terça-feira, 20 de setembro de 2011

Mamografia sistemática: inútil na redução da mortalidade

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Além da mamografia poder ser ligeiramente dolorosa para a mulher por compressão da mama e de existirem numerosos casos de falsos positivos que provocam inutilmente preocupações psicológicas, alguns estudos sugerem que a repetição sistemática das mamografias preventivas poderá em vez de diminuir, aumentar o risco de contrair um cancro da mama devido às radiações.


Apesar destes constrangimentos, trata-se aqui de saber se o despiste do cancro da mama através de mamografias sistemáticas pode prevenir o seu aparecimento.


Ora, a revista British Medical Journal (BMJ) acabou de publicar no dia 28 de julho de 2011 um estudo que prova a inutilidade das mamografias de rotina na diminuição da mortalidade no cancro da mama.


Os autores compararam a mortalidade do cancro da mama em vários países em que os meios de tratamento eram idênticos, mas em que o despiste sistemático por mamografia se iniciou em datas diferentes.


O período do estudo foi de 1989 a 2006. Os países foram a Suécia, a Noruega, a Holanda, a Bélgica, a Suíça e a Islândia, portanto países em que os meios de tratamento após o despiste de um cancro da mama são similares. 


Primeira constatação: durante este período verificou-se um decréscimo em 25% da mortalidade por cancro da mama. À primeira vista pode-se pensar que essa diminuição terá sido devida ao despiste sistemático pela mamografia. Mas, apesar dos vários factores que dificultam a interpretação, parece não ter sido o despiste com as mamografias que conduziram à diminuição da mortalidade por cancro da mama, mas sim, os progressos no seu tratamento.


Os autores constataram que apesar da introdução do despiste sistemático com a mamografia se ter realizado anos diferentes nestes países, a diminuição progressiva da mortalidade verificada foi exactamente a mesma em todos esses países.



http://www.bmj.com/content/343/bmj.d4411.abstract

6 comentários:

  1. Mais um ataque às populações? Continuam a matar e a deixar as pessoas doentes?

    The truth about Gardasil, and why Rick Perry's endorsement threatened the health of millions

    Not long after the vaccine was approved back in 2006, Gardasil's deadly side effects quickly began to emerge. Reports came in about young girls experiencing seizures and developing chronic neurological problems, as well as other conditions, immediately after receiving one or more of the three-part Gardasil vaccination schedule.

    Learn more: http://www.naturalnews.com/033705_Gardasil_Rick_Perry.html#ixzz1Z9xrBubX

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  2. Será isto que li há uns dias, verdade?

    http://2012umnovodespertar.blogspot.com/2011/09/o-perigo-representado-pelo-gardasil.html

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  3. Cara Fada do Bosque,
    estive a ler atentamente o artigo que cita e as suas fontes. Os dados descritos e referente à possível contaminação da vacina Gardasil com DNA recombinante do HPV são difíceis de provar.
    De qualquer maneira, há dois anos já tinha publicado um artigo a chamar a atenção para os perigos e incertezas dessa vacina e aconselhado a poderá seriamente a sua utilização.

    http://octopedia.blogspot.com/2009/06/gardasil-quando-os-riscos-ultrapassam.html

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  4. Obrigada Caro dr. Octopus... Ainda não consegui ler todo o seu blogue e tenho pena não o ter descoberto antes! É o blogue mais útil e informativo que encontrei na net e tenho divulgado muito, com todo o gosto!
    Quanto ao gardasil, não vacinei a minha filha pois já ultrapassou a idade de ser comparticipada, mas de qualquer forma nunca o teria feito, 1º porque sou desconfiada em relação ás tomas de medicação com medicamentos(vacinas principalmente) pouco experimentados e 2º não dou o preço que pelos vistos vale, para apenas 5 anos de efeito e depois ter de voltar a vacinar.3º tenho a sorte de ter um médico de família que se recusa a dar vacinas da gripe e outras, não necessárias. Como ele diz, tomar uma vacina é um risco.
    Tudo isso deixou-me desconfiada e ainda mais quando me diz que é difícil provar. é por aí que as farmacêuticas lhe podem pegar para escaparem a acusações graves.
    Infelizmente tenho uma família numerosa que acredita em tudo o que lhes metem à frente e com uma cunhada farmacêutica que acredita piamente em tudo, até no pai natal, todas as minhas sobrinhas já tomaram.
    Muito obrigada pela sua ajuda tão valiosa.

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  5. De facto a redução da mortalidade é de 25% porque a capacidade de tratamento aumentou.

    Mas o tratamento foi possível nas doentes com cancro porque também aumentou a capacidade de diagnóstico precoce, graças à mamografia. Se não se sabe onde está, não se trata. Parece óbvio.

    É graças ao diagnóstico precoce(antecipar os problemas) que a medicina pode acorrer cada vez mais aos problemas da saúde do ser humano.

    Caso contrário adoptamos uma postura de rejeição da ciência médica( veja-se da natureza) e baixamos os braços.

    Cada um é que sabe: a)quer viver e tenta tratar-se antecipando uma situação mais grave; b)ou abdica de se tratar sem se antecipar(dentro do possível) a doenças que possam ser detectadas.

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  6. Não existe prevenção de câncer até hoje; o que existe é detecção precoce do câncer, uma vez que a doença já se iniciou. Por que não fazem campanhas para realmente prevenir o câncer ao invés de esta submetendo as mulheres a diagnósticos abusivos, algumas vezes mau interpretados (falso positivo) o que leva a tratamentos e estresse desnecessário. E as doses de ionização que são recebidas anualmente? Isso com certeza tem efeitos somáticos ao longo do tempo fora que tem estudo científico que comprova que quanto mais mamografias se realizam, mas aumenta a probabilidade de um resultado falso positivo.
    Deixo aqui alguns links interessantes:
    links:
    http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/Nejmoa1000727
    http://jnci.oxfordjournals.org/content/92/20/1657.full
    https://www.youtube.com/watch?v=KChvigMLu58
    http://vilamamifera.com/belezamamifera/outubro-rosa-e-a-verdade-sobre-a-mamografia-de-rotina/

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