sexta-feira, 2 de março de 2012

Hugo Chavez: quando a utopia roça a realidade

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No ocidente, a Venezuela pode parecer um país folklórico com as suas crises e o seu presidente carismático que desafia os Estados Unidos à custa do seu petróleo. Mas para além das imagens fáceis, não devemos ignorar que este país está a viver um profundo processo de transformação social e os resultados positivos estão à vista.


Para além da propaganda ocidental que ridiculariza e estigmatiza Hugo Chavez, ao olhos dos mais mal informados, a realidade dos números é elocuente, a Venezuela progrediu muito nestes 14 anos de governação.



Desde a sua eleição em 1998, Hugo Chavez levou a cabo uma transformação económica e social que melhorou em muito o nível de vida de uma população que cultivava o paradoxo de ser um dos países mais ricos do continente americano e de viver na pobreza.

 
Digam o que disserem,  o presidente é apreciado pelo seu povo. Três eleições presidenciais, em 1998, 2000 e 2006 com 60% de votação.
Esta popularidade explica-se em parte pelas reformas económicas e sociais que permitiram melhorar o nível de vida da população. No entanto, nem tudo foi fácil. Foi vítima de um golpe de estado planeado pelos Estados Unidos em abril de 2002. tendo sido "salvo" pela extraordinária mobilização popular.



Nacionalizações.


Em 2003, o governo toma o controlo da empresa de Estado de Petróleos da Venezuela (PDVSA) nacionalizando este sector. Actualmente detém 60% de participações no petróleo venezuelano. Em maio de 2007, nacionaliza a Orenoque, que possui as maiores reservas mundiais de petróleo.


Antes, a multinacionais extraíam o barril de petróleo com um custo de produção de 4 dólares e vendiam-no ao estado da Venezuela ao preço de 25 dólares. Com este novo sistema, o estado poupo 3 mil milhares de dólares. O governo também decidiu aumentar o imposto sobre os lucros de 34% para 50%, após ter constatado que várias empresas fugiam ao fisco. 


O governo nacionalizou várias empresas de electricidade e de telecomunicações que detinham um verdadeiro monopólio. Assim, as empresas Compañia Anónima Nacional Teléfonos de Venezuela S. A. (CANTV) e Electicidad de Caracas, detidas por capitais americanos passaram para controlo do estado venezuelanos. 



Agricultura.


O governo de Hugo Chavez recuperou cerca de 3 milhões de hectares, ou seja 28,74% de terras produtivas aos latifundiários. No total, cerca de 6.5 milhões deverão ser nacionalizados. O objectivo é obter a independência agrícola. 49% das terras recuperadas foram redistribuídas aos camponeses com apoio de meios técnicos e financeiros, até então esses camponeses eram escravos dos grandes proprietários. Estas reformas permitiram à Venezuela um crescimento nos últimos dois anos de 11,2%, neste sector.



Uma revolução social.


As nacionalizações de vários sectores da economia trouxeram uma mais-valia que permitiu uma verdadeira revolução social. Senão vejamos: o programa Fonden, criado para financiar os mais necessitados.


O nível de pobreza passou de 20%, em 1998, para 9,5%. O desemprego passou, nesse mesmo período de 16% para 7%. O nível de desigualdade regrediu em 13%. Os beneficiários de pensão de reforma aumentaram em 218%.


O PIB da Venezuela passou de 88 mil milhões de dólares, em 1998, para 257 mil milhões em 2008. 98% da população tem agora água potável.


O salário mínimo mensal passou de 118 dólares em 1998 para 286 dólares em 2008, o mais elevado do continente. Em 1996 era de 36 dólares. As mulheres solteiras e os deficientes recebem o equivalente a 80% do salário mínimo. O horário de trabalho é de 6 horas, 36 horas semanais. 



Educação.


O novo acesso à educação permitiu que 1,5 milhões de venezuelanos aprendessem a ler, isto à custa de uma grande campanha de alfabetização. A própria UNESCO declarou que o iletrismo estava erradicado na Venezuela. Essa organização declarou também, que a Venezuela era o quinto país do mundo com mais universitários.


