sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O consumo excessivo

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Veja o vídeo clicando no link aqui em baixo






Um dos muitos problemas desencadeados pela sociedade de consumo é o individualismo que cria. Os indivíduos gastam o maior parte da sua vida a acumular rendimentos, pelo trabalho, para depois os gastarem no consumo desenfreado de bens materiais. Nestas etapas, o individuo perde, quase por completo, a noção comunitária.


Na ânsia de satisfazer cada vez mais as suas necessidades, e frequentemente as ultrapassar, o individualismo torna-se palavra de ordem, sendo "o outro" visto como um adversário directo, perdendo-se as relações interpessoais. 


A base da sociedade de consumo, é a criação no indivíduo de uma necessidade para que este adquira um determinado bem a todo o custo, mesmo que este não lhe seja indispensável. Essa necessidade é apresentada como fundamental para que o indivíduo tenha a sensação de pertença, de estima e de realização na sociedade onde se encontra inserido.


Nesse contexto, cada novo produto vem preencher um vazio, vazio esse que não existia alguns meses antes e que não era tido como essencial, injetando uma sensação de felicidade, mas também criando uma nova sensação de vazio perante outros produtos que ainda não foram adquiridos.


Para manter níveis de satisfação elevados, os indivíduos são levados pela publicidade a consumir produtos colocados no mercado a uma velocidade desconcertante, tornando os que já temos desactualizados ou obsoletos. O único momento de felicidade na compra de um qualquer objecto, torna-se assim, sobretudo se for compulsivo, o momento da sua compra.


A solução não é ser-se extremista e deixar de consumir, voltando à idade da pedra. O progresso realizado pelas nossas sociedades permitiu aquirir objetos que simplificam muitas tarefas diárias. O que temos de ter consciência é que a felicidade a longo prazo é constituída por fontes que se perderam, como os encontros, as emoções, as alegras, as dores, os medos, as descobertas. Os bens de consumo não nos fazem sentirmos-nos vivos, têm tendência a esvaziar o nosso caractere e a nossa humanidade. 




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7 comentários:

  1. Meu Amigo...

    Que escrever? Escrevi há dias isto com uma fotografia deste vídeo e o título que dei à mensagem é o mais apropriado!

    Infelizmente não é este o auge da nossa Bela e Gloriosa sub-espécie...

    Felizmente que o fim que nos espera não será muito diferente daquele que vemos no vídeo acontecer aquelas espécies...

    A nossa Ilusão é de que vamos conseguir abandonar o Planeta quando este já não reunir o mínimo de condições para nos suportar mais... Tais parasitas...

    Mera ilusão!

    Pena que o mais recente meteorito era pequeno e falhou o alvo...

    Pois como já o escrevi várias vezes esta é a única forma de mudarmos de rumo, Ajuda externa... Pois que por nossa vontade e iniciativa, nunca o faremos!

    Um Abraço...

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    1. Meu grande amigo,

      Eu bem sei que publicas-te essa fotografia no teu blogue e fui pesquisar de onde poderia ser a origem.

      Por isso escrevi este texto. De facto tens toda a razão, estamos condenados, e isso me deixa muito triste.

      Como tu, não acredito que as próximas gerações irão mudar algo de relevante.

      Fica a "marca", algumas pessoas que pensam diferente, e isso faz toda a diferença.

      Um abraço sincero.

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  2. O seu texto, li-o sob o efeito do video
    Está tudo errado
    E o pior é que o "tudo" e tanto...

    Façamos a diferença
    Sem desistência

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  3. Quero aqui divergir do VOZ, não acho que somos uma sub-espécie, mas somos o que a Sinarquia quer que achemos sobre nós mesmos. Não podemos assumir a culpa de todas as desgraças do mundo. Mas, podemos ter o tirocícinio que não devemos nos culpar por isso, e mais, precisamos ver que a "nossa cultura" não é nossa, mas deles a Sinarquia quer a Ordem sobre o Caos e transformar tudo em dados e estatísticas (prisão perfeita para o ser humano). Porém, existe uma outra possibilidade, mas para isso é preciso se desfazer dos conceitos da nossa "cultura".

    Abraços

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  4. Caro Octopus,
    Bem interessante, acho pertinente que estudemos uma proposta de John B. Calhoun, um etologista que mostrou através de ratos qual o resultado do crescimento vertical e sua influência na planificação das espécies.
    Acredito que esse estudo ilustrará toda essa mixórdia que nos encontramos.
    Existe material na net, entretanto vale o estudo do assunto em material mais substante.
    Abraço

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    1. Pois é Vapera,

      Pensamos que somos livre nas nossas escolhas, mas não o somos.

      As nossas escolhas feitas nas nossas mais convictas razões estão sempre influenciadas pelo nosso passado familiar, pelas maquavélicas influencia da religião que se impôs ao pensamento livre, pela publicidade que nos condiciona na hora da escolha, pelos políticos bem-falantes, pela informação formatada que recebemos.

      Julgamo-nos livres, mas estamos encarcerados na corrente.

      Um abraço

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    2. Caro amigo tem razão, somos mais manipulados do que aquilo que julgamos.
      Também, como alguém supra-mencionou, necessitamos de ajuda externa. Na verdade essa ajuda já chegou, mas ainda não é visível pela maioria das pessoas.
      Tenham esperança e confiem, pois o dia da libertação está breve.
      Um abraço fraterno para todos!

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