sexta-feira, 6 de julho de 2012

“A primavera árabe” está indo para a América latina?

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Uma onda de protestos está estourando na Venezuela, Equador e Bolívia – países de forte oposição às políticas dos EUA e de seus aliados na região. Será que estamos testemunhando uma “Primavera Latino-americana”? 



Há sinais de crescente actividade de guerra psicológica por agências e ONG's “pró-democracia”, “pró-direitos humanos” e “de ajuda”, na América Latina, actuando através de seus actores locais alinhados com os interesses dos EUA/Reino Unido/União Europeia. 




Acendendo o Fósforo 


Será que está sendo pavimentado o caminho para coisas bem piores? Aqueles que “riscam o fósforo” que inflama a agitação e os protestos populares já aprenderam muito bem, a partir da sua experiência com a “Primavera Árabe”, como soprar estas chamas que conduzem a catastróficas explosões sociais... 


Alguns alarmes estão começando a disparar em países como Venezuela, Equador e Bolívia, cujos presidentes – Hugo Chávez, Rafael Correa e Evo Morales, respectivamente – não tocam a melodia dos EUA e seus aliados, que por mais de um século têm exercido dominação económica colonial sobre a América Latina. 


A Venezuela, a Bolívia e o Equador insistem em manter estreitas relações com países, que os EUA e seus aliados definiram como “estados desonestos”, nomeadamente o Irão, a Síria e, até o assassinato público de Khadafi na a Líbia. Será que eles estão destinados a serem cabeças de ponte para uma possível “Primavera Latino-americana” de insurreição programada? 


A chamada “Primavera Árabe” também começou com a erupção de uma grande variedade de queixas populares que evoluíram para demonstrações em massa e rapidamente transformaram-se em violência social descontrolada de todos os lados. 




Redes de Poder 


Para entender como este complexo sistema de dominação realmente funciona, precisamos também olhar para a actividade do sector privado, que é instrumento para a obtenção do controle sobre os países da região. 


Por exemplo, uma entidade privada como a “Sociedade das Américas” presidida por David Rockefeller – fortemente ligada ao Conselho de Relações Exteriores que está bem em frente do outro lado da luxuosa Park Avenue na cidade de Nova York – recentemente foi capaz de catapultar um de seus membros, Juan Manuel Santos, para presidente da Colômbia, um tradicional aliado dos EUA na região. 


Outros membros da Sociedade das Américas incluem poderosos líderes políticos e empresariais regionais e globais, como o presidente do Congresso Mundial Judaico Eduardo Elsztain (empresário argentino sócio de George Soros) e, Gustavo e Patricia Cisneros, proprietários de um poderoso conglomerado multimedia da oposição venezuelana. 


Co-presidindo a Sociedade das Américas com David Rockefeller está John Negroponte, que serviu como embaixador do governo George W. Bush na ONU e no Iraque, e que também era seu Conselheiro de Segurança Nacional. 


Frequentemente, são fatos pouco conhecidos como estes que ajudam a “ligar os pontos” e permitem mostrar onde de fato o poder se encontra, mas que os media ocidental ignoram.


Ainda bem que o mundo está acordando para o fato de que a chamada “Primavera Árabe” não é mais do que um método para impor o estilo ocidental de “democracia” a todos os países muçulmanos, enfraquecendo assim todos os estados soberanos. 


É evidente que isto está sendo arquitectado e financiado com a cumplicidade da Elite de Poder que astutamente tira vantagem das divisões internas e sequestra genuínas reivindicações das populações locais em seu proveito próprio. 


Ela usa todas as armas de que dispõem, geralmente através de operativos da CIA, do MI6 e do Mossad. Também inclui guerra psicológica mediática local que espalha informação falsa/distorcida sobre o que realmente está acontecendo em cada país e por quê. 






Guia dos Sete Passos Para Destruir um País:


Escrevendo a respeito da “Primavera Árabe”, descrevemos um processo de ‘Sete Passos' através do qual a Elite Ocidental pode provocar tumultos até a destruição total. 


1. Eles começam apontando um país que consideram pronto para uma “mudança de regime”, frequentemente carimbando-o como “Estado Covarde”,então... 


