segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Pinto Balsemão mostra a Miguel Relvas que é ele quem manda nos media em Portugal

.




Para os que não ainda não acreditam que Pinto Balsemão é a pessoa mais influente nos media portugueses, e que essa influência vai muita para além do simples poder económico, aqui fica mais um episódio do seu poder na esfera política.






Há uma semana:

"A RTP vai continuar a ter publicidade no canal generalista que continuará a ser emitido pela empresa após a privatização do outro canal comercial de serviço público. A medida foi hoje confirmada pela administração da empresa, na apresentação pública do plano de re-estruturação financeira da RTP, solicitado pelo governo".

E ainda:

"Informações avançadas pelo presidente da RTP, Guilherme Costa, confirmam a manutenção de publicidade no plano definido pela empresa e pelo ministro com a tutela da comunicação social, Miguel Relvas".




Uma semana depois:





Francisco Pinto Balsemão recebe o ministro Miguel Relvas.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resultado:

"A RTP1 é o canal escolhido pelo governo para a privatização prevista para 2012, sendo alienado precisamente o canal que mais receitas gerava dentro do universo da estação pública, cerca de 50 milhões de euros anuais (valores de 2010), e que ocupa, em termos de frequência, o primeiro lugar na lista de canais dos principais distribuidores de televisão por cabo, forma pela qual quase metade da população portuguesa acede a conteúdos televisivos – 4,5 milhões de espectadores".

E ainda:

"O previsto era que tivesse seis minutos de publicidade por hora, como sucede hoje em dia com a RTP1.




Pois é, mas não vai ser assim:

"Volte-face, o governo pretende aplacar a forte contestação por parte dos principais operadores privados, como a TVI e a SIC. Mal se começou a falar em mais minutos de publicidade disponíveis por hora, com a chegada de mais um canal privado (vai ter 12 minutos, como os restantes canais privados de sinal aberto), todo o sector foi unânime na contestação à decisão de Miguel Relvas



Afinal:

"A RTP fica sem publicidade".



O que se passou entretanto:

“Se a ideia não é acabar connosco [operadores privados], parece. Se é acabar connosco, arrisca-se a ser eficaz”, declarou Pinto Balsemão.

O mesmo salienta: "Vai acabar com o que ainda existe de jornalismo livre e independente ou limitar as condições do seu exercício, o que é muito perigoso nos tempos em que vivemos"




Por falar em jornalismo livre e independente:

Francisco Pinto Balsemão, presidente e CEO da holding Impresa, SGPS, SA, e presidente da SIC – Sociedade Independente de Comunicação, SA, detida a 100% pela Impresa. A Impresa é proprietária da holding Impresa Publishing que detém as seguintes participações: Expresso, Courrier Internacional, Blitz, Autosport, Surf Portugal, Impresa Classificados, Exame, Exame Informática, Caras, Activa, Cosmopotitan, Visão, TV Mais, Telenovelas, Jornal de Letras, Casa Claudia, Caras Decoração, Inteligent Life, Volante etc. A Impresa detém ainda 100% da Impresa Digital, que, por sua vez, detém 100% do portal aeiou, 100% da InfoPortugal, 100% da DGSM e 51% do site Olhares. Na distribuidora Vasp detém 33.33% e 22.35% na Lusa. 




Só mais um pormenor:

Pinto Balsemão é uma espécie de "DJ residente" do clube de Bilderberg, aquele que, por muito que digam o contrário, coloca no poder ministros e presidentes, e os lideres das grandes organizações transnacionais como a ONU, FMI, Banco Mundial, OMS, BCE, Comissão Europeia,...




http://www.ionline.pt/portugal/governo-vende-canal-1-rtp-fica-sem-publicidade

Wikileaks: fim de um embuste

.



Com a libertação de Julian Assange, a possível retracção da Suécia quanto à acusação de estupro e a suspensão das revelações por problemas financeiros, lembramos o que foi Wikileaks: revelações que toda a gente sabia, revelações bombásticas sobre a banca que nunca viram o dia, opacidade da sua fundação, passado nubeloso do seu fundador e o obscuro papel dos Estados Unidos.







Rapidamente as revelações bombásticas interdiplomáticas revelaram ser apenas verdadeiros "mexericos" dignos de qualquer revista cor-de-rosa: Sarkozy é um palhaço, Chávez é louco, Berlusconi é vaidoso, Putin é machista, Khadafi é hipocondríaco,...

Essas revelações legitimavam as guerras guerras americanas perante a opinião pública, os Estados Unidos tinham de as tornar aceitáveis, necessárias, quase santas.

Wikileaks funciona assim como um contrapoder necessário para dar credibilidade ao poder. Sim, as guerras são sangrentas, sim muitos erros são cometidos, como sempre foram ao longo da história, mas no fundo elas são necessárias. As guerras dos Estados Unidos são assim reveladas com os seus defeitos, por um organismo "independente" e "ético" (Wikileaks) que no fundo as legitima e as desculpa, sem nunca as por em questão.

http://octopedia.blogspot.com/2010/11/wikileaks-fraude.html




A fuga de 91.000 páginas vindas directamente do governo e do estado maior americano, ensina-nos que a guerra é mau, que civis inocentes foram mortos e que os Estados Unidos realizam operações militares secretas para matar líderes inimigos.
 
Para quê divulgar “fugas” que apenas servem os interesses americanos, fornecendo argumentos que podem ser usados pelo governo dos E.U.A para estender suas guerras actuais, fugas que não contem qualquer revelação constrangedora.
 
Na realidade,  Wikileaks é um contra-fogo, entrou na estratégia de desinformação do governo E.U.A. Não denuncia nada que já não se saiba ou que tenha real importância.


 
 
Os reais objectivos de Wikileaks não são claros, o seu site é nebuloso, o seu fundador opaco. Este tipo de divulgação de documentos ditos secretos não é transparente.
O fluxo de informação parece demasiado coordenado e orquestrado. Mais parece que estamos perante um projecto secreto, de manipulação mediática, fabricado ao mais alto nível.

Muita gente reparou que não existe uma única referência a Israel, país amigo dos Estados Unidos. A escolha dos jornais para divulgarem as revelações de Wikileaks são todos controlados por grupos financeiros americanos.

O passado de Julian Assange tem factos curiosos. Um deles prende-se com o episódio em que apenas saído da adolescência, já ter sido acusado de ter penetrado nos ficheiros secretos do Pentágono. Será credível que um hacker deste calibre não fosse vigiado de perto pela CIA e tenha conseguido criar um site e recolher documentos secretos sem o conhecimento e a intervenção desses serviços secretos.