Todo o ensino é gratuito, incluindo o acesso ao ensino superior. Praticamente 100% das crianças estão escolarizadas, sendo que na primária os alunos beneficiam de três refeições por dia.



Os Media.


Para quem acusa o governo da Venezuela de controlar os meios de informação, aqui ficam alguns números: em 1998 havia 291 rádios FM privadas, 9 públicas e nenhuma comunitária, em 2008 eram 472 rádios Fm privadas, 79 públicas e 243 comunitárias.


Na televisão mesma coisa, em 1998, haviam 26 televisões privadas e 2 públicas, em 2008 eram 65 televisões privadas e 6 estatais (VTV, Telesur, Vit Tv, Tves, Avila TV, ANTV) e 35 comunitárias.



 Luta contra a droga.


Apesar da Venezuela ser palco de um grande tráfico de droga, em 2010 foram apanhados 64 000 kg de droga, 17 chefes de organizações criminosas presos e 18 laboratórios de droga desmantelados, sendo que a Venezuela foi um dos países do mundo que mais lutou contra a droga.



Saúde.


O sistema nacional de saúde foi criado para permitir o acesso ao cuidados de saúde a todos os venezuelanos de uma forma totalmente gratuita. Este permitiu que a taxa de mortalidade infantil descesse para números inferiores a 10 por mil.
 

Para eliminar os problemas de mal-nutrição, o governo criou a chamada "Missão Alimentar". São lojas estatais, as "Mercal" cujos artigos são subvencionados pelo estado em 30%. 14 000 pontos de venda e metade da população faz aqui as suas compras. 4 milhões de crianças recebem alimentação gratuita através do programa de alimentação escolar, eram 250 000 em 1998.



Solidariedade internacional.


A Venezuela antecipou e reembolsou ao FMI e ao Banco Mundial. Criou o "Banco do Sul" destinado a promover a integração económica regional, que permitiu doar em 2007 8,8 mil milhões de dólares aos países da América do Sul.




Democracia participativa.


A democracia participativa foi reforçada com novas leis que aumentam o poder dos chamados "Conselhos Municipais" que permitam uma certa autogestão e organização do poder territorial.


Desde 2006, foram criados pequenos grupos de 200 a 400 famílias que decidem em assembleia quais são as necessidades municipais, como por exemplo, a construção de esgotos ou o fornecimento hospitalar. O governo fornece então a esses municípios o dinheiro necessário, através de uma "Banca Municipal", sem passar pelos presidentes das juntas.


A ideia é que pouco a pouco esses Conselhos Municipais tenham cada vez mais poder e consigam uma autogestão popular directa. Mais tarde, eles serão agrupados em associações e depois federações. A médio prazo, os presidentes de junta e governadores irão desaparecer.


Os Conselhos Municipais são benéficos, porque permitem a discussão dos problemas reais da comunidade e um empenho das populações na resolução dos seus problemas, apesar de limitados por dependerem do fornecimento estatal, havendo o risco de poder instalar-e uma relação vertical de clientelismo.


O objectivo de uma reorganização do poder territorial constitui uma verdadeira revolução. A concepção clássica de uma república dividida em províncias será substituída por cidades comunitárias com poderes de auto-administração e auto-governação. O Ministério da Economia Popular transfere o dinheiro aos Bancos Municipais organizados em cooperativas que utilizarão esse dinheiro de acordo com o que foi decidido nas assembleias de cidadãos.



Muito ainda está por fazer: descentralização do poder executivo, actualmente nas mãos de um só homem, Hugo Chavez; reforma do sistema do sistema judiciários; luta contra a corrupção; luta contra criminalidade, sobretudo nas grandes cidades; diversificação dos meios produtivos para não fazer depender a economia unicamente dos rendimentos petrolíferos. Mas muito foi feito, ao longo destes 14 anos de chavismo, numa altura em que a economia mundial atravessa uma crise financeira sem precedentes, a Venezuela representa uma alternativa credível ao neoliberalismo selvagem.




Textos consultados:


 

19 comentários:

  1. O comentário não tem directamente que ver com este post, mas como sobre a "democracia" americana me parece quase impossível dizer melhor com menos palavras, porque gosto de partilhar as minhas descobertas, aqui fica. O seu autor assina como Bruce, e foi retirado de um blogue chamado Question Everything.

