quarta-feira, 30 de junho de 2010

Peixe gato ou Panga: perigoso para a saúde?

O panga é um novo tipo de peixe que encontramos sobretudo sobre a forma de filetes, e seu sucesso deve-se ao seu preço relativamente barato.O panga é um peixe de cultura intensiva/industrial no Vietname, mais exactamente no delta do rio Mekong e está a invadir o mercado.


Muito se tem falado da perigosidade do seu consumo.



















Culpado?


Na realidade, os pangas sofrem dos mesmos problemas dos peixes produzidos em aquacultura. Ver artigos: "Camarões químicos!" e "Aquacultura: químicos no seu prato..."


Os Pangas estão infestados com elevados níveis de venenos e bactérias: arsénio dos efluentes industriais e tóxicos e perigosos subprodutos do crescente sector industrial, metais contaminantes, bifenilos poli clorados (PCB), o DDT e seus (DDTs), clorato, compostos relacionados (CHLs), hexaclorocicloexano isómeros (HCHs), e hexaclorobenzeno (HCB). O rio Mekong é um dos rios mais poluídos do planeta.


Eles são alimentados com peixes mortos, restos e ossos de secas e de solo, numa farinha da América do Sul, a mandioca e resíduo de soja e grãos.


É vendido nos nossos supermercados fresco e ultracongelado, frequentemente emfiletes. O preço por quilo varia entre 3,38 e 5,98 euros. Quase sem espinhas e de gosto neutro, é aconselhado, devido à textura, para cozinhados em wok, panados e cozidos.





Inocente?


No ano passado, a Deco-Proteste testou cinco marcas que vendem filetes de peixe panga ultracongelado:


- Pingo doce: Filetes de peixe gato riscado

- Brasmar: Filetes de peixe gato riscado

- Froxá: Filetes de panga

- Pescanova: Filetes de pangasius sem pele

- Sarovar: Pesca Filetes de panga


Foram realizadas análises microbiológicas e quantificados os metais pesados e resíduos de medicamentos anti-infecciosos. Apesar de terem sido encontrados microrganismos a 30ºC, Listeria monocytogenes, bactéria potencialmente patogénica, na Froxá, Pescanova e Sarovar Pesca, os valores não ameaçam a saúde pública.


Como medida de precaução, o bom senso aconselha sempre evital os peixes de aquacultura, que apesar de mais baratos não têm a qualidade e o sabor dos pescados no mar. Não esquecer também que a maioria da aquacultura praticada nos países asiáticos tem uma enorme repercussão negativa no meio ambiente.


http://isafromaveiro.blogspot.com/2009/02/o-peixe-gato-ou-panga-nova-aberracao-da.html

http://www.deco.proteste.pt/seguranca-alimentar/peixe-panga-sem-quimicos-s577061.htm

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Explosão da plataforma da BP premeditada?

A explosão da plataforma petrolifera Deepwater Horizon da British Petroleum (BP) representa uma catastrofe ambiental sem precedentes, mas também uma teia de negócios no minimo estranhos. Quem ganha com esta explosão? Tentaviva de resposta. Perante os factos, fica uma pergunta pertinente: terá sido um acidente ou uma sabotagem?





Estranha movimentação bolsista nas vésperas...




No dia 31 de Março deste ano, o banco de investimento Goldman Sachs vendeu 44% das acções que tinha na BP, o mesmo se passou com a UBS e a Wachovia Corporation que venderam 98% e 97% das suas acções da BP. A explosão da plataforma só aconteceu no dia 20 de Abril!



A Goldman Sachs realizou assim um lucro de 266 milhões de Dólares, dado a cotação da BP em bolsa ter perdido 50% do seu valor, se essa venda tivesse acontecido hoje, o valor seria de 133 milhões de Dólares.



Coincidência? Então aqui vai mais uma: semanas antes da fuga, o próprio director geral da BP, Tony Hayward, vendeu por um valor de 1,4 milhões de Dólares acções suas da BP.