No dia 20 de dezembro de 2010, Wikileaks revela uma história rocambolesca que mais parece um péssimo filme policial da série B, onde as personagens são: um angolano, um amigo português, um ex-general russo e um bloco de urânio. Pede ler toda a história no link seguinte:



Enquanto os media continuavam a divulgar revelações antigas e incompletas, a credibilidade do bom Julian Assange, alto, louro e de olhos azuis, tinha-se tornado num perfeito mártir quando foi acusado de estupro.
Muitos esqueciam um simples pormenor: se Julian Assange era assim tão perigoso para os Estados Unidos, por que é que ainda estava vivo



Por fim, um texto de Daniel Estulin esclarece que é o enigmático Julian Assange:





.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

As mentiras que justificam o elevado preço dos combustíveis em Portugal

.



Apesar da crise económica, os lucros da Galp não param de subir. Subida de 43% em 2010 em relação ao ano anterior, ou seja 306 milhões de euros, sendo que a Galp domina mais de 50% do mercado de combustíveis em Portugal. 

A pergunta que impõe é: porque é que os preços de venda ao público são tão elevados? As petrolíferas defendem-se com argumentos amplificados por alguns media.




A principal razão dos elevados preços de venda ao público dos combustíveis em Portugal é a carga fiscal.


Falso. É verdade que a carga fiscal é elevada, mas não mais do que na média dos países europeus, bem pelo contrário. No gasóleo a carga fiscal era de 48,2% do preço de venda em 2010, enquanto a média da União Europeia era de 50,1%. Na gasolina era de 59,6% em Portugal, sendo ligeiramente inferior na União Europeia: 57,2%. A venda de gasóleo é 3 vezes superior à da gasolina.




A Galp afirma não deter o monopólio da refinação no país. 



Falso. Em Portugal existem duas refinarias: a de Sines e a do Porto, sendo a de Sines uma das maiores da Europa. Ambas são da Galp. Um aumento dos lucros da Galp deve-se ao facto da margem de refinação ter vindo a aumentar, não sendo sujeita a qualquer controlo, quer do governo, quer da Autoridade da Concorrência, dos preços até à saída da rafinaria.

 Assim, entre 2009 e 2010 o aumento da margem de refinação teve um aumento de 80%, passando de 1,5 dólares para 2,6 dólares por barril.



A variação do preço do combustíveis reflete a variação do preço mundial do petróleo.


Falso. Parte dos elevados lucros provem do chamado “efeito stock” que resultam desta empresa ter adquirido o petróleo que consumiu na produção de combustíveis a um preço inferior àquele que depois facturou aos consumidores. Esses lucros são assim obtidos de forma especulativa e à custa dos consumidores. Além disso, as descida do preços dos combustíveis nunca acompanha as descidas do preços do petróleo, apesar do inverso acontecer.



As petrolíferas dizem não existir qualquer concertação de preços em relação aos combustíveis.


Falso. Apesar da Autoridade da Concorrência continuar a afirmar não encontrar indícios de concertação de preços no sector dos combustíveis, a simples abertura por parte da Galp de um posto de gasolina de baixo custo, no ano passado, vem dar razão a quem pensa o contrário.
É evidente a inoperância do regulador da concorrência português face aos excessivos preços dos combustíveis. O presidente do ACP vai mais longe numa entrevista à Lusa: «O presidente e os órgãos da Autoridade da Concorrência são nomeados pelo Governo e 28 por cento dos impostos dos portugueses vêm do sector automóvel. Não convém ao Governo que a Autoridade da Concorrência vá até ao fundo da questão».
O facto de os automobilistas verem preços iguais nas bombas de combustíveis é explicado por Manuel Sebastião, presidente da Autoridade da Concorrência, aos deputados da Comissão de Assuntos Económicos e Energia: ""Copiar os preços não constitui qualquer ilícito"...





http://economico.sapo.pt/noticias/lucro-da-galp-sobe-43-para-306-milhoes_110919.html

http://www.eugeniorosa.com/Sites/eugeniorosa.com/Documentos/2011/11-2011-Lucros-GALP-2010.pdf

http://aeiou.expresso.pt/energia-ferreira-de-oliveira-nega-que-galp-detenha-monopolio-da-refinacao=f405582

http://www.abae.pt/programa/EE/escola_energia/2006/Conteudos/sala2/sala2_14.htm

http://www.galpenergia.com/PT/agalpenergia/os-nossos-negocios/Refinacao-Distribuicao/ARL/Refinacao/RefinariaSines/Paginas/Refinaria-de-Sines.aspx

http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?channelid=00000011-0000-0000-0000-000000000011&contentid=EABA8BDE-608F-4E12-8653-D9F0D4A37885

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/combustiveis-acp-concertacao-governo-comissao-europeia-cavaco/1190165-1730.html

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

BES: quando um banco participa no Conselho de Ministros !...

.








O presidente do BES, Ricardo Salgado, entrou pelas 18h05 na Presidência do Conselho de Ministros, no passado dia 13, onde o Executivo está a discutir o Orçamento do Estado para 2012.


À entrada, o banqueiro não falou aos jornalistas.

Antes que alguém suspeitasse que o banqueiro estivesse ali para falar dos milhões de dinheiros públicos a entregar à banca, das privatizações, dos benefícios fiscais, Ricardo Salgado acabaria por «revelar» o motivo da sua presença: «questões de imigração», disse.


Neste edifício o Conselho de Ministros estava reunido desde 08h30 para aprovar o Orçamento do Estado de 2012.


http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/bes-ricardo-salgado-conselho-de-ministros-imigracao-crise-agencia-financeira/1289017-1730.html



Não admira que tivesse considerado este Orçamento de "enorme coragem". Não esquecer que, além das medidas draconianas para a quem vive dos seus rendimentos, Portugal tem no programa de assistência assinado com a "troika", 12 mil milhões de euros previstos para a recapitalização dos bancos portugueses.


Esta "visita" de Ricardo Salgado vem mais uma vez demonstrar que no comando do país, como alias na União Europeia está, de facto, o capital financeiro.


Esta "visita" do banqueiro, é uma velha tradição de família, os Espírito Santo sempre tiveram uma relação privilegiada com o poder político em Portugal, e esta relação teve o seu ponto alto no tempo do fascismo.


Um Governo que recebe a família Espírito Santo enquanto discute o Orçamento de Estado é um Governo que reconhece, tão bem como o anterior, a voz do dono.


.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Outro Senhor do Mal Cai

.



 
Até que enfim morreu.

 
Tinha que ser: Khadafi era mau.
Fez coisas horríveis, é verdade.

 
Não piores de quanto já fizeram um Obama ou um Cameron qualquer, mas sempre horríveis.

 
E, sobretudo, Khadafi era estúpido: não teve a capacidade de escolher o campo dos Bons.

