terça-feira, 8 de setembro de 2015

Porquê este súbito fluxo de "migrantes" ?

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Este súbito fluxo de "migrantes", para além da legítima comiseração com o sofrimento, deixas muitas questões no ar:


- porque é que existe um fluxo súbito de "migrantes"?

- porque chamar de "migrantes" pessoas que na sua maioria são "imigrantes"?

- o que mudou radicalmente nos países de origem que justifica tal fluxo?

- porquê abrir subitamente as fronteiras da Europa?

- porque é que um país como a Alemanha decide abrir as suas fronteiras a mais de 800 000 refugiados?


Como já dizia Roosevelt:
“Em política, nada acontece por acaso. Se isso acontecer, você pode apostar que foi planeado dessa forma”





As condições de navegação no Mediterrâneo estão, nesta época do ano, mais favoráveis.

É verdade que nesta época do ano as condições de navegação são mais favoráveis. Mas tal já aconteceu na mesma época no ano passado.


A crise Síria.

Nos últimos meses a situação do conflito sírio pouco mudaram.


A fome aumentou nos países de origem.

A situação de fome pouco se alterou nos países de origem, veja-se por exemplo o caso da Eritreia.


A Alemanha precisa de imigrantes para aumentar a sua taxa de natalidade.

O problema não é novo, mas a Alemanha sempre teve uma política de imigração rigorosa. 


A Europa tomou consciência do problema.

Sim, a Europa tomou subitamente consciência do problema após imagens como o da da criança na praia turca, mas já sabia disso tudo.




"Viva" os "migrantes"


Existem sem dúvida pessoas perseguidas pelas suas crenças religiosas, atacadas pelas suas convicções ou etnias, mas a suas grande maioria foge os seus países de origem pelas condições económicas. Isto tudo é legítimo, mas param de chamar "migrantes" a essas pessoas. Querem uma vida melhor, como os portugueses já a procuraram, mas, na sua grande maioria, não são perseguidos.









Este "viva o migrantes" irá alterar definitivamente os valores básicos da Europa.


Como não pensar que no meio deste fluxo irão ser integrados islâmicos radicais? Como aceitar de braços abertos pessoas que na Europa reinvendicam valores contrários aos que levaram séculos a construir como o da iguadade perante a lei, lei essa que com todos os defeitos, e à custa de muitos mortes, preconiza uma igualdade de géneros.


Como explicar que num país, como Portugal, em que muita gente está desempregada, alguns sem casa, se dê tudo isso a pessoas que vêm de fora?


E pensando bem, sem querer generalizar, alguns dos novos "migrantes" que vimos chegar em comboios, mais parecem fazer parte de um qualquer Interrail, com as suas mochilas Addidas, sapatos Nike e de telemóvel em punho, só faltam as selfies.






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9 comentários:

  1. E, pelo menos no caso dos sírios, há também, obviamente, um outro objectivo oculto, em toda esta vontade ocidental de acolher estes imigrantes...

    Que é o de desincentivar as pessoas a lutar no seu país de origem.

    Se chegarem à Síria notícias de que a Alemanha e afins (onde se tem uma muito boa qualidade de vida) está a acolher estes imigrantes, quem poucos ou nenhuns valores tem, não pensa duas vezes antes de decidir fugir para lá, em vez de lutar.

    (Enquanto que, se não fossem tais imigrantes acolhidos, teriam tais pessoas de ficar a lutar...)

    Informem-se sobre o que se passa na cidade de origem da família de cuja fotografia de uma das suas crianças afogada percorreu o mundo (enquanto inúmeras crianças sírias vítimas do EI, hipocritamente, permanecem anónimas).

    A família era originária de Kobane(!) - capital da autonomia curda e núcleo de resistência dos "Leões de Rojava", que têm oferecido uma feroz resistência ao Estado Islâmico, tendo conseguido reconquistar imenso território perdido. (Vivam as heróicas e libertárias YPG e YPJ!)

    Resistência essa, que até vários voluntários ocidentais tem atraído - os quais só têm elogios (http://www.middleeasteye.net/news/lions-rojava-282706690) para descrever estes curdos militantes, nas forças dos quais muitos sírios não-curdos também lutam.