Ainda a propósito da Goldman Sachs e da UBS, a BP vai-lhes pedir um empréstimo para fazer frente ao desastre, e assim tudo "fica em casa".




Uma compra oportuna...




Vejamos agora outro facto curioso. A BP é a proprietária do poço, mas a empresa Transocean é a proprietária da plataforma e a Halliburton a responsável da cimentação. Isto é importante para compreender o que vem a seguir. No dia 12 de Abril, uma semana antes da explosão, a Halliburton, uma das maiores empresas de serviços petrolíferos, comprou a maior empresa especializada em explosões e incêndios em poços de petróleo e gás, a Boots & Coots Inc.. Esta última foi a empresa responsável pela extinção de 1/3 dos incêndios dos poços de petróleo no Kuwait durante a Guerra do Golfo.


Uma culpa circular...

Deixando de lado estas coincidências, a BP culpa a Transocean, proprietária da plataforma e portanto responsável pela segurança, que por seu turno culpa a Halliburton pela deficiente cimentação e esta culpa a BP pela escolha dos produtos mais baratos na cimentação e para assim fechar o círculo da culpabilidade.

De assinalar que várias horas antes da explosão vários gases foram vistos a escapar-se através do cimento colocado pela halliburton, estes terão estado na origem da explosão. Um estudo realizado em 2007 pela Minerals Management Service, já tinha chegado à conclusão de que esta técnica de cimentação foi responsável por 18 das 39 explosões ocorridas em poços de petróleo no Golfo entre 1992 e 2006.


O dispersante "do costume"...

Até agora, foram utilizados cerca de 3 milhões de litros de dispersante químico Corexit, apesar de este ser mais tóxico e menos eficaz que outros dispersantes existentes no mercado, a empresa que o vende, Nalco, tem relações muito estreitas com a BP e Exxon. Outras possibilidades, como barreiras absorventes foram equacionadas mas postas de parte devido ao seu elevado custo.



Um Obama silencioso...

Se é verdade que a BP tentou minimizar o impacto da fuga de petróleo, a administração Obama não tomou todas as medidas necessárias perante a catástrofe ambiental. Logo no início, e curiosamente, entregou o controlo total da fuga e a limpeza à BP. Porquê a absurda atitude de entregar a quem cometeu um "crime" o controlo do local do "crime" quando o desastre não parava de aumentar?

Perante a lei, o governo podia e deveria ter tomado conta dos acontecimentos e colocar no terreno os melhores especialistas neste tipo de catástrofes. Na verdade o governo americano está nas mãos das grandes companhias petrolíferas Mas também não é menos verdade que esta catástrofe ambiental permite relançar a imposição de taxas sobre as emissões de CO2.


Perdas mínimas para a BP...


M. Hayward bem pode declarar que "compreende que as pessoas queiram uma resposta simples para explicar o que aconteceu e que querem saber quem é responsável, bem pode dizer que "se trata de um acidente complexo causado por uma combinação de falhas sem precedente", bem pode-se "sentir profundamente desolado". Na realidade a limpeza e as indemnizações a pagar podem não representar uma grande perda para a BP.

Quanto à limpeza, os seguros podem vir a cobrir a quase totalidade dos custos avaliados em 2 a 3 mil milhões de Dólares. As indemnizações estão a ser negociadas a 5000 Dólares por pescador para não processar a BP.

A BP tem um volume de negócios de 240 mil milhões de Dólares, e um anual de 16 mil milhões de Dólares. Este gigante tem poucas dívidas e é financeiramente muito sólido. A decisão de suspender os dividendos salva 11 mil milhões de Dólares. Estes vão fazer parte de um fundo ao qual se irá juntar um empréstimo de 7 mil milhões de Dólares. Este poderá gerar dinheiro suficiente para cobrir as despesas no prazo de um ano. Tendo em conta que os seus advogados vão tentar minimizar os impactos e fazer com que o processo dure 10 anos, como para o caso Exxon Valdez, o futuro até se anuncia risonho. Além disso, a queda das acções da BP em 36%, desde o início da explosão, torna-a bastante apetecível para uma eventual aquisição.


http://www.investir.fr/infos-conseils-boursiers/infos-conseils-valeurs/infos/halliburton-acquiert-boots-coots-pour-usd232-millions-241953.php

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Profenid e Fastum gel: demasiados efeitos secundários cutâneos.