    JMS

    The US is a militarist-imperialist, rentier-oligarchic corporate-state owned by the top 0.1-0.4% of US households by net wealth and income (nearly 50% of income and 85% of financial wealth is held by the top 10% of US households). The only “democracy” that exists is among the rentier-oligarchic caste and marginally at the local level.

    “Leadership” power of Anglo-American empire is hierarchical and highly concentrated, similar to the corporate management structure, which is akin to military command-and-control structure. Corporate and military leaders are not chosen by the workers and the enlisted personnel.

    The bottom 90% of the 312 million US population has no power to choose national political, corporate, and military “leaders”. “Elections” are mere spectacle intended to legitimate the hierarchical power structure.

    Presidents are selected by the rentier-oligarchic banking and insurance, war profiteering, energy, and media-entertainment syndicate.

    Obama’s “selection” as corporate-state CEO and chief marketing executive for Anglo-American empire was perhaps the culmination of mass-media, mass-popular psycho-emotional manipulation and corporate-state propaganda. We should expect nothing less than much more of the same hereafter.

    To discuss what kind of imperial leadership we would like presupposes, quite naively, that we among the bottom 90-99%+ have an actual “choice” in selecting those who would “lead” us; we don’t.

    Durable “change” for the betterment of individuals will occur (should it occur) organically at
    the household, community, and local institutional level via uniquely suitable self-organizing “chaos” or “novelty” at self-sustaining scale of population, resources, and consumption.

    The larger superstructure of empire is a debilitating cost to local “novelty” and effective self-organization at self-sustainable local scale.

    Therefore, voting for national “leaders” is an affirmation of the command-and-control system and a vote to sustain the imperial superstructure and its burdensome costs.

    ***

    I would add to the above that the so-called “leaders” are demonstrably sociopaths and arguably insane; but they are but reflections of the mass insanity that produces, affirms, and rewards them.
    Mass insanity is the normative condition of human ape society. One cannot be well adjusted to mass insanity without being likewise insane.
    What other than insane outcomes would one expect?
    Thus, which insane “leader” should we “choose” this time?

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  2. Carro Octopus.
    Não sei como pssam a imagem de Chavez na Europa, entretanto aqui no Brasil (bem mais perto), embora a midia e o governo tentem passar o contrario, a verdade parece ser bem diferente. Vou exclarecer:

    1: Chavez (e o maaldito ex-presidente brasileiro Lula) fornecem armas e dinheiro as FARC.

    2: A renda méda do venezuelano não aumentou mais do que o previsto, esta ainda é menor do que a de nós brasileiros. Seu IDH, tambem é menor do que os do Chile e do Uruguai, por exemplo. Há Algum tempo, houve manifestações anti-chavistas na venezuela, muitos foram presos por causa disso.

    3: Sabe-se lá porque, há alguns anos, Chavez queria fazer guerra com a Colombia, está, embora não goste do Chavez, decidiu optar por pedir ajudo dos EUA (o que tambem não é uma boa idéia. Mas com isso, Chavez recuou.

    4: Embora a Venezuela de Chavez desafie os EUA por fora, eles ainda fazem muitos negócios com estes.

    5: O Chavez faz parte de um grupo chamado "Foro de São Paulo", entre outros membros estão Fidel Castro e o ex-presidente e a presidente do Brasil, Lula da Silva e Dilma Roussef e o presidente boliviano Evo Moralez, a intenção maior deles é transformar grande parte da America Latina na "União das Republicas Bolivarianas Sovieticas", e temo que assim como aconteceu com outros paises comunistas, essa "URBS" cometa genocidios das minorias.

    6: Embora Chavez tenha tirado a Venezuela da area de influencia americana, ele a botou na area de influencia russa, pelo que se lê aqui no Brasil, Chavez parece ser um cão russo.

    7: Chavez esta levando a america do Sul a uma nova corrida armamentista, muitos paises estão preucupados com o tanto de armas que Chavez comprou nos ultimos anos, ele realmente está procurando guerra.

