sexta-feira, 24 de junho de 2011

Como escrever um artigo sobre a "realidade" israelo-palestiniana

 

Para um jornalista, falar do médio-oriente deve ser feito com grande prudência para não chocar a opinião pública, sobretudo se se trata de Israel. Com grande humor, Michel Collon deixa aqui algumas regras para evitar de se ser acusado de ter uma opinião tendenciosa.

 

 

- Não esquecer que são sempre os árabes que atacam, Israel apenas se defende e sempre como retaliação.

- Quando as forças armadas matam civis árabes fá-lo sempre em legitima defesa. Quando civis israelitas são mortos chama-se a isso terrorismo. 

- Os israelitas não raptam civis palestinianos, capturam-nos. Não esquecer de referir a necessidade de segurança para explicar esses raptos.

- Inversamente, os palestinianos e libaneses não estão habilitados a capturar israelitas. Se o fazerem, deve ser utilizado a palavra rapto.

- Não dever ser mencionado o número de prisioneiros palestinianos (11000, dos quais 300 crianças) capturados actualmente. Se, apesar de tudo, os referir, qualifique-os de terroristas ou supostos terroristas.

 - Utilize o menos possível o temo palestiniano, prefira o termo árabe, que é o utilizado oficialmente pelo governo israelita para designar os habitantes não-judeus nos dois territórios.

- Quando mencionar o "Hezbollah" acrescente sempre a expressão: apoiado pela Síria e o Irão. Mas quando falar de Israel, é escusado acrescentar que é apoiado pelos USA e a Europa. Pode fazer crer que se trata de um conflito desequilibrado.

- Não utilize o termo "territórios ocupados" mas sim territórios contestados. A esse propósito é preferível dizer Judeia-Samaria em vez de Cisjordânia.

- Nunca lembrar as várias resoluções da ONU ou convenções de Genebra desfavoráveis a Israel. Mesma coisa para as condenações do Tribunal de Justiça da Haia... Isso pode perturbar o leitor, telespectador ou auditor.

- É preferível não dizer armada israelita, mas sim uma qualificação mais simpática de Tsahal.

- É de bom ton deixar entender que o "Hamas" é um grupo terrorista que não reconhece o Estado de Israel. Sobretudo não referir o reconhecimento feito em 2002.

- Não referir que Israel sempre se recusou fixar as suas fronteiras e não reconhece a Palestina.

- A palavra colonato deve ser banida dos seus textos, utilize o termo implantações.

- Para afirmar a simetria do conflito, nunca deve ser evocado o expansionismo israelita, diga sempre que são dois povos que disputam um mesmo território.

- No caso em que tenha que evocar os projectos de desenvolvimento nuclear iranianos, não vale a pena insistir sobre o arsenal nuclear militar israelita... Sobretudo não assinale que é a 6ª potência mundial nesse domínio.

- Se deve falar da rejeição palestiniana de aceitar as condições israelitas para por fim às hostilidades, acrescente sempre que "Israel considera que já não existe qualquer parceiro para negociar o processo de paz"... Se possível utilize um tom de lamentação.

- Se tiver de citar o "muro de separação", nunca diga que este foi erguido sobre terras palestinianas anexadas, não esqueça é de mencionar que ele foi erguido para acabar com os atentados terroristas... E sobretudo não refira que o Tribunal Internacional de Justiça ordenou o seu desmantelamento.

- Ao falar dos opositores a Israel nunca utilize as palavras resistentes ou militantes... Fale sempre em activistas. Mesmo que estes se manifestem unicamente pela paz, eles devem ser qualificados de pro-palestinianos.

- No caso de haver uma nova operação para furar o bloqueio de Gaza, utilize expressões como "estes navios de pretensos pacifistas" ou "acto de provocação".... e sobretudo evite os comentários do estilo "bloqueio ilegal de Israel, condenado pela ONU".

- Se tiver a oportunidade, afirme que Israel é a única democracia do Médio-Oriente. Evite, claro de acrescentar que essa qualidade só se aplica à população branca e judia do país.