 
Sobretudo era velho, desactualizado: Khadafi era um dinossauro analógico num mundo digital em contínua evolução.

 
Khadafi pensava que se o petróleo nascia na Líbia, então tinha que pertencer aos Líbios: pode-se dialogar com um individuo destes?
Khadafi pensava que um banco central tivesse de que ser controlado pelo governo: ridículo, fora de moda.

 
Khadafi acreditava ainda na resistência, na luta física, quando hoje os grandes conflitos são perpetrados com teclas. Por isso foi morto por tropas especiais camufladas de rebeldes, por alqaedistas armados pelos Americanos.
Dizem que lutou até o fim: honra para ele, no meio de burocratas que matam com cortes nas pensões ou banqueiros que arruínam vidas com assets.

 
Nos telejornais podemos ver as imagens do corpo dele, pisado, empurrado por Árabes. É importante que sejam Árabes a fazer isso, todos têm que ver como Khadafi era odiado no seu próprio País.

 
Ao mesmo tempo outras duas mensagens chegam com aquelas imagens.

 
A primeira, a mais evidente, é que foram os Árabes que mataram o homem, não nós ocidentais, que estamos inocentes.
Se Khadafi tivesse caído nas nossas mãos, teria sido morto, com certeza, mas só após um processo farsa, não assim no meio da rua.

 
A segunda mensagem, menos palpável mas nem por isso não presente, é que os Árabes são animais: mesmo os que lutam para "libertar" o País deles, são como bestas ferozes que não resistem perante a vista do sangue e do inimigo ferido.
Nós, os ocidentais, não somos assim, somos bem educados.

 
Mas que interessa isso num dia como o de hoje?
Um outro Senhor do Mal morreu, derrotado pela Justiça: é isso que interessa.
Após o bom Bin Laden, após o Número Dois de Al-Qaeda, agora é a vez de Khadafi.

 
Quem sobra?
A Coreia por enquanto está debaixo do chapéu chinês, pelo que não conta.
Cuba já não é o que era.
Chavez? Cão que ladra não morde.

 
Por isso temos Bashar al-Asad, na Síria, e toda a banda de Teheran, no Irão.
Um pior do que os outros, todos Senhores do Mal.

 
Não sei porquê, mas se eu fosse al-Asad não faria planos de longo prazo.

 
 
Ipse dixit.
 
.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Mario Draghi: a inacreditável nomeação de um vigarista para presidente do BCE

.




Pela primeira vez, a presidencia do Banco Central Europeu (BCE), um lugar reservado até aqui aos holandeses, alemãos e franceses, vai ser entregue a um italiano: Mario Draghi.


Mario Draghi formou-se em economia na Universidade La Sapienza de Roma, obteve um doutorado em economia pelo Massachusetts Institute of Tecnology (USA) em 1976, foi professor da Universidade de Florença de 1981 até 1991, foi director Executivo do Banco Mundial de 1984 a 1990 e director-geral do Tesouro italiano de 1991 a 2001.




Um passado suspeito...


Até aqui tudo bem. Temos um indivíduo com um curriculo invejável. O problema é que no seu curriculo, também aparece uma fase nubelosa, aquela em que foi vice-presidente na Europa do banco Goldman Sachs.

(ver artigo: "Goldman Sachs: um dos tentáculos do polvo" e "Explosão da BP premeditada?")

Essa função foi exercida de 2001 a 2005. Ora, entre 2001 e 2002, a Grécia dissimulou várias dezenas de milhares de euros de dívidas. Mario Draghi disse que não sabia de nada. Uma resposta que nos deixa no mínimo perplexos: ou está a mentir, o que é grave para o cargo que vai desenpenhar no BCE, ou é um incompetente, o que é perigoso para as finanças europeias. Também pode ser mentiroso e incompetente!


Temos portanto a nomeação para presidente do BCE, de um hommem que trabalhou para um dos maiores bancos privados. O seu antecessor, Jean-Claude Trichet também estava ligado aos meios financeiros, mas através de altos cargos público, nunca directamente ligado a um banco, como agora vai acontecer.


Não admira que o jornal Le Monde diga dele que "os seus conhecimentos dos mercados faz dele o melhor candidato para o BCE", só se for para a comunidade financeira!


A nomiação de Mario Draghi vem clarificar as coisas. O BCE não defende os interesses dos seus cidadãos, mas sim o interesse dos bancos.



O negócio do século!


Temos então, um homem que vai assumir o futuro do Euro, e que passou por um banco que escondeu as contas da Grécia, e que veio a criar as condições para o descadeamento de uma crise na qual o Euro era o alvo. Descubra onde está o erro.


O banco Goldman Sachs não é um banco qualquer. Basta lembrar que Henry Paulson passou por lá 32 anos, antes de ser chamado em 2006 para secretário do Estado do tesouro americano, cargo esse que ocupava quando o banco Lehman Brothers, grande inimigo da Goldman Sachs, foi levado à falência e que o governo, do qual fazia parte Henry Paulson, decidiu não o secorrer.

 

Em 2009 a dívida grega era insustentável. É então, que o Goldman Sachs vai realizar o negócio do século. Vai fazer circular o rumor de que a Grécia vai pedir à China para lhe comprar 25 mil milhões da sua dívida. Goldman Sachs sabia perfeitamente que a China nunca iria cobrir essa soma. Finalidade: fazer disparar os mercados. Porque paralelamente, o Goldman Sachs aconselha os seus clientes a comprar Credit Default Swap grego. Estes Credit Default Swap funcionam como uma espéce de seguro, se a Grécia não pagasse, era o Jackpot assegurado.



Nessa altura, o Goldman sachs já ganhava uma soma considerável como "consultor" da Grécia, mas ao mesmo tempo, fazia "apostas" sobre a sua falência nas suas costas. Como é que se pode chamar a isto? Senão manipulação de mercado ou vigarice. Qualquer que seja o termo, estamos perante uma total falta de ética e de desregulação do mercado. E agora, temos esse mesmo Sr. Draghi nomeado presidente do BCE!


Nota: como seria de esperar, Mario Draghi também é membro do clube de Bilderberg.



.

 

 

terça-feira, 18 de outubro de 2011

As grandes multinacionais que governam o mundo

.




Na sequência do artigo: "As grandes famílias que governam o mundo", mais uma tentativa de  desvendar quais são as grandes multinacionais que governam o mundo.






Três jovens pesquisadores do instituto federal de tecnologia de Zurique investigaram as interacções financeiras entre as multinacionais do mundo inteiro. O trabalho chama-se: The network of global corporate  control (A rede de controle global das corporações).


Estte é um trabalho de Stefano Battiston, do laboratório de física estatística de Zurique, James B. Glattfelder, especialista em Redes Complexas e da economista Stefania Vitali.


