sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Anticoagulantes: continuar a preferir o Varfine

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Em certas situações de risco de trombose, é utilizado um anticoagulante.


Xarelto (rivaroxabano), Pradaxa (dabigatrano etexilato) e Eliquis (apixabano) são anticoagulantes orais, que apareceram no mercado recentemente com a finalidade de substituir o Varfine (varfarina) e as heparinas, utilizados durante décadas. A vantagem destes novos medicamentos é que não exigem os controles de rotina do INR e seu ajustamento.



Os efeitos secundários são os mesmos: risco de hemorragia, por vezes graves e que podem levar à morte. Foram identificados os seguintes factores de risco com estes novos anticoagulantes orais: insuficiência renal, pessoas idosas, obesidade, e associação com outros medicamentos, nomeadamente aspirina e anti-inflamatórios.



A toma de Varfine obriga ao constrangimento de ter que vigiar regularmente o INR, que deve-se situar entre 2 e 3, devido ao risco hemorrágico.



A toma destes novos anti-coagulantes, não tem esse constrangimento, mas em contra-partida, dada a sua eliminação ser renal, deve-se controlar regularmente a função renal, através da creatinémia, que alterada expõe os doentes ao risco hemorrágico.



O problema é que em caso de hemorragia existe um antídoto para a Varfine, a vitamina K, enquanto que no caso destes novos anticoagulantes orais, não existe qualquer antídoto.



Outro factor a ter em conta, é o preço elevados dos novos anticoagulantes orais, cerca de 10 vezes superior ao Varfine, enquanto que a eficácia é sobreponível e os acidentes hemorrágicos trágicos superior.



Na Alemanha, no ano passado foram referidos 58 mortes devido ao Xarelto e 750 efeitos secundários graves.



O Xarelto desenvolvido em conjunto pelo laboratório americano Johnson & Johnson e o alemão Bayer espera uma venda anual de 2 mil milhões de dólares.



Sem qualquer novo benefício terapêutico, um risco elevado e um custo exorbitante, é preferível continuar a utilizar o Varfine como anticoagulante oral.






http://www.prescrire.org/fr/3/31/48451/0/NewsDetails.aspx

http://www.prescrire.org/fr/3/31/47921/0/NewsDetails.aspx

http://www.cbgnetwork.de/4971.html

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4 comentários:

  1. Interessante post,eu tomo sintrom 4 desde 2007 e vou continuar.

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  2. Tomo Varfine há mais de três anos e de facto é pouco confortável ter de ser "picado" de duas em duas, ou de três em três semanas, mas acho preferível isso, aos efeitos secundários e preços exurbitantes das alternativas.

    Obg pelos alertas

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  3. Tomava Varfine e era seguido no hospital com análise de INR. De repente outra médica parou o Varfine e manda tomar uma aspirina diária de 100mg Ando receosa porque deixei de ter o controlo do INR? Como proceder?

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    1. É verdade que a aspirina na dose de 100mg tem um efeito anticoagulante, mas muito menos potente do que Varfine.

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