Dado o grande número de efeitos secundários cutâneos, alguns dos quais grave, o Profenid gel e o Fastum gel deveriam ser retirados do mercado.





O Cetoprofeno, comercializado em gel com os nomes de Profenid (Laboratórios Vitória) e de Fastum (Menarini) está indicado no tratamento sintomático de dor local ligeira a moderada, associada a lesões musculares e/ou articulares, por exemplo lesões desportivas, manifestações dolorosas inflamatórias ou traumáticas das articulações, ligamentos e músculos, artrites, periartrites, poliartrites, tenosinovites, tendinites, bursites, contusões, distensões, luxações, dorsalgias e lombalgias.


Apesar de referido na bula deste medicamento, muita gente não sabe que o seu uso deve ser evitado devido a reacções cruzadas, e portanto não deverá ser utilizado por doentes que tiveram reacções de hipersensibilidade, tais como sintomas de asma, rinite alérgica ou urticária, ao ácido acetilsalicílico, ou a outros anti-inflamatórios não esteróides.


O grande problema têm sido as numerosas notificações de reacções cutâneas graves. Perante isto, a Agência de Segurança Sanitária de Produtos de Saúde francesa (AFSSAPS), decidiu no dia 18 de Dezembro de 2009, a suspensão do cetoprofeno em gel.


Lamentavelmente, o laboratório Menarini, que comercializa o Fastum gel, decidiu interpor recurso, e na espera de uma decisão, no dia 26 de Janeiro de 2010, a sua vende está novamente autorizada em França.


O balanço benefício-risco do Profenid ou do Fastum gel, é nitidamente desfavorável devido às reacções cutâneas frequentes e por vezes graves.


A AFSSAPS revela entre 2001 e 2009, 317 efeitos secundários notificados, quase todos do tipo eczematoso, dos quais 62% eram graves.


Quando se justifica o uso de um gel anti-inflamatório, o mais seguro é o uso do ibuprofeno ou do diclofenac, que raramente têm reacções cutaneas.





http://www.prescrire.org/aLaUne/dossierGelsKetoprofene.php

http://www.informationhospitaliere.com/actualite-16818-ketoprofene-medicament-suspendu-risque-remis-marche-conseil-Etat.html

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Bangladesh: A morte silenciosa.


Ignorado nos meios de comunicação social, o Bangladesh, um dos países mais pobres e povoados do mundo, enfrenta o maior envenenamento massivo de uma população em toda a história da Humanidade.

O envenenamento acidental atingiu pelo menos 85 dos 125 milhões de habitantes, devido à contaminação por arsénio inorgânico das suas fontes de abastecimento de água para consumo humano.


Esta situação foi considerada, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), uma catástrofe mais grave que inundações, ciclones e até mesmo que o acidente nuclear de Chernobyl.






Cronologia de uma tragédia...




Antes dos anos 70 não havia perigo de contaminação pelo arsénio, já que as pessoas bebiam água da superfície. No entanto, 250 mil crianças morriam anualmente por diarreia provocada por microrganismos na água.


O governo e a Unicef colocaram então em marcha um programa, que custou milhões de Dólares, para que as pessoas se habituassem a beber água dos poços e 95% da população passou a fazê-lo. Existem actualmente cerca de 1 milhão desses poços.

Como é que foi possível que só recentemente é que tenha sido confirmada a presença de arsénico nas águas? Simplesmente porque ninguém teve o cuidado de analisar essas águas. Ainda hoje em dia, ninguém quer assumir as suas responsabilidades, nem a UNICEF que esteve na origem do financiamento, nem o Banco Mundial que apoiou as operações, nem as autoridades do Bangladesh, nem os engenheiros na sua maioria estrangeiros.