Eles estudaram as 43 000 maiores empresas multinacionais e encontraram o facto de que 737 "entidades" (bancos, empresas de seguros e grandes grupos industriais) controlam 80% do valor dessas multinacionais.


Indo mais longe, constataram que verificaram que dessas 7373 "entidades", 147 detinham 40% do valor económico e financeiro de todas as multinacionais a nível mundial.


Mais ainda, desse grupo de 147 multinacionais, descobriram que 50 "super entidades" estão presentes em quase todas as outras, são principalmente bancos: Barclay, JP Morgan, Merrill Lynch, Goldman Sachs, Morgan Stanley…e companhias de seguros e bancos franceses como Axa, Natixis, Société générale, el grupo Banque populaire-Caisse d’épargne o BNP-Paribas.










Já há uns dias atrás, era noticiado que os 4 maiores bancos americanos: JP Morgan, Citibank, Bank of America e Goldman Sachs, controlam 94,4% dos derivados financeiros. Ver: "Banca americana: a bomba relógio do mercado de derivados"
 


Estes autores elaboraram uma lista dessas 50 "super entidades":


1 BARCLAYS PLC (GB)
2 CAPITAL GROUP COMPANIES INC, THE (US)
3 FMR CORP (US)
4 AXA (FR)
5 STATE STREET CORPORATION (US)
6 JPMORGAN CHASE & CO. (US)
7 LEGAL & GENERAL GROUP PLC (GB)
8 VANGUARD GROUP, INC., THE (US)
9 UBS AG (CH)
10 MERRILL LYNCH & CO., INC. (US)
11 WELLINGTON MANAGEMENT CO. L.L.P. (US)
12 DEUTSCHE BANK AG (DE)
13 FRANKLIN RESOURCES, INC. (US)
14 CREDIT SUISSE GROUP (CH)
15 WALTON ENTERPRISES LLC (US)
16 BANK OF NEW YORK MELLON CORP. (US)
17 NATIXIS (FR)
18 GOLDMAN SACHS GROUP, INC., THE (US)
19 T. ROWE PRICE GROUP, INC. (US)
20 LEGG MASON, INC. (US)
21 MORGAN STANLEY (US)
22 MITSUBISHI UFJ FINANCIAL GROUP, INC. (JP)
23 NORTHERN TRUST CORPORATION (US)
24 SOCIÉTÉ GÉNÉRALE (FR)
25 BANK OF AMERICA CORPORATION (US)
26 LLOYDS TSB GROUP PLC (GB)
27 INVESCO PLC (GB)
28 ALLIANZ SE (DE)
29 TIAA US 6601 (IN)
30 OLD MUTUAL PUBLIC LIMITED COMPANY (GB)
31 AVIVA PLC (GB)
32 SCHRODERS PLC (GB)
33 DODGE & COX (US)
34 LEHMAN BROTHERS HOLDINGS, INC. (US)
35 SUN LIFE FINANCIAL, INC. (CA)
36 STANDARD LIFE PLC (GB)
37 CNCE (FR)
38 NOMURA HOLDINGS, INC. (JP)
39 THE DEPOSITORY TRUST COMPANY (US)
40 MASSACHUSETTS MUTUAL LIFE INSUR. (US)
41 ING GROEP N.V. (NL)
42 BRANDES INVESTMENT PARTNERS, L.P. (US)
43 UNICREDITO ITALIANO SPA (IT)
44 DEPOSIT INSURANCE CORPORATION OF JP (JP)
45 VERENIGING AEGON (NL)
46 BNP PARIBAS (FR)
47 AFFILIATED MANAGERS GROUP, INC. (US)
48 RESONA HOLDINGS, INC. (JP)
49 CAPITAL GROUP INTERNATIONAL, INC. (US)
50 CHINA PETROCHEMICAL GROUP CO. (CN)




Estarão estas empresa interligadas apenas por questões económicas e financeiras ou farão parte de uma estratégia global secreta? 


Será está "super entidade" a manifestação de um colectivo articulado pelo grupo de Bilderberg, no qual as reuniões anuais secretas juntam políticos e empresários das mais poderosas corporações mundiais e parecem ter uma importância enorme nos acontecimento políticos mundiais?


Será está super entidade aquela estrutura de que falava John F. Kennedy pouco antes de ser assassinado?


Vale a pena meditar sobre o que dizia Edgar Hoover, director FBI, pouco antes de deixar o seu posto:
"O indivíduo está em desvantagem ao enfrentar uma conspiração tão monstruosa que nem acredita ser possível a sua existência. A mente do americanos ainda não tomou consciência do mal que foi introduzido à nossa volta. Rejeitam até a ideia de que os humanos possam apoiar uma filosofia que em última analise deverá destruir todo o que é bom e decente".

 
Quem estiver interessado pode consultar o original deste extenso trabalho (36 páginas), em pdf:
http://arxiv.org/PS_cache/arxiv/pdf/1107/1107.5728v1.pdf


Ou um resumo do mesmo em versão francesa:
http://www.pauljorion.com/blog/?p=28360

Illuminati: a elite dentro da elite ?

.



Para muitos, os Illuminati não passam de uma suposta organização fazendo parte das teorias da conspiração, alguns acreditam ser o cérebros por trás dos acontecimentos que levarão ao estabelecimento de uma tal Nova Ordem Mundial. 


O facto é que essa sociedade secreta existiu, a Ordem dos Illuminati da Baviera foi fundada na noite de 30 de abril a 1 de maio de 1776.







Para compreender, os Illuminati precisamos voltar então na história, ao dia 1 de maio de 1776, o dia em que Adam Weishaupt, um ex-padre jesuíta, formou seu grupo ocultista, ao qual chamou de Mestres dos Illuminati. Adam Weishaupt fundou o seu novo grupo com base na Ordem Jesuíta, com a qual estava familiarizado. Os Mestres dos Illuminati eram uma verdadeira sociedade secreta, completamente fechada para o mundo exterior. Eles tinham um plano definitivo para derrubar todas as instituições civis e religiosas e os governos, substituindo-os com um novo governo mundial, um sistema que Weishaupt chamou de Nova Ordem Mundial.


Quais são os planos específicos para a Nova Ordem Mundial?  Webster, escreveu no seu livro, "World Revolution", a lista com os seguintes seis objectivos:

Abolição da Monarquia e de todos os governos constituídos
Abolição da propriedade privada
Abolição da herança
Abolição do patriotismo
Abolição da família (isto é, do casamento e de toda a moralidade, e a instituição da educação comunal das crianças)
Abolição de todas as religiões


Para alcançar esse plano, Weishaupt compreendia que precisava de um poder quase sobrenatural, para conseguir destruir a Civilização Ocidental, que era religiosamente cristã. Portanto, Weishaupt construiu os Mestres dos Illuminati com uma base ocultista!


