sábado, 29 de setembro de 2012

Taxa sobre as transacções financeiras: roubar de volta quem rouba não é solução!










Taxar as transacções financeiras, é um dos objectivos do próprio poder estabelecido - que quer consolidar o seu poder e que o Capitalismo que temos passe de um modelo de chamado "Mercado Livre" para um modelo de Economia Planeada.





Planeada, claro, por esse mesmo poder estabelecido (constituído pelos grandes capitalistas e banqueiros internacionais) através dos seus governos-fantoche, de um modo semelhante ao que se fazia nos regimes fascistas. Tudo para que o cartel formado pelo Clube Bilderberg, e afins, passe a constituir, de facto, uma espécie de Governo Mundial / Empresa Mundial S.A.


Não sendo por acaso que quem anda a pressionar por esta reforma são grupos controlados por esse mesmo poder estabelecido - como é o caso da ATTAC, que surgiu por iniciativa do jornal Le Monde Diplomatique, criado pelo jornal Le Monde, membro do Clube Bilderberg.


Sou, de um modo geral, contra os impostos e subsídios. Que considero, na sua maioria, ilegítimos e injustos. E não acho que roubar, de volta, quem rouba seja a solução. (O qual não é sequer o caso, no que falamos, pois o dinheiro que é extorquido a todos os capitalistas, neste tipo de impostos, nem sequer vai parar, de volta, às pessoas, mas sim passa para as mãos dos vários Estados e, através das dívidas fraudulentas por estes contraídas, por sua vez, para as mãos dos banqueiros e grandes capitalistas que constituem o Clube Bilderberg e afins, acabando os grandes capitalistas por reaver, deste modo, o seu dinheiro e constituindo também tudo isto, em boa parte, uma forma de roubo dos grandes capitalistas aos pequenos capitalistas.)


Penso que o que é preciso é acabar com os roubos em si. E que, para isso, é preciso mudar a sociedade pela raiz e substituir o modelo económico que temos por um outro onde não haja roubos. Se isto é possível ou não, já é outra questão a debater. Mas é esta a única maneira correcta e coerente que vejo de mudar as coisas.


Estar a pressionar por este tipo de reformas acaba por ser até uma maneira de legitimar, pelo menos em parte, o próprio sistema. E de dizer que o mesmo pode ser algo benéfico para as pessoas. Acabando também por diminuir a contestação das pessoas ao mesmo e por permitir a este que sobreviva e, através dos mencionados esquemas, se fortaleça até.



Texto do meu amigo Fernando Negro


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7 comentários:

  1. Eh, lá. :)

    Se soubesse que iria dar em artigo, tinha tido mais cuidado ao escrever o meu comentário. hehe

    Mas penso que, de qualquer modo, está lá quase tudo explicado...

    Só tenho um adendo, relativamente à mencionada Economia de Mercado, apenas para quem não saiba do que estou a falar...

    Que é o que (tal como expliquei brevemente, num anterior comentário) ao taxar as transacções financeiras - para quem perde dinheiro, em cada uma das mesmas - está-se a inibir, e a possibilitar cada vez menos, a ocorrência das mesmas. E, desta maneira, a estrangular, pouco a pouco - em cada uma dessas transacções - a dita economia de "Mercado Livre". Que é o tradicional modelo de economia capitalista com o qual os super-capitalistas querem acabar, para que possam consolidar o seu poder.

    (Eu tenho, neste momento, o meu computador pessoal avariado e só o consigo usar por períodos intermitentes. Mas quando o arranjar, irei então tentar encontrar, nos meus arquivos, algumas referências à Economia Planeada de que falo...)

    Um grande abraço, Dr. Octopus.

    ;)

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    1. Eu é que agradeço Fernando. ;)

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    2. "planning will inevitably replace laissez-faire in the relationships between the two systems. This planning may not be single or unified, but it will be planning, in which the main framework and operational forces of the system will be established and limited by the experts on the governmental side; then the experts within the big units on the economic side will do their planning within these established limitations."
      (...)
      "It is increasingly clear that in the 20th century, the expert will replace the industrial tycoon in control of the economic system even as he will replace the democratic voter in control of the political system. This is because planning will inevitably replace laissez-faire in the relationships between the two systems."
      --- Carroll Quigley, Tragedy and Hope

      "Competition is a sin."
      --- John D. Rockefeller

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  2. Olá... E mais uma vez:

    "1- Encerrar os Mercados Financeiros;

    2- Queimar os “Livros” das Dívidas Especulativas Existentes;

    3- Nacionalizar toda a Banca Privada;

    4- Retalhá-la em pequenos Bancos Nacionais (Privados só depois do ponto 5 estar concluído)

    5- Reescrever do ZERO todas as Regras do Sistema Monetário. Isto se desejarmos continuar a viver num Sistema Monetário." a fonte

    E isto são apenas 5, evidente que passa por muito mais, e que tudo isto implica a tal PERDA que também costumo referir...

    ESTAMOS DISPOSTOS A PERDER O QUÊ?

    Abraço

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    1. Amigo VOZ,

      Sabes que defendo essas regras mas, infelizmente, não vejo qualquer perspectiva das ver aplicadas.

      A pessoas foram convencidas que este sistema, chamado de democrático, é o único aplicável porque julgam que o Estado os vai defender e redistribuir a riqueza produzida de uma forma equitativa, coisa que não acontece.

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  3. Bom... Então resta esperar pelo colapso, inevitável, deste tipo de organização social. Infelizmente será violento, pois as reacções nunca foram amigas das reflexões!

    Abraço

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  4. Outra coisa de que me lembrei - e isto, no caso dos bancos, é bem visível:

    Reparem em como esse dinheiro que é roubado aos pequenos capitalistas é depois usado pelos grandes para comprar a sua concorrência.
    Temos, no fundo, os pequenos capitalistas - oriundos da "massa suja", que pouco ou nada sabe sobre como realmente funcionam as coisas e com a mania que também quer e sabe sacanear e roubar os outros - a financiar a sua própria destruição.

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