    O Estado Islâmico, como muitos sabem, continua numa posição de fragilidade. E, com uma força maior a lutar contra o mesmo, poderá ser destruído.

    Se conseguirem as elites ocidentais, com isto, desincentivar mesmo muitas pessoas de lutar na Síria e no Iraque, pode ser que consigam salvar o seu emirado-fantoche, através do qual poderão continuar a roubar muito do (cada vez mais) precioso petróleo desta zona do Médio Oriente (em vez de estar a fazer, possivelmente muito difíceis, acordos comerciais com os não-alinhados regimes iraquiano e sírio).

    [continua]

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  2. [continuação]

    "...com as suas mochilas Addidas, sapatos Nike e de telemóvel em punho, só faltam as selfies."

    E, telemóveis com Internet através da rede móvel (que, suponho que não seja barata - muito menos em modalidade "roaming") através da qual combinam as suas travessias com os traficantes (como mostram as reportagens na televisão).

    O número de imigrantes é de tal ordem, que já forçou a Macedónia a declarar o "estado de emergência". E, só a Alemanha, diz que está disposta a acolher 500,000 imigrantes.

    Se considerarmos apenas este número, para incluir apenas os que pertencem à grande maioria síria, e se considerarmos que são todos famílias inteiras e também que só 1 em cada (digamos) 5 dos elementos de cada família é um elemento do sexo masculino em condições de lutar, temos um exército de 100,000 elementos(!).

    Com o mesmo dinheiro que se gasta a comprar um smartphone barato, pode-se comprar uma Kalashnikov. E, o dinheiro que se gasta a usar Internet nesses mesmos smartphones podia antes ser usado para comprar balas. O dinheiro que se gasta em tão grandes travessias territoriais, podia antes ser gasto a percorrer o mesmo número de quilómetros nos campos de batalha dos seus países-natais etc. (Já para não falar de que o governo sírio oferece dinheiro para ajudar a pagar isto tudo - tal como faz com as YPG e YPJ, que não estão sob o seu controlo.)

    São, claramente, pessoas que não querem lutar - e às quais não faltam oportunidades para tal...

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  3. À fotografia que está presente no início desta colocação, tenha a contrapor a que está no início do seguinte artigo

    http://kurdishdailynews.org/2015/07/05/kurds-in-hasakah-province-celebrate-victory-over-isis/

    e tantas vezes mais bela...

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  4. Aqui, a mesma fotografia, em melhor qualidade:

    https://radiomachetebologna.files.wordpress.com/2015/01/syria-ypj-fighters-in-kobane.jpeg

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  5. Um exemplo a seguir, de como de "refugiadas" passaram as mulheres curdas iazidis a lutadoras:

    http://roarmag.org/2015/08/yazidi-women-genocide-resistance/

    No qual acabei por encontrar uma declaração de alguém que também está consciente do que dizia eu nos comentário acima:

    "the women are conscious of a 'white' or bloodless genocide, as EU governments — especially Germany — try to lure Yazidi women abroad, uprooting them from their sacred homes and instrumentalizing them for their own agendas."

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  6. Criar o problema para vender a solução.
    Provocar o caos para estabelecer novas estruturas de segurança.
    ?? NWO em recta final ?

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  7. Concordo e já disse o mesmo, mas parece que anda tudo alienado, a ue não tem homens com eles no sitio, só badamecos.

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  8. (E, trágica ironia das ironias...)

    "Aylan Kurdi's Father: 'I Will Stay and Fight for Kobane'"

    http://europe.newsweek.com/aylan-kurdis-father-i-will-stay-fight-kobane-332653

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  9. Eu tenho muito receio, que nossa VELHA EUROPA, tal com a conhecemos, esteja num ponto de viragem radical,,,, e por falar de radicalismo, ainda mais medo tenho, eu vivi no coraçaõ de Paris n 9 eme, mesmo ao lado do 18 eme, conheci bem Barbés o quarteiraõ por excelençia, a minha vida está para tráz, mas os nossos descendentes, o que lhe vamos deixar como herança?????? Questôes para a qual naõ encontro resposta.

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