Weishaupt criou um símbolo para sua organização: o Olho que Tudo Vê no alto de uma pirâmide incompleta, dentro de um círculo. No alto do círculo estavam as palavras "Annuit Coeptus", que em latim significa "Anunciando o nascimento de" e na parte inferior do círculo estavam as palavras latinas "Novus Ordo Seclorum", que significa Nova Ordem dos Séculos. Por outras palavras, o símbolo de Weishaupt estava "anunciando o nascimento da Nova Ordem Mundial".


Esse símbolo parece-lhe familiar, e é, porque aparece no verso da nota americana de um dólar! Na parte inferior da pirâmide encontra-se um número latino, que, quando convertido para o nosso sistema numérico, é 1776. Como o dinheiro norte-americano tem esse símbolo da Nova Ordem Mundial, podemos concluir que esse governo estará comprometido com essa Nova Ordem Mundial desde 1776!






Weishaupt planeou o derrube de todos os governos e a sua substituição por um sistema global. Ele orientou o seu plano contra os governos da Europa ocidental, que estavam estabelecidos de acordo com os princípios judaico-cristãos. Ele achava que as nações do oriente poderiam ser facilmente incorporadas ao plano porque as religiões delas estavam tão firmemente enraizadas no misticismo quanto sua religião ocultista. Na verdade, à medida que o mundo está se preparando para entrar na Nova Ordem Mundial, vemos uma  fusão ocorrendo entre as nações do oriente e os aderentes da Nova Era.


O problema, para a visão de Weishaupt, era que as nações europeias e o Novo Mundo, que mais tarde se tornariam os Estados Unidos da América, estavam fundamentados no cristianismo. Portanto, ele orientou o seu plano contra elas. Weishaupt via dois inimigos religiosos: o Catolicismo Romano e o movimento protestante que atraia as classes burguesas.


Aqui está, em resumo, o problema, do ponto de vista de Weishaupt. Ele queria destruir os governos ocidentais, substituindo-os por um novo governo global, chamado Nova Ordem Mundial. Mas como ir do Ponto A ao Ponto B? Como é que alguém, consegue mudar gradualmente todos os aspectos de todas nações ocidentais, movendo-as da liberdade para a escravidão, sem que os cidadãos desses países descubram o plano e forcem seus governos a atacar e destruir o inimigo?


Em relação os iniciados, você precisa de manter os seus planos em total segredo. Essa é a principal razão pela qual, os Mestres dos Illuminati são uma sociedade secreta. Eles tinham de manter os segredos em relação às pessoas a quem queriam escravizar.


Weishaupt achava que tinha uma aliada potencialmente forte na sociedade, a chamada Maçonaria. Estabelecidos oficialmente dentro do Mundo Ocidental em 1717, os maçons ensinavam que um dia as atitudes e valores de todos os homens de todas as nações evoluiriam naturalmente, até o ponto em que todas as religiões se fundiriam. Todos os homens compreenderiam então que eram irmãos. E os maçons achavam que liderariam o caminho para essa nova compreensão global. Esse novo sistema global era inevitável e aconteceria natural e pacificamente.


Weishaupt não acreditava que isso iria ocorrer natural e pacificamente, mas que seria necessário recorrer a uma revolução violenta . Assim, Weishaupt e os seus homens começaram a infiltrar-se nas lojas maçônicas europeias em 1776, e em apenas treze anos, em 1789, já controlavam todas as lojas maçônicas da Europa com a sua visão de mudanças violentas. A tomada das Lojas Maçônicas Americanas não ocorreu até 1830,  no entanto, Weishaupt conseguiu conquistar os corações de muitos maçons norte-americanos antes dessa data.





Extracto retirado do texto de: http://www.umanovaera.com/conspiracoes/Tese_x_Antitese.htm

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Islândia: simples reforma ou revolução?

.




A atitude da Islândia perante a crise e a sua recusa em ajudar os seus bancos privados (Islândia: como sair da crise sem ajudar os bancos), suscitaram um grande interesse e admiração da opinião pública, e com razão. 

A constituição de uma convenção constitucional onde, muitos já viam nela uma verdadeira assembleia popular, está longe de atingir as expectativas e para muitos está-se a tornar uma desilusão.







Uma medida corajosa.


Numa entrevista à agência financeira Bloomberg, o presidente islandês tinha dito: "A diferença (com a Islândia) é que na Islândia nós aceitámos que os bancos fossem à falência. Eram bancos privados e não temos nada que injectar dinheiro para os manter; o Estado não tem que assumir a responsabilidade da falência dos bancos privados".


A crise era particularmente brutal para os islandeses. A falência do banco Icesave implicava assumir um reembolso, sobretudo ao Reino Unido e à Holanda, que custaria 40% do PIB islandês. Após os protestos populares, o Presidente da República recusou promulgar a lei que rectificava esse acordo de pagamento. Houve um referendo com 60% de participação e 93% da população recusou tal pagamento. 


Desde essa altura, a Islândia desvalorizou a sua moeda em 50% em relação ao dólar, o que permitiu relançar o turismo, as exportações de peixe e de alumínio.



Uma assembleia pouco popular.


O que mais chamou a atenção na Islândia, foi a criação de uma "convenção constitucional" que muitos chamaram de "assembleia popular". Uma convenção constitucional tem como objectivo o propósito de rever e escrever uma nova constituição. Na realidade, esta assembleia composta por 25 indivíduos também irá redefinir a papel do Presidente da República, redefinir as circunscrições eleitorais, a propriedade dos recursos naturais e a legitimidade das nacionalizações do sistema bancário. 


Convém porem salientar, que para designar esta assembleia constitucional, apenas 36% da população foi a votos, o que demonstra um grande desinteresse popular. A maioria dos 25 membros desta assembleia é constituída por advogados, jornalistas, universitários e dirigentes de grandes empresas. Estes não são propriamente "cidadãos vulgares", mas sim personalidades com notoriedade, muitos dos quais já tinham alguma responsabilidade pública no passado. 


Estas personalidades depois de serem eleitas, tiveram de ser "designadas" pelo parlamento, o que em termos práticos, representa que foram "escolhidas" pelo parlamento e não pelo povo.


A população foi chamada a fazer, durante 3 meses, comentários e sugestões com vista a mudar as coisas. Numa população total de 318 000 islandeses, foram recolhidos 3600 comentários, ou seja 1,1% da população e 370 sugestões, ou seja 0,1% da população! 


Além disso, este processo "revolucionário" veio pouco a pouco a deparar-se com a oposição de uma pequena, mas poderosa, burguesia oligarca que não quer ver mudadas as suas posições económicas.