    Bem espero ter mostrado que a Venezuela não é uma Utopia e Chavez nao é um lider tão bom assim. Mas é como dizem, tudo depende de ponto de vista....

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    1. E também depende de que imprensa brasileira você lê. Nos excelentes e pluralistas jornais on-line "Correia da Cidadania","Brasil de Fato" e "Carta Maior", não lê nada disso, antes pelo contrário. E há outros que também dizem bem de Chavez e da sua "Revolução Bolivariana"...
      A pedra-de-toque do regime é a participação popular "de baixo para cima" em tudo o que lhe diz respeito, o que mostra que Chavez não é um caudilho populista governando sem o povo. Bem ou mal as decisões são de muitos e não apenas de uma elite no topo. Isto não é uma muito melhor democracia do que apenas colocar um voto numa urna de 4 em 4 anos?
      Além disso, como poderia ter ele ganho tantas eleições seguidas, por tais margens, sem o apoio do povo?

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  3. Amigo Carlos,

    A imagem de Chavez na Europa é de um ditador louco.

    Agradeço os pontos de vista que refris-te. Só tentei pegar em algumas estatísticas e mostrar que apesar de tudo o panorama económico da Venezuela mudo muito durante estes último 14 anos.

    Apesar de tudo, houve uma melhoria nítida que beneficiou sobretudo os mais desfavorecidos: educação, saúde, pobreza.

    É verdade que existe repressão para os anti-chavistas. É verdade que houve um aumento do armamento adquirido, assim como no Brasil.

    Se também é verdade que, como tu dizes, existe actulamente uma grande influência russa, ela não poderá ser exclusivista, dado que, como também muito justamente o dizes, muitos negócios continuam a ser com os Estados Unidos.

    Para além do culto da personalidade, a experiência venezuelana de por em prática uma certa democracia participativa não deixam de ser interessantes.

    Um abraço

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  4. Octopus

    "Impressionante" o relato do Sr Carlos, isso significa que assina embaixo todos os atos do "Império" americano, esse tipo de pensamento daqui do Brasil é da minoria elitizada que sempre odiou o Lula pelo mérito que este tem com os pobres e mais necessitados, assim como Hugo Chavez na Venezuela.
    Aqui no Brasil a maioria tem grande simpatia tanto pelo Hugo Chavez como pelos integrantes da FARC que sofrem até hoje tentando libertar a Colombia do império americano que instalou várias bases naquele país com a "desculpa" de estarem "lutando" contra o narcotráfico.
    Isto que o Sr Carlos fala é exatamente o contrário, a mídia aqui no Brasil tenta atravéz de mentiras fazer crer que o Hugo Chavez é um ditador tirano, Chavez NUNCA quis fazer guerra com a Colombia, ele sim queria expulsar as bases americanas da América do Sul, quer como todos os sulamericanos que a América do Sul seja livre da opressão norte-americana.
    E tem razão, a Venezuela não é uma utopia porque utopia não existe, e o que Hugo Chavez, Lula, Evo Morales, Rafael Correa e Cristina kirchner estão a fazer é realidade e não utopia, pela primeira vez na história da América do Sul estamos avançando para uma vida melhor, mas pessoas como o Sr Carlos parece que só servem para limpar as botas dos soldados americanos que estão levando "ajuda humanitária" a vários países do mundo.

    Um grande abraço meu amigo Octopus e me desculpe pelo desabafo.

    PS. tenho vários posts sobre esse assunto no meu blog, inclusive vídeos sobre Hugo Chavez, convido-os a olhar.

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    1. Não gosto muito dos EUA, mas enquanto eles não forem uma ameaça ao Brasil eu não vou odia-los tambem.
      O que eu disse foi baseado em ter visto jornais como o do SBT por exemplo, canal comuna até o osso.
      Sobre o Lula....
      Bem muito embora o Brasil tenha melhorado um pouco no governo dele comparado aos outros presidentes pós-militarismo. O governo Lula foi marcado por muitos escandalos de corrupção. E SEGUNDO a Veja ele almoçou com um lider das FARC e segundo o Wikileaks ele recebeu propina para comprar os esquipamentos que ele comprou da França entre 2009 e 2010.

