadão apenas tem o direito de confirmar, através do seu voto, as pessoas escolhidas em clubes restritos que os vão governar durante um punhado de anos. Quanto às organizações que nem sequer foram eleitas, como a NATO ou a Comissão Europeia, nem têm direito ao protesto.




A luta contra o terrorismo serve de pretesto para todas as limitações às liberdades individuais, mas os terroristas estavam dentro da cimeira não fora dela.



Cada vez mais o discurso da NATO é de manutençaõ da paz, mas não nos devemos esquecer que esta é uma organização militar que só tem trazido a guerra onde o capitalismo financeiro não consegue saquear os recursos de um país. Além da sua actuação belicosa externa, a NATO está-se a tornar também no "polícia Interno" dos povos.



O tratado de Lisboa incrementou a ligação entre a União Europeia e a NATO, e entre os politicos de ambas as organizações.




Esta reunião mais parecia um encontro de velhos amigos todos membros e eleitos pelo famoso clube, onde são tomadas as verdeiras decisões, o exclusivista e secreto clube de Bilderberg: Rasmussen, Durão Baroso, Hillary Clinton, Rompuy, Obama, Sarkozy, Merkel, Sócrates, Zapatero, Papandréou, Juncker, Cameron, Saakashvili,...

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