- Não faça qualquer critica à vontade do actual governo de transformar o termo Israel em Estado Judeu, o que exclui os 20 % da sua população muçulmana. Evite sempre as referência religiosas.

- Como os israelitas falam melhor francês que os árabes, deixe-os falar frequentemente. assim poderão explicar-nos melhor as regras anteriores e afirmar assim a sua neutralidade jornalística.

 

Nota importante:

Nos casos em que certos colegas seus infringissem estes regras, deverá prevenir os responsáveis do meio de comunicação. É um dever de cidadão de sinalizar todas as derivas antissemíticas.

 

Texto de Michel Collon, tradução Octopus


http://www.michelcollon.info/Comment-ecrire-un-article-sur-la.html?lang=fr

 

Polícia infiltra manifestação pacífica em Barcelona

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No dia 15 deste mês, em Barcelona, uma manifestação pacífica dos "Indignados" em frente do Parlamento vira à guerra campal com a polícia.

Por ser difícil, para a polícia, controlar um grupo de manifestantes pacíficos sem passar por um instrumento de repressão totalitário, a polícia envia agentes seus disfarçados de manifestantes para semear a confusão e justificar assim a sua intervenção.

Desencadeada a barafunda, a polícia tem então uma razão válida para intervir.

Este método é bastante clássico em muitos cenários e como podemos ver neste vídeo, não é por ter um jean esburacado e uma mochila às costas que um polícia passa despercebido na multidão. A prova em imagens:






quarta-feira, 22 de junho de 2011

Quando Google Earth esconde Israel





Google Earth.



Como este programito podemos ver o mundo, todo o mundo.


É só mexer no rato, com zoom e setas é possível visitar lugares que ficam do outro lado do planeta, passear pelas ruas de New York, admirar os palácios de Roma ou as ramblas de Barcelona.

Sempre ficando sentados na nossa cadeira, claro.



Mas há uma coisa que Google não mostra. E não adianta fazer zoom ou pegar na lupa: Israel não aparece e ponto final.

Que dizer: há Israel no mapa, óbvio, não há um buraco negro no lugar dele. Só que não há imagens pormenorizadas.



Um caso? Não, uma lei.

O National Defense Authorization Act, ratificado pelo congresso dos Estados Unidos em 1997, contempla uma secção cujo nome é "Proibição de recolha e difusão de imagens pormenorizadas do satélite relativas à Israel".

Esperem um segundo: uma lei dos Estados Unidos proíbe a recolha e a difusão de imagens de Israel?

Sim, exacto. E existe uma agencia federal, a NOAA's Commercial Remote Sensing Regulatory Affairs, encarregada de vigiar acerca da correcta aplicação da lei.

National Defense Authorization Act, defesa nacional.

Curiosos: Washington considera assunto de defesa nacional a resolução da imagens de Israel.


E mais: de Gaza também.

Porque Google Earth nem os Territórios Ocupados mostra.

E aqui a coisa começa a tornar-se esquisita, não é? Porque se com muita boa vontade é possível justificar o facto de Washington não mostrar instalações militares israelitas, qual o problema com Gaza?

Em Gaza, supostamente, não há instalações militares secretas de Tel Avive. Evidentemente, há outras coisas que nem os EUA nem Israel querem mostrar ao mundo ao falar de Gaza.



Mas que diz Google de toda a situação?


"As imagens de Google Earth provêm dum elevado número de fontes comerciais e públicas. Obtemos as nossas imagens de companhias que têm sede nos Estados Unidos e ficam sujeitas às leis dos Estados Unidos, entre as quais o National Defense Authorization Act de 1997, que limita a resolução das imagens de Israel que podem ser distribuídas".

Tradução: é assim e ponto final.



Todavia as coisas podem mudar.O satélite turco GokTurk, por exemplo, captará imagens de alta resolução de Israel em 2013 e as autoridades já anunciaram a divulgação desta últimas.