      Mas se eu fosse comparar com os outros candidatos, eu até que preferia o Lula. Mas ele nunca será nenhum Getúlio Vargas ou Dom Pedro I e II. Se ele quisesse os politicos não estariam mamando todo o dinheiro publico.

      Kirchner está com uma crise economica na Argentina então ela tambem não é tão boa quanto o marido foi.

      Burgos as FARC não estão tentando libertar a Colombia da influencia dos EUA e sim transforma-la num país de governo comunista.

      A afirmação de que a Venezuela queria guerra foi o que eu interpretei de textos lidos em sites sobre as forças armadas, peço desculpas se interpretei mal.

      Alias eu não tentei ser ofensivo então eu creio que não deveria ter sido chamado de alguem que serve apenas pra limpar as botas dos EUA. Não preciso ser desrespeitado apenas porque tenho uma opinião diferente da sua.

      Não sou pró-Direita nem pró-Esquerda eu sou pró-BRASIL blz?

      Abraços

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    2. Carlos

      Isso significa que na tua opinião eles podem massacrar vários países, desde que não seja o Brasil, muita "solidariedade" da tua parte em relação a outros povos.
      "SEGUNDO A VEJA", a mídia mais manipuladora que existe no Brasil, essa é tua fonte de informação? Me desculpe, mas está na hora de rever teus conceitos em fontes informativas.
      Meu amigo Carlos eu não estou querendo impor minhas idéias, mas sugiro a você começar a ler mais de fontes fidedignas, e me desculpe se você se sentiu desrespeitado, mas quando falei "limpar as botas" queria dizer que muitos ainda se sujeitam ao Império americano baseados no que a mídia oficial patrocinada pela CIA espalha pelo mundo.

      Um abraço

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  5. Mais uma coisa...

    Octopus, seu post está excelente, parabéns, e relata exatamente a verdade de Hugo Chavez e da Venezuela.

    Abraços

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  6. http://burgos4patas.blogspot.com/2011/09/hugo-chavez-as-bases-americanas.html

    http://burgos4patas.blogspot.com/2011/12/chavez-quer-criar-reservas-economicas.html

    http://burgos4patas.blogspot.com/2012/02/fidel-castro-nosso-dever-e-lutar-pela.html

    http://burgos4patas.blogspot.com/2011/12/acusacoes-de-israel-buscam-justificar.html

    Aqui um excelente vídeo que mostra a realidade da situação:
    http://burgos4patas.blogspot.com/2012/01/ao-sul-da-fronteira-o-que-midia-nao.html

    http://burgos4patas.blogspot.com/2011/12/presidentes-latino-americanos-criam.html

    http://burgos4patas.blogspot.com/2011/10/paz-mundial-esta-ameacada-pelos.html

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  7. Que espectáculo... :)
    Esta colocação está, de facto, excelente.
    Os alienados e imbecis, aqui na Europa, que continuam a votar em quem lhes destrói o futuro, nem fazem ideia do que estão a perder...
    Quem me dera a mim estar a viver na Venezuela.

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    1. E quem me dera a mim também! Amo o meu país ( e sei que se vivesse na Venezuela iria ter muitas saudades ), mas odeio o que o governo, representante da alta finança europeia, está fazer ao povo português! Preferem agradar aos grande grupos financeiros do que ao povo que os elegeu...
      Mil vezes um homem como Hugo Chavez!

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    2. Fernando, embora a europa esteja em crise ela ainda é muito melhor que qualquer país da America Latina pois os impostos aqui são exorbitantes!!

      Sobre o que eu disse, creio que eu não deveria ter exclamado com tanta certeza o que eu disse, pois tem gente que fala bem e há quem fale mal.

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    3. Ainda é melhor. Mas não por muito mais tempo.
      Pois a economia aqui está em queda livre, em resultado da destruição propositada da mesma, que está a ser feita pela classe política.
      (E os impostos aqui não param de aumentar...)
      Enquanto que, aqui na Europa, a trajectória é claramente descendente, na América Latina, a evolução é claramente ascendente. E já não faltará muito até que as posições se invertam.