2. Espalham mentiras deslavadas através de seus noticiários e jornalistas pagos e, chamam a isso de “preocupações da Comunidade Internacional”, então... 


3. Financiam e promovem contendas e tumultos internos, geralmente evoluindo para fornecimento de armas e treino de grupos terroristas locais pela CIA, MI6, Mossad, Al-Qaeda e membros de cartéis de drogas, e chamam-nos de “Rebeldes Pela Liberdade”, então... 


4. Tentam encenar Resoluções do Conselho de Segurança da ONU permitindo que a OTAN despeje morte e destruição sobre milhões de pessoas, e chamam a isso de “Sanções Para Proteger a População Civil”,então... 


5. Invadem e começam a controlar o país escolhido, e chamam a isso de “Libertação”, então... 


6. Quando o dito país cai sob seu controle, eles fraudulentamente impõem pérfidos governos fantoches e chamam a isso de “Democracia”, até que finalmente... 


7. Eles roubam o petróleo, os minérios e a produção agrícola entregando-os aos Banqueiros e Corporações globais, também impõem Dívidas Soberanas desnecessárias, e chamam a isso de ”Investimento Estrangeiro e Reconstrução”.



Portanto, Equador, Venezuela e Bolívia – e até mesmo Argentina: abram os olhos!
Aprendam a ver através do uso secreto e violento da força e da hipocrisia em público da Elite de Poder.
Porque quando os Poderosos Senhores Globais decidirem vir atrás de vocês, eles dirão que é tudo em nome da “liberdade de expressão”, da “democracia”, da “paz”, dos “direitos humanos”, da “não discriminação” e outras frases de efeito.
Não caiam nessa! 





Reprodução de um artigo, na quase sua totalidade com ligeiras adaptações, de Adrian Salbuchi  



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segunda-feira, 2 de julho de 2012

O próximo golpe será na Bolívia?

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A democracia na América Latina está correndo sérios riscos. Depois dos golpes em Honduras e, na semana passada, no Paraguai, as oligarquias locais tramam novas acções para abortar a guinada progressista na região - sempre em conluio com o império estadunidense e o apoio dos media colonizados.


 O caso mais grave agora, além do Paraguai, é o da Bolívia. Um "motim policial", estimulado pelas forças de direita, tenta desestabilizar o governo do presidente Evo Morales. 

Por Altamiro Borges 



Primavera Latina?


A América Latina é o alvo da Tirania Globalista!
Os povos da América do Sul têm que ter cuidado com convocações para "irem às ruas", com protestos motivados por movimentos suspeitos, assim como aconteceu com a Primavera Árabe, onde os confrontos violentos eram provocados por mercenários contratados.



Governo da Bolívia teme um golpe de Estado.


O governo de Evo Morales expressou neste final de semana a sua preocupação com a possibilidade de estar sendo preparado um golpe de Estado contra a sua administração perante o protesto de polícias.


Os "sinais" de violência que se verificam nos protestos policiais de sexta-feira "podem estar construindo um cenário de golpe", afirmou a ministra da Comunicação, Amanda Dávila.


"Perante à violência que vimos na sexta-feira, face a estes indícios que estamos a observar a partir dos relatos da imprensa, dos relatórios dos serviços de inteligência que estão chegando, temos aqui um cenário muito preocupante", afirmou.


O principal relatório fazia referência aos violentos distúrbios em várias cidades do país, sobretudo na capital, La Paz, onde centenas de agentes saquearam o edifício onde funcionam os serviços de inteligência da Bolívia, o Tribunal Disciplinar da Polícia e a Interpol, tendo queimado arquivos.
  

“Estamos diante de uma guerra não convencional”, diz presidente do Equador.


Em uma entrevista concedida à Carta Maior e aos jornais Página/12, da Argentina, e La Jornada, do México, o presidente do Equador, Rafael Correa analisa o que considera ser um dos principais problemas do mundo hoje: o poder das grandes corporações de media que agem como um verdadeiro partido político contra governos que não rezam pela sua cartilha. “Essa é a luta, não há luta maior. Estamos diante de uma guerra não convencional, mas guerra, de conspiração, desestabilização e desgaste”.





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