Israel não está muito satisfeito com isso.

Mas não parece simples convencer um Turco de que as imagens da Terra de David são uma questão de Defesa Nacional para Ankara.




Eis uma comparação:


Na primeira imagem podemos ver Praça He Be'lyar, em Tel Avive, a capital administrativa de Israel:





Na segunda imagem a localidade de Rimal, em Gaza:





Na terceira imagem, o Paço do Concelho de Almada:




Na última imagem, sempre como comparação, Praça Italia, em São Paulo, Brasil:





As quatro imagens foram retiradas do meu ecrã uma vez escolhido o zoom máximo e sucessivamente reduzidas na mesma percentagem (50%).Obviamente nenhuma outra modificação foi operada.



Fonte:

http://informacaoincorrecta.blogspot.com/

Fontes: Uruknet, The Jerusalem Fund

Venex e Daflon: uma guerra de placebos


 

  

 



O laboratório farmacêutico Decomed está em guerra contra o ministério da Saúde e o Infarmed por um dos seus medicamentos ter perdido a comparticipação, trata-se do Venex.

 

O Venex (diosmina) é utilizado por milhares de pessoas na insuficiência venosa crónica (varizes). Não existe actualmente qualquer medicamento eficaz para o seu tratamento. O que existe é o Venex ou o Daflon (da Servier), que os laboratórios produtores dessas moléculas dizem estabilizar a parede das veias e assim melhorar a queixas dos doentes.


 

 

 

Os placebos devem ser comparticipados?

 



Placebo: (do latim placere, significando "agradarei") é como se denomina um fármaco ou procedimento inerte, e que apresenta efeitos terapêuticos devido aos efeitos fisiológicos da crença do paciente de que está a ser tratado.

 

 


A Decomed exige que a decisão do Tribunal Administrativo de Sintra, em 2007, de repor a comparticipação do Venex,  seja aplicada. Para isso está na criação do site: www.utenteslesados.com, apesar de oficialmente este ser da autoria da Associação Portuguesa da Doença Venosa. Neste site, é sublinhado que milhões de portugueses estão a ser prejudicados pela não comparticipação do Venex por parte do Sistema Nacional de Saúde. 

 

 


A pergunta que deve ser colocada é, se é normal comparticipar um medicamento que não tem qualquer eficácia clínica comprovada. Porque quem vai pagar essa comparticipação somos todos nós. Em outros termos, será normal que eu ou vocês pague uma parte de um medicamento que não faz nada mas que certas pessoas estão convencidas do contrário estimuladas pela propaganda farmacêutica. Cada um é livre de ingerir o que julga benéfico para si, mas não podem ser os outros a pagar.

 

 

 

As "provas".

 

 

Para sustentar a eficácia do Venex, a Decomed encomendou um ensaio clínico, realizado em Portugal, este pode ser consultado em: http://www.decomed.pt/VNEspecial.pdf




Este ensaio foi realizado com 140 doentes em 11 centros, durante um período de 6 meses. Os doentes foram divididos em 2 grupos, um deles tomou 2 comprimidos por dia de Venex Forte o outro tomou um placebo, isto é comprimidos idênticos aos dos de Venex mas sem qualquer substância activa. 



Neste ensaio foram avaliados vários sintomas: evolução da dor, sensação de pernas pesadas, cãibras e sensação de prurido. Apesar de pouco significativos, todos estes sintomas melhoraram com a toma de Venex. Como estes sintomas são extremamente subjectivos, é interessante analisar o único sinal avaliado neste ensaio: a medida da circunferência da perna esquerda dos doentes.



E aqui o que é que observamos? O valor médio inicial da circunferência da perna que era inicialmente de 226 mm, na última avaliação foi de 223 mm, o seja, ouve uma diminuição de 3 mm. Estamos a falar de mm, não de cm! Tendo em conta o erro da medição não ser feita exactamente no mesmo local, temos que admitir que 3 mmm é um valor estatisticamente insignificante (apesar do intervalo de confiança ser, segundo o estudo, de 95%, com p=0,01).