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  8. De acrescentar (a propósito de, no Brasil, Chávez ser retratado como um fantoche russo) que, tal como o golpe de estado antidemocrático de 2002 provou, a Venezuela é um país na mira dos EUA. E que o facto de ser ter aliado militarmente à Rússia foi, por isso, uma muito boa decisão, em termos de precaução contra mais ingerências norte-americanas.
    A Rússia não tem, ao contrário do Ocidente, o hábito de invadir países estrangeiros e de ingerir nos assuntos internos destes. Por isso, não só não vejo qualquer perigo, como apenas benefícios (mútuos), nesta aliança existente entre a Venezuela e a Rússia. Espero até que mais países, que queiram manter a sua soberania, se continuem a aliar à Rússia e que daí saia uma poderosa aliança contra o imperialismo ocidental.

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  9. Olá Dr. Octopus: parabéns pelo post. Reitero tudo o que o BURGOS e o Fernando Negro acabaram de dizer. Mas é muito importante o comentário do Carlos, como prova inequívoca do que temos pela frente a enfrentar em função da existência de parte de uma população latino americana que desconhece a história, mas fala como se a conhecesse, o que é o pior. Ou, se não é ingenuidade adquirida por força dos mídia e da aculturação ao império norte americano, que leva a este suposto conhecimento enviesado da história (o que seria ainda mais saudável), é xenofobia pura, máscara de dominador presa na cabeça de dominado.E aí...não tem lógica que permita discutir, argumentar seriamente. E não venham me dizer que é questão de ideologia, porque ideologia é pouco, é efeito de superfície.É a posição que os indivíduos se colocam nas relações de poder, seus dispositivos e seus efeitos. Abraços

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  10. Longe... muito longe da utopia. A realidade sempre a destruiu. Porque a intolerância para que se possa colocar em "cima da mesa" o outro lado da moeda, uma outra perspectiva do que se passa, demonstra isso exactamente. O ser humano nunca se livrará de ter de escolher entre duas facções, infelizmente. Para se livrar de um mal, escolhe-se um mal menor... não considero isso uma utopia, nem sequer a está a roçar... Eu diria que o caso da Islândia, esse sim, é um bom exemplo e já aqui o referiu. Lá está, não tem interesses imperiais por trás, nem a ganância é raínha.
    Quanto ao que se passa em Portugal, como referiu Fernando Negro, é para esquecer e como bem diz a Maria, reino da ignorãncia e da falta de sentido da palavra Ética.

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  11. Só o fato de se possível o Chavez ir fazer exame e Cuba sem que o país sequer seja informado, já desmente quase tudo tido. Sem que ninguém fale ainda dos bilhões que a família e compassa já acumalaram e é a ¨democracia¨ dos fascínora de sempre: para ser a favor tem até financiamento público, quem não aplaude leva porrada até dentro dos olhos.

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  12. Acredito sinceramente que a Venezuela está no bom caminho com Hugo Chevez. E para perceber o que se tem passado na América Latina com a ingerência dos Estados Unidos, basta tão somente passar os olhos pelos livros de Chomsky. Obrigado Octopus pelo tempo que nos disponibiliza.
    (Lilith)

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  13. Jota Borg.
    É o que eu chamo remediar um mal, com um mal menor, daí a minha referência à Islândia, que por acaso começou hoje a julgar o ex 1º ministro. Hoje a rádio dedicou-lhe 3 minutos de antena!!! e até disse que têm uma assembleia popular formada para resolver a crise, que está a crescer 2,5% este ano e irá aumentar para 2013! Essa sim, está perto da Utopia!

    Dr. Octopus, temos de viver como os islandeses, para dentro! em agregados. Somos seres gregários! Isto dos impérios e das super- estruturas não é para os homens... é para formigas e abelhas e seres que nascem com um papel pré definido.
    Destesto a GLOBALIZAÇÃO!!


    Dr. Octopus, veja esta notícia sobre o Alex Jones, já tem uns dias, mas só a encontrei agora.

    Agente duplo dos serviços secretos israelitas:

    http://truthernews.wordpress.com/2012/02/16/alex-jones-cancels-speaking-tour-after-exposure-as-stratfor-double-agent/
    Deixei isto mas foi num post atrasado e não sei se verá.

    Um beijo.

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