Afinal, nada de muito revolucionário em todo este processo. A finalidade parece não ser a redistribuição do poder económico pelo povo, mas sim uma actualização do poder político e legitimar as reformas do sistema bancário.



Reforma ou revolução?


O poder é antes mais nada económico. Para haver uma revolução tem de haver um redistribuição do poder económico entre os indivíduos. Pode-se reformar as vezes que se quiser o poder político, se o poder económico ficar inalterado, será um reforma e não uma revolução. 


O que se está a passar na Islândia é, na realidade,  uma reforma política e não uma revolução. Apesar de ter suscitado grandes expectativas, estamos longe de se estar a assistir à criação de uma verdadeira assembleia popular revolucionária.


.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A Argélia poderá ser o próximo alvo da NATO

.






Michel Collon, jornalista e escritor belga, revela numa entrevista porque é que a Argélia pode ser o próximo alvo da NATO, assim que esta resolva o problema da Síria e com a sua "revolta popular." 

A Argélia é simultâneamente o maior país africano, o maior país do mundo árabe e o maior país do mediterrâneo. Mas a Argélia é sobretudo um dos maior produtores mundial de gás e petróleo.




Próximo alvo: Argélia


As multinacionais nunca irão perdoar as tentativas de independência económica e política, assim como as guerras de independência levadas a cabo por certos países, como a Argélia.


Para elas (as multinacionais), as riquezas e o dinheiro devem servir os seus interesses, não querem ver nesses países políticas sociais na saúde, na educação ou na satisfação dos povos. Como sabem, a Argélia é um dos países modelo em termos de resistência anticolonialista, foi um país que procurou seguir a via dos não-alinhados e tentou a unificação dos países do terceiro mundo. 


Considero a Argélia um país punido porque não deixou que as suas riquezas ficassem nas mãos das multinacionais.


Tradicionalmente, as potências imperialistas tentam apoderar-se das riquezas dos países do terceiro mundo com simples pressões, colocando no poder presidentes servidores dos seus interesses. Quando esses seus interesses não são concretizados, não olham aos meios para os alcançar: chantagem, assassinatos encomendados, desencadeamento de guerras civis ou ataque puro e simples dos países não-dóceis.  


Vimos esta estratégia com a Venezuela, o Afeganistão, a Bolívia e com todos os países que não quiseram ajoelhar-se. A situação geográfica da Argélia é estratégica. Está claro que os Estados Unidos não vão fazer dela uma excepção. Penso que por enquanto, eles vão continuar a jogar ao jogo da cenoura e do bastão, mas não podemos afastar outro cenário. A Argélia pode ser o próximo alvo se ela não se vergar perante a ganância das multinacionais.



O terrorismo não incomoda os Estados Unidos.


Basta conhecer o mapa petrolífero e as posições estratégicas que ocupam os países para saber onde os Estados Unidos e a Europa querem instalar as suas bases militares. 


Não se trata de lutar contra o terrorismo, esse faz parte da estratégia americana. O terrorismo não incomoda nada os Estados Unidos. Terroristas com mandados de captura por atentados contra civis estão neste momento em Miami sob a protecção dos americanos.


Convém lembrar que foram os Estados Unidos que armaram Bin Laden e  terroristas para depor um estado progressista no Afeganistão, que apoiam Israel que massacrou um povo inteiro...e os exemplos são numerosos.


A região do Sahel não é excepção, temos que inseri-la num mundo global para perceber a estratégia das potências multinacionais. A instalação das bases militares e a apropriação das riquezas de uma região são os principais objectivos.


Os Estados Unidos não querem eliminar o terrorismo, antes pelo contrário, querem servir os seus interesses, porque para acabar com o terrorismo, tem-de se acabar com a pobreza, a fome, as injustiças e a exploração...




Excerto de uma entrevista com Michel Collon:
http://www.lce-algerie.com/entretiens/10/294-michel-collon-intellectuel-et-militant-anti-guerre-belge-qlalgerie-peut-etre-la-prochaine-cible-si-elle-ne-se-plie-pas-devant-la-cupidite-des-multinationalesq.html

Site de Michel Collon: http://www.michelcollon.info/?lang=fr

Tradução: Octopus

.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

As grandes famílias que governam o mundo

.





Algumas pessoas já começaram a perceber que são os grandes grupos financeiros que dominam o mundo. Esqueçam as intrigas políticas, os conflitos, as revoluções e as guerras. Não é puro acaso. Tudo está planeado de longa data.


Alguns chamam-lhe "teorias da conspiração" ou Nova Ordem Mundial. Seja como for, a chave para compreender os acontecimentos políticos e económicos actuais, está num restrito núcleo de famílias que têm vindo a acumular cada vez mais riqueza e poder.


Fala-se em 6, 8 ou talvez 12 as famílias que dominam verdadeiramente o mundo. Saber quais são é um mistério difícil de desvendar.



Não estaremos muito longe da verdade ao citar os Goldman Sachs, Rockefellers, Lehmans e Kuh Loebs de Nova Iorque, os Rothschild de Paris e Londres, os Warburg de Hamburgo, os Lazards de Paris e os Israel Moses Seifs de Roma.





Muita gente já ouviu falar no Clube de Bilderberg, da Trilateral ou dos Illuminatis. Mas, quais são nomes das famílias que dirigem o mundo acima dos Estados e controlam os organismos internacionais como a ONU, a NATO ou o FMI?



Para tentar responder a essa pergunta, podemos começar pelo mais fácil: recensear os maiores bancos mundiais e verificar quem são os accionistas, os que decidem.



As maiores empresas mundiais são actualmente: Bank of America, JP Morgan, Citigroup, Wells Fargo, Goldman Sachs e Morgan Stanley.



Vejamos agora quem são os seus accionistas.


Bank of America:
State Street Corporation, Vanguard Group, BlackRock, FMR (Fidelity), Paulson, JP Morgan, T. Rowe, Capital World Investor, AXA e Bank of NY Mellon.


JP Morgan:
State Street Corp., Vanguard Group, FMR, BlackRock, T. Rowe, AXA, Capital World Investor, Capital Research Global Investor, Northern Trust Corp. e Bank of Mellon.


Citigroup:
State Street Corporation, Vanguard Group, BlackRock, Paulson, FMR, Capital World Investor, JP Morgan, Northern Trust Corporation, Fairhome Capital Mgmt e Bank of NY Mellon. 


Well Fargo:
Berkshire Hathaway, FMR, State Street, Vanguard Group, Capital World Investors, BlackRock, Wellington Mgmt, AXA, T. Rowe e Davis Selected Advisers.