De facto, analisando os ensaios clínicos mundiais disponíveis, encontramos dois tipos: os que são encomendados pelos laboratórios farmacêuticos que comercializam as substâncias e que referem ligeiras melhorias (a maioria baseados em dados subjectivos) e os ensaios independentes que não referem qualquer melhoria clínica significativa.




As causas das varizes.


Varices
Para perceber melhor o que é a insuficiência venosa crónica, temos do conhecer as suas causas.


Assim, as varizes aparecem devido à deterioração das válvulas que percorrem as veias e permitem que o sangue que se dirige ao coração não volte a descer. Quando estas válvulas estão danificadas, nenhum medicamentos as fará voltar à sua função inicial.



Outra causa para as varizes poderá ser uma perda do tónus muscular das pernas, tónus esse que funciona como uma bomba nas veias profundas e que ajuda o sangue a subir.


Por fim, a perda da elasticidade da parede venosa e a sua maior permeabilidade poderá também contribuir para a insuficiência venosa. É nesta última causa que apostam os laboratórios farmacêuticos, na criação de medicamentos que supostamente alteram a parede venosa.



Prevenção:


Para quem tem uma predisposição hereditária para a insuficiência venosa, a prevenção não é fácil. No entanto, mantendo um bom tónus muscular e uma boa forma física, é possível reduzir o risco do aparecimento de varizes ou atrasar a sua evolução.



Algumas medidas:

- Exercício físico regular. A compressão dos músculos das pernas facilita o retorno venoso.
- Manter um peso adequado. O excesso de peso é nocivo para o retorno venoso.
- Evitar a obstipação. Esta obriga a um maior esforço durante a defecação aumentando a pressão venosa;

- Elevar as pernas, 3 ou 4 vezes por dia, mais alto que o coração.
- Colocar uma almofada por baixo das pernas, na cama, para dormir.

- Evitar passar muito tempo seguido sentado ou de pé.
- Mexer os pés, quando tiver que ficar sentado por longos períodos.
- Durante viagem prolongadas, por exemplo de avião, levantar-se regularmente e caminhar.
- Colocar água fria nas pernas e evitar o calor como o banho quente, sauna ou sol.
- Evitar meias e sapatos apertados.
- Evitar sapatos de salto alto.
- Usar meias de compressão, sobretudo para quem trabalha de pé.


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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Que Deus abençoe a América, e as suas bombas

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Quando eles bombardearam a Coreia, o Vietnam, o Laos, o Camboja, El Salvador e a Nicarágua, eu não disse nada, não era comunista.


Quando eles bombardearam a China, o Guatemala, a Indonésia, Cuba e o Congo, eu não disse nada, não estava ao corrente.


Quando eles bombardearam o Líbano e Granada, não disse nada, não percebia nada.


Quando eles bombardearam Panamá, não disse nada, não era traficante de droga.


Quando eles bombardearam o Iraque, o Afeganistão, a Somália e o Iemen, não disse nada, não era terrorista.


Quando bombardearam a Jugoslávia e a Líbia por razões "humanitárias", não disse nada, parecia ser por uma boa causa


Quando eles vieram bombardear-me, não havia ninguém para me defender. De qualquer maneira não faz mal, dado que já estava morto.




William BLUM
 
http://www.legrandsoir.info/que-dieu-benisse-l-amerique-et-ses-bombes-suivi-de-la-guerre-contre-le-systeme-de-sante-cubain.html
 
 
 
Lista dos bombardeamentos americanos:


Coreia e China 1950-1953 (Guerra da Coreia)

Guatemala 1954

Indonésia 1958

Cuba 1959-1961

Guatemala 1960

Congo 1964

Laos 1964-1973

Vietnam 1961-1973

Camboja 1969-1970

Guatemala 1967-1969

Granada 1983

Líbano 1983-1984

Líbia 1976

El Salvador anos 80

Nicarágua anos 80

Irão 1987

Panamá 1989

Iraque 1991 (Guerra do Golfe)