Os primeiros sintomas surgem no prazo de oito a vinte anos: manchas na pele, sensação de ardor, cansaço crónico, perda de sensibilidade nas extremidades, gangrena nos órgãos internos que pode evoluir para cancro, principalmente de pele, bexiga e pulmão.

Pensa-se que serão necessários 30 anos para recensear e analisar todos os poços, mais tempo do que demorou a sua perfuração. No entanto nos anos 70, a população estava renitente em utilizar esses poços que na sabedoria ancestral qualificavam a água subterrânea de "água do diabo".


O Banco Mundial, financiador do projecto, refere que antes de 1993 nunca foi medido o teor em arsénio das águas, no entanto o engenheiro Peter Ravenscroft contesta e declara que já nos finais dos anos 80 se sabia da presença de arsénio nas águas subterrâneas Seja como for, só em 1998 é que a comunidade internacional reconheceu alguma responsabilidade nesta catástrofe.


Mais de 20 000 pessoas estão em risco de morrer todos os anos devido ao arsénio. Este número é difícil de prever, dado que alguns cancros só se irão declarar ao fim de 20 anos. Actualmente uma em cada cinco mortes no Bangladesh já é causada pelo arsénio.


Quase tão dramático, é que mais de metade dos fundos monetários canalizados para ajudar a resolver este problema é utilizado para pagar consultores estrangeiros, dado que o país se tornou um laboratório a céu aberto para os países ocidentais.






Uma verdade bem diferente da versão oficial...










A questão polémica é: de onde vem o arsénio? Este existe em pequenas quantidades nas rochas, na terra, na água e até no ar. Todas as organizações responsáveis tentam fazer passar a tese que em certas condições naturais particulares a concentração de arsénio pode aumentar e contaminar os lençóis de água subterrânea O que é verdade. Mas será só esse o motivo?




Nos finais dos anos 60, a chamada "Revolução Verde" era apresentada como uma necessidade pelos países ocidentais, em particular pelos Estados Unidos, para que certos países do terceiro mundo pudessem sair da fome.


Mas porque é que os promotores da Revolução Verde, os USA, o Banco Mundial e outras organizações privadas americanas estavam tão preocupadas com o destino de povos como os do Bangladesh? Puro altruísmo?


Não, na realidade, a história começa muito mais cedo, com o excedente de produtos químicos utilizados durante a primeira guerra mundial e que encontraram uma utilização providencial na composição de adubos. Estes eram produzidos a baixo custo, mas as sementes tinham que suportar este novo tipo de adubos, foi então que apareceram as sementes de alto rendimento.


Estas sementes deveriam ter um rendimento extraordinário, mas eram muito susceptíveis ao ataque de insectos, felizmente os Estados Unidos tinham umas enormes sobras de químicos para produzir pesticidas. Só faltava encontrar escoamento para este modelo de agricultura.



Foi então que apareceu a ideia da Revolução Verde que permitia às empresas americanas vender as sementes e os produtos químicos a elas associadas. Os países escolhidos foram a Índia e o Bangladesh. As culturas dessas sementes necessitavam cada vez mais de uma maior utilização de adubos e pesticidas, ora estes continham grandes quantidades de arsénio que pouca a pouca se ia depositar nos solos contaminando os poços que serviam, não só para o consumo, mas também a irrigação dado que estas sementes necessitam uma quantidade de água três vezes maior que as sementes tradicionais.


As sementes transgénicas entram na mesma lógica, com custo que chegam a ser 1000 vezes superior às sementes tradicionais e algumas com gene "terminator" que impede a sua reprodução e obriga os agricultores à compra de novas sementes no ano seguinte.



Em nome do progresso foi sugerida a mudança do estilo de vida das gentes do Bangladesh, mediante implementação de um moderno sistema