Podemos desde já constatar que aparece um núcleo presente em todas as entidades bancárias: State Street Corporation, Vanguard Group, BlackRock e FMR (Fidelity).
Para não as repetir vamos chama-los, daqui para frente os "quatro grandes"


Goldman Sachs:
"os quatro grandes", Wellington, Capital World Investors, AXA, Massachusetts Financial Service e T. Rowe.


Morgan Stanley:
"os quatro grandes", Mitsubishi UFJ, Franklin Resources, AXA, T. Rowe, Bank of NY Mellon e Jennison Associates.



Como acabamos de verificar são praticamente sempre os nomes dos accionistas principais. Para ir mais longe, podemos agora tentar saber quais são os accionistas destas empresas accionistas desses maiores bancos mundiais.


Bank of NY Mellon:
Davis Selected, Massachusetts Financial Services, Capital Research Global Investor, Dodge, Cox, Southeatern Asset Mgmt e ... "os quatro grandes".


State Street Corporation (um dos "quatro grandes"):
Massachusetts Financial services, Capital Research Global Investor, Barrow Hanley, GE, Putnam Investment e ... "os quatro grandes" (accionistas deles próprios!).


BlackRock (outro dos "quatro grandes"):
PNC, Barclays e CIC.

Quem é que está por trás de PNC? FMR (fidelity), BlackRock, State Street, etc
E por trás de Barclays? BlackRock



E podíamos continuar durante horas, passando pelos paraísos fiscais nas Ilhas Caimão, domiciliações jurídicas no Mónaco ou sociedades fictícias no Liechtenstein. Uma rede onde aparecem sempre as mesmas sociedades, mas nunca um nome de uma família.



Resumindo: as 8 maiores empresas financeiras dos Estados Unidos (JP Morgan, Wells Fargo, Bank of America, Citigroup, Goldman Sachs, US Bancorp, Bank of New York Mellon e Morgan Stanley) são controladas a 100% por dez accionistas e temos quatros empresas sempre presentes em todas as decisões: BlackRock, State Street, Vanguard e Fidelity.



Além disso, a Reserva Federal é formada por 12 instituições bancárias, representadas por um conselho de administração de 7 pessoas, do qual fazem parte os representantes dos "quatro grandes", que por sua vez estão presentes em todas as outras entidades.

Resumindo: a Reserva Federal está controlada por quatro grandes empresas privadas: BlackRock, State Street, Vanguard e Fidelity. Estas empresas controlam assim a políticas monetária americana (e mundial) sem qualquer controlo ou eleição "democrática". Estas empresas desencadearam e participaram na crise económica mundial actual e graça a ela enriqueceram ainda mais.


Para acabar, uma vista de olhos para algumas das empresas controladas por este grupo dos "quatro grandes":


Alcoa Inc.,
Altria Group Inc.,
American International Group Inc.,
AT&T Inc.,
Boeing Co.,
Caterpillar Inc., 
Coca-Cola Co.,
EI DuPont de Nemours & Co., 
Exxon Mobil Corp., 
General Electric Co.,
General Motors Corporation,
Hewlett-Packard Co.,
Home Depot Inc.,
Honeywell International Inc., 
Intel Corp.,
International Business Machines Corp.,
Johnson & Johnson,
JP Morgan Chase & Co.,
McDonald’s Corp., 
Merck & Co. Inc., 
Microsoft Corp., 
3M Co., 
Pfizer Inc.,
Procter & Gamble Co.,
United Technologies Corp.,
Verizon Communications Inc., 
Wal-Mart Stores Inc.
Time Warner,
Walt Disney, 
Viacom,
Rupert Murdoch’s News Corp., 
CBS Corporation,
NBC Universal,
...



O mesmo se passa na Europa. Os "quatro grandes" controlam a grande maioria das empresas europeias contadas em bolsa.
Além disso, todos os homens que dirigem os grandes organismos financeiros, seja o FMI, o Banco Central Europeu ou o Banco Mundial, foram "formados" e permanecem os "empregados" dos "quatro grandes" que os formaram. 

Quando aos nomes das famílias que controlam os "quatro grandes", esses nomes nunca aparecem.

 



.

 

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Permixon: comparticipação de um placebo




O Permixon (do laboratório Pierre Fabre) é um medicamento à base de uma planta, Serenoa repens, e utilizado no tratamento das alterações miccionais provocadas pela hipertrofia benigna da próstata. 
Na realidade trata-se de um placebo.





Já em 2006, o New England Journal of Medicine publicava um artigo onde concluía que não existia qualquer benefício na utilização do Permixon em relação ao placebo.


No dia 28 de setembro deste ano, é a vez da revista JAMA ( Journal of the American Medical Association) publicar um estudo duplamente cego, onde as conclusões são as mesmas: o Permixon não permite reduzir a nictúria ( em maior eliminação de urina durante a noite), não melhora o fluxo urinário e não altera o volume residual de urina. Resumindo: a acção do Permixon é comparável ao do placebo.



Convém lembrar o que é um placebo.
Um placebo é um medicamente que apresenta efeitos terapêuticos devido aos efeitos fisiológicos da crença do paciente de que está a ser tratado.


Esta questão do efeito placebo merece alguma reflexão. Dizer que um medicamento não é melhor de que um placebo, não significa que não faça nada, dado que o próprio placebo tem alguma eficácia real, mais não seja psicológica para o doente que o toma. 
O placebo também não tem efeitos secundários. No caso da hipertrofia benigna da próstata pode assim ser benéfico ao evitar ou retardar o uso de medicamentos, que apesar de mais eficazes, têm, eles sim efeitos secundários indesejáveis. 



A questão que se põe aqui, mais uma vez, é saber se é lícito um medicamento que não tem qualquer acção terapêutica ser comparticipado, como outro medicamento qualquer. Neste caso, uma embalagem de Permixon com 60 cápsulas, tem um preço de venda de 24 euros, senda a sua comparticipação (que todos nós pagamos) de 37%





http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa053085

http://jama.ama-assn.org/content/306/12/1344.abstract

http://www.infarmed.pt/prontuario/mostra.php?origem=ono&flag_palavra_exacta=1&id=799&palavra=Permixon&flag=1

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Banca americana: a bomba relógio do mercado de derivados

.



Sabemos que o sistema bancário inventou (literalmente) o papel. Qual papel? Lixo, nada mais do que isso. São assets tóxicos, derivados sem valor, instrumentos financeiros atrás dos quais existe apenas o vazio. Não são uma riqueza, pelo contrário: são perigosos, são os alicerces acima dos quais foi construída a crise começada em 2008 e ainda não acabada.







O problema são as dívidas públicas dos Estados?
Sim, com certeza.



Os Estados Unidos têm uma dívida pública de 14,5 triliões de Dólares.


O Produto Interno Bruto do planeta é de 62 triliões de Dólares.