Kuwait 1991

Somália 1993

Bósnia 1994-1995

Sudão 1998

Afeganistão 1998

Jugoslávia 1999

Iémen 2002

Iraque 1991 até hoje

Afeganistão 2001 até hoje

Paquistão 2007 até hoje

Somália 2007-2008

Iemen 2009

Líbia 2011



http://killinghope.org/superogue/bomb.htm



"Nunca vimos o fogo e o fume, nunca sentimos o odor do sangue, nunca nos cruzamos com os olhares atorrizados das crianças cujos pesadelos serão doravante assombrados pelo ruído dos mísseis lançados por terroristas invisíveis, conhecidos com o nome de Americanos"


Martin Kelly, publisher of a nonviolence website



Tradução: Octopus

Christine Lagarde no FMI: a grande aposta americana

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Ainda a poucos anos Christine Lagarde era uma desconhecida para os franceses até ser nomeada ministro do Comercio Exterior no governo de Dominique de Villepin e mais tarde ministro da Economia. 

Agora, e depois de Dominique Strauss Kahn ter sido "eliminado" por ser demasiado "mole" e não apoiar devidamente os interesses dos grandes grupos financeiros, Lagarde, pertencendo ao restrito clube de Bilderberg, vai ser nomeada para a direcção do FMI. 

Como vamos ver, compreende-se porquê...



Quem é Christine Lagarde?


Christine Lagarde é uma advogada de sucesso, especializada em direito social, em 1981 ingressa no prestigiado gabinete Baker & McKenzie em Chicago. Progride rapidamente na carreira até se tornar membro do comité executivo desse gabinete com 4400 colaboradores em 35 países do mundo. Em 2004 torna-se presidente do seu comité estratégico e no ano seguinte membro do conselho de vigilância de um dos maiores grupos financeiros mundiais, a holandesa ING Groep.


Chistine Lagarde, torna-se assim uma mulher muito influente, esta na 5ª posição na classificação das mulheres de negócios europeias segundo o Wall Street Journal e 76ª posição nas mulheres mais poderosas do mundo segunda a revista Forbes.



Nos bastidores dos negócios.



Uma das facetas menos conhecida do grande público é o facto de Lagarde pertencer ao Center for Strategic & International Studies (CSIS) americano. Este é um "think tank" sobre a influência e estratégia americana no mundo do ponto de vista político, económico, tecnológico e em matéria de segurança. Nele encontramos no conselho administrativo, Henry Kissinger, mas também Zbigniew Brzezinski com o qual Lagarde partilhava a comissão de Acção USA/EU/Polónia, mais precisamente o grupo de trabalho das indústrias de defesa USA-Polónia.


Foi durante as comissões presididas por Christine Lagarde que Bruce Jackson conseguiu o contrato do século para a americana Lockheed com a venda de 48 caças F-16 à Polónia no valor de 3,5 mil milhões de dólares. Esta encomenda foi paga pelo governo polaco com os fundos da União Europeia destinados À preservação do sistema agrícola da Polónia.



Uma americana em Paris.


Em 2007 o jornal satírico francês "Le Canard Enchaîné" revela para grande espanto de todos que o ministro da economia Christine Lagarde escreve e obriga os seus colaboradores a escrever em língua inglesa. No dia 16 de outubro de 2010, o deputado Brard faz uma pergunta a Lagarde, na Assembleia Nacional, em inglês!
O presidente da Assembleia Nacional Francesa atrapalhado decidiu que essa intervenção deveria ser retirada do relatório da sessão por a única língua oficial da república ser o francês.


Estes episódios caricatos revelam que a actual ministra francesa da economia e futura responsável do FMI trabalha e faz trabalhar os seus próximos em língua inglesa para facilitar as suas relações políticas e económicas com o seu grande aliado, os Estados Unidos. Os americanos não poderiam sonhar ter um melhor defensor dos seus interesses no FMI.


