terça-feira, 6 de abril de 2010

Colesterol = factor de risco. Mito ou realidade ?



Uffe Ravnskov é um médico dinamarquês que faz parte da THINCS ( The International Network of Cholesterol Skeptics) a Rede Internacional do Septicos do Colesterol.


Ele e os seus colegas pensam que que o actual papel do colesterol como factor de risco nas doenças cardiovasculares não está assente em estudos clínicos isentos e como tal este deveria ser reavaliado por estudos independentes.






Os estudos científicos que serviram de base ao seguinte resumo podem ser consultados no respectivo site.



Os factos são os seguintes, diz Uffe Ravnskov:




1 - O colesterol não é um veneno mortal.


É uma substância indespensável às células de todos os mamiferos. Não se deveria falar em "bom" e "mau" colesterol. O stress, a actividade física e as variações de peso podem modificar os valores de colesterol no sangue. Um nível elevado de colesterol não é por si só não é perigoso; pode é ser um sinal de um estado de saúde deficiente, mas pode ser perfeitamente benigno.



2 - Níveis de colesterol elevados provocariam aterosclerose e por consequência doenças coronárias.


Númerosos estudos clínicos mostram que as pessoas com níveis de colesterol baixo têm tanta aterosclerose como as que têm níveis elevados.



3 - O nosso corpo produz três a quatro vezes mais colesterol do que aquele que comemos.


O seu organismo vai produzir mais colesterol se comer alimentos pobres em colesterol e inversamente o seu organismo vai produzir menos colesterol se a sua ingestão for elevada.



4 - O excesso de gordura animal e de colesterol não aumenta o risco de aterosclerose ou de infarte.


Mais de vinte estudos clínicos mostraram que as pessoas que sofreram um infarte não consumiam mais gorduras do que as outras. O grau de aterosclerose verificado nas autópsias não estava ligado à dieta alimentar.



5 - A mortalidade cardiovascular e a mortalidade total não foram melhoradas com os medicamentos que reduzem o colesterol.


Pelo contrário, vários destes medicamentos têm efeitos secundários graves para a saúde e alguns até são suspeitos de reduzirem a esperança média de vida. As estatinas, por exemplo, podem reduzir o risco de doenças cardiovasculares, mas este facto não é devido à redução dos níveis de colesterol mas sim a um processo ainda mal estudado e esclarecido. As estatinas aumentam o risco de cancro.



6 - Númerosos estudos clínicos provam estas afirmações.


Mas os resultados clínicos negativos ou contraditórios são sistemáticamente ignorados, não publicados ou mal interpretados pelas revistas científicas e raramente chegam ao grande público.




Todas estas afirmações são polémicas mas baseadas em estudos clínicos concretos ou obtidas da revisão crítica de estudos já publicados. Anualmente são vendidas, em todo o mundo, milhões de embalagens de medicamentos para reduzir o colestereol. Para muitos laboratórios farmacêuticos estes são o seu principal produto de lucro.


A quase totalidade dos estudos clínicos que fazem do colesterol o inimigo público número um, são pagos e promovidos pelos próprios laboratórios que vão beneficiar com a venda das substâncias que o reduzem.


Seja como for a mensagem do perigo do colesterol e da necessidade de tomar um medicamento para o baixar passou bem na população. Qualquer doente que chega a uma consulta, muitas vezes ainda antes de se queixar, pede ao seu médico analises ao colesterol.




http://www.broneer.org/cholesterol/uffe_FR.htm

http://www.broneer.org/cholesterol/cholesterol_FR.htm

http://pharmacritique.20minutes-blogs.fr/archive/2008/09/25/une-revision-des-directives-sur-le-cholesterol-et-les-statin.html

1 comentário:

  1. Bom artigo! Mais algumas ideias sobre colesterol -> http://www.canibaisereis.com/tag/colesterol/

    ResponderEliminar