JPMorgan Chase, banco privado, sozinha tem 78 triliões de Dólares em produtos derivativos.



O último relatório trimestral do Office of the Currency Controller acabou de sair e, de form aclara, apresenta a situação: os maiores 4 bancos dos Estados Unidos estão mergulhados (mas seria melhor dizer "afogados") num oceano de papel que eles chamam "produtos financeiros derivativos" ou assets, mas que na realidade são papel sem valor.





Dos 250 triliões de Dólares em valor nominal bruto em contratos derivativos (incluídos Interest Rate, FX, Contratti Equity, Commodity e CDS), dos 25 maiores bancos comerciais, 4 bancos detêm 94.4%.



JPMorgan Chase 78 triliões de Dólares


CitiBank 56 triliões de Dólares


Bank of America 53 triliões de Dólares


Goldman Sachs 48 triliões de Dólares.



Mas o risco está a aumentar cada vez mais pois, para poder obter lucros, estes bancos são obrigados a arriscar cada vez mais. Moral: a exposição cresceu 5.3 triliões de Dólares ao longo do primeiro trimestre deste ano.




E em caso de falência? Ninguém "cobre" estes derivativos? Afinal houve bancos que emitiram estes contratos e alguém terá de responsabilizar-se.

Em teoria.

Na prática o caso Lehman (o banco falido em 2008) ensina-nos que por cada Dólar de contrato será muito se recuperar 20 cêntimos. No caso Lehman houve um banco em dificuldades e nem era o maior: podemos imaginar o resultado caso haja mais do que um banco em dificuldade. Ou um dos Big Four.



 
 
Texto de: http://informacaoincorrecta.blogspot.com/2011/10/o-oceano-de-papel.html
 
Fonte: http://www.zerohedge.com/news/five-banks-account-96-250-trillion-outstanding-derivative-exposure-morgan-stanley-sitting-fx-de
 
.

Razões pelas quais a maioria dos ensaios clínicos é fraudulento







A indústria farmacêutica é dos poucos sectores industriais e económicos em que a avaliação dos seus produtos é exercida pelos próprios. 


Como acreditar na independência quanto á utilidade e segurança de um medicamento quando os avaliadores são os que esperam fazer enormes benefícios com a sua venda?





Manipulação das estatísticas


Todos nós sabemos, que as estatísticas são facilmente manipuladas e deturpadas. Os gráficos apresentados nos ensaios clínicos pela indústria farmacêutica valorizam os benefícios de um determinado medicamento e minimizam o seu insucesso e efeitos secundários. Dizer que um medicamento duplicou o bem estar dos doentes que o tomaram, passando de 0,5% para 1%, não é mais do que referir, na realidade, esse medicamento, melhorou apenas a vida de 2 em 200 pessoas em vez de 1 em 200 pessoas.



O problema do placebo


Hoje em dia a regra de ouro são os ensaios clínicos duplamente cego contra placebo. O problema é que a composição do placebo utilizado nunca é referida e muitas empresas farmacêuticas não hesitam em introduzir no placebo substâncias que criam alguns dos efeitos secundários esperados no medicamento testado, assim poderão dizer que os efeitos secundário desse medicamento é sobreponível ao do placebo.



Empresas contratadas para realizar os ensaios clínicos


Raros são os laboratórios farmacêuticos que realizam os teste aos seus medicamentos, eles contratam empresas cuja a sua única função é a realização esses testes. Dado que não quererão perder o negócio da atribuição de um futuro teste com um determinado laboratório, essas empresas vão fazer todo o possível para o satisfazer o laboratório que lhes encomendou o ensaio, maximizando os resultados positivos e omitindo os negativos.



Deslocalização dos ensaios clínicos


A quase totalidade dos ensaios clínicos são actualmente realizados nos países do terceiro mundo e em países da Europa de Leste. Nesses países o custo dos ensaios é menor, e a legislação local praticamente inexistente neste domínio. Resultado, além da falta de ética demonstrada, a população em questão tem muito pouco a ver com a dos países europeus e da América do Norte, onde vão ser comercializados os medicamentos. Existem diferenças nas condições de higiene, alimentação, genética, ...



Esconder os resultados negativos


A industria farmacêutica não é obrigada a revelar os resultados negativos dos seus ensaios clínicos ou os efeitos secundários produzidos produzidos durante os testes. Resultado: 95% dos dados inconvenientes acabem no lixo, os 5% publicados são todos os que se revelaram favoráveis. 



Revista médicas pagas pelos laboratórios


Os artigos publicados nas revista médicas são os da conveniência dos laboratórios, dado que são eles que pagam as revistas. Por esta razão torna-se muito difícil encontrar artigos críticos em relação a determinadas substâncias, por serem sistematicamente postos de parte e por consequência não publicados.






Corrupção dos sistema pela indústria farmacêutica


Mesmo quando a indústria não compra directamente os resultados que deseja ver publicados, como acabamos de ver, fá-lo indirectamente através do suborno da classe médica e financiamento dos especialistas médicos lideres de opinião e professores de renome na promoção do seu produto.

Ainda mais grave, é o facto da indústria farmacêutica controlar os organismos que deveriam vigiá-la. Os ordenados pagos aos supervisores desses organismos e a sua sustentabilidade vem directa ou indirectamente do dinheiro dos laboratórios farmacêuticos, o que põe em causa a sua independência. 

Isto é validos para praticamente todos organismo de supervisão, quer se trate do CDC e FDA americanos, Infarmed portuguesa, AFSSAPS francesa ou a Agência Europeia de Avaliação de Medicamentos (EMEA). Por exemplo, o financiamento da Organização Mundial de Saúde (OMS) provem, na sua quase totalidade, de empresas privadas quase todas ligadas ao sector da indústria farmacêutica.





.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Os governos não mandam no mundo, a Goldman Sachs é que manda

.



O britânico Alessio Rastani esclareceu numa entrevista de três minutos à BBC muitos mais do que horas de debates com especialistas em economia não conseguem fazer.

Frases como: "os investidores não querem saber do pacote de ajuda à Zona euro, querem é fazer dinheiro com a crise" e sobretudo: "os governos não mandam no mundo, a Goldman Sachs é que manda», fizeram "gelar" a jornalista que o entrevistava.

Alessio Rastani descreve-se como "investidor independente", não é corrector porque nunca foi autorizado pelo regulador dos serviços financeiros (Financial Services Authority) ingleses.
Investir é para ele um passatempo e «não um negócio», mas vale a pena ver a entrevista.







Para quem quer saber mais sobre a Goldman Sach:

http://octopedia.blogspot.com/2010/11/goldman-sachs-um-dos-tentaculos-do.html

E ainda:

http://octopedia.blogspot.com/2010/06/explosao-da-plataforma-da-bp.html


.