quarta-feira, 15 de junho de 2011

Christine Lagarde no FMI: a grande aposta americana

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Ainda a poucos anos Christine Lagarde era uma desconhecida para os franceses até ser nomeada ministro do Comercio Exterior no governo de Dominique de Villepin e mais tarde ministro da Economia. 

Agora, e depois de Dominique Strauss Kahn ter sido "eliminado" por ser demasiado "mole" e não apoiar devidamente os interesses dos grandes grupos financeiros, Lagarde, pertencendo ao restrito clube de Bilderberg, vai ser nomeada para a direcção do FMI. 

Como vamos ver, compreende-se porquê...



Quem é Christine Lagarde?


Christine Lagarde é uma advogada de sucesso, especializada em direito social, em 1981 ingressa no prestigiado gabinete Baker & McKenzie em Chicago. Progride rapidamente na carreira até se tornar membro do comité executivo desse gabinete com 4400 colaboradores em 35 países do mundo. Em 2004 torna-se presidente do seu comité estratégico e no ano seguinte membro do conselho de vigilância de um dos maiores grupos financeiros mundiais, a holandesa ING Groep.


Chistine Lagarde, torna-se assim uma mulher muito influente, esta na 5ª posição na classificação das mulheres de negócios europeias segundo o Wall Street Journal e 76ª posição nas mulheres mais poderosas do mundo segunda a revista Forbes.



Nos bastidores dos negócios.



Uma das facetas menos conhecida do grande público é o facto de Lagarde pertencer ao Center for Strategic & International Studies (CSIS) americano. Este é um "think tank" sobre a influência e estratégia americana no mundo do ponto de vista político, económico, tecnológico e em matéria de segurança. Nele encontramos no conselho administrativo, Henry Kissinger, mas também Zbigniew Brzezinski com o qual Lagarde partilhava a comissão de Acção USA/EU/Polónia, mais precisamente o grupo de trabalho das indústrias de defesa USA-Polónia.


Foi durante as comissões presididas por Christine Lagarde que Bruce Jackson conseguiu o contrato do século para a americana Lockheed com a venda de 48 caças F-16 à Polónia no valor de 3,5 mil milhões de dólares. Esta encomenda foi paga pelo governo polaco com os fundos da União Europeia destinados À preservação do sistema agrícola da Polónia.



Uma americana em Paris.


Em 2007 o jornal satírico francês "Le Canard Enchaîné" revela para grande espanto de todos que o ministro da economia Christine Lagarde escreve e obriga os seus colaboradores a escrever em língua inglesa. No dia 16 de outubro de 2010, o deputado Brard faz uma pergunta a Lagarde, na Assembleia Nacional, em inglês!
O presidente da Assembleia Nacional Francesa atrapalhado decidiu que essa intervenção deveria ser retirada do relatório da sessão por a única língua oficial da república ser o francês.


Estes episódios caricatos revelam que a actual ministra francesa da economia e futura responsável do FMI trabalha e faz trabalhar os seus próximos em língua inglesa para facilitar as suas relações políticas e económicas com o seu grande aliado, os Estados Unidos. Os americanos não poderiam sonhar ter um melhor defensor dos seus interesses no FMI.


Dos grandes amigos de Christine Lagarde constam: Brzezinski, fondador da comissão Trilateral em 1973 juntamente com David Rockfeller, ou então Dick Cheney que dispensa qualquer apresentação, é o vice-presidente que desencadeia guerras para entregar a reconstrução dos países bombardeados à sua empresa, a Halliburton.




http://www.francophonie-avenir.com/Index_AK_Lagarde,_l%27anglolatre.htm

http://www.voltairenet.org/Avec-Christine-Lagarde-l-industrie

http://www.voltairenet.org/La-colonisation-US-du-ministere

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