Dos grandes amigos de Christine Lagarde constam: Brzezinski, fondador da comissão Trilateral em 1973 juntamente com David Rockfeller, ou então Dick Cheney que dispensa qualquer apresentação, é o vice-presidente que desencadeia guerras para entregar a reconstrução dos países bombardeados à sua empresa, a Halliburton.




http://www.francophonie-avenir.com/Index_AK_Lagarde,_l%27anglolatre.htm

http://www.voltairenet.org/Avec-Christine-Lagarde-l-industrie

http://www.voltairenet.org/La-colonisation-US-du-ministere

terça-feira, 14 de junho de 2011

Líbia: o outro lado da notícia

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Para justificar a intervenção americana na Líbia, Kadhafi é mostrado como sendo ditador sanguinário do qual a sua população, mergulhada na pobreza,necessita ser protegida. A realidade é bem diferente.

Após a independência da Líbia em 1951, o Reino Unido colocou no poder o rei Idris, este foi derrubado por Kadhafi em 1969. Nessa altura, a Líbia era um dos países mais pobres do mundo, com uma literacia abaixo dos 10%. Esta é agora de 90%, a mais elevada de África.





Alguns dados retirados do relatório da ONU em 2007:
 


  •    A líbia tem o maior Indice de Desenvolvimento Humano (IDH) da África ;
  •    O ensino é gratuito até à Universidade;
  •    10% dos alunos universitários estudam na Europa, EUA, etc... e com tudo pago;
  •    Ao casar, o casal recebe até 50.000 US$ para adquirir seus bens;
  •    O sistema de saúde é gratuito, e rivaliza com os europeus. Equipamentos de última geração, etc...;   
  •    Existem empréstimos feitos pelo Banco estatal sem juros; 
  •    Foi inaugurado em 2007, o maior sistema de irrigação do mundo, que tem vindo a conquistar o deserto (95% da Líbia) destinado à produção de alimentos.

 
Porque é que os americanos tomam conta da Líbia?
 

Três motivos principais: 
1 - Possuir o seu petróleo, de boa qualidade e com volume superior a 45 bilhões de barris em reservas;

 
2 - Fazer com que todo mar Mediterrâneo fique sob controle da NATO. Só falta agora a Síria;
           3 - E, provàvelmente, um dos maiores motivos, é que o Banco Central Líbio não é atrelado ao sistema mundial Financeiro.

 As suas reservas de toneladas de ouro, dão cobertura ao valor da moeda, o dinar, e permite ficar imune às flutuações do dólar.  O sistema financeiro internacional ficou preocupado com Kaddafi, por ter apresentado e  quase conseguido, que os países africanos formassem uma moeda única desligada do dólar.




Bombardeamentos...humanitários




1 - A NATO comandada pelos EUA, já bombardearam as principais cidades Líbias com milhares de bombas e mísseis que são capazes de destruir um quarteirão inteiro. Os prédios e infra estrutura de água, esgoto, gás e luz estão sèriamente danificados;


 
2 - As bombas usadas contem DU (Uranio depletado) tempo de vida 3 bilhões de ano (causa cancro e deformações genéticas);    

3 - Metade das crianças líbias estão traumatizadas psicológicamente por causa das explosões;

 
4 - Com o bloqueio marítimo e aéreo da NATO, principalmente as crianças sofrem com a falta de remédios e alimentos;

 
5 - A água está imprópria para consumo em grande parte do país. De novo as crianças são as mais atingidas;

 
6 - Cerca de 150.000 pessoas por dia,  deixam o país através das fronteiras com a Tunísia e o Egipto. Muitas vão para o deserto sem abrigo, sem água e sem comida;

 
7 - Mesmo que o bombardeio terminasse hoje, cerca de 4 milhões de pessoas estariam precisando de ajuda humanitária para sobreviver: sobretudo água e comida. A população da Líbia era de 6,5 milhões de habitantes.
 

Em suma: O bombardeio "humanitário", acabou com a nação líbia.


Dados retirados e traduzidos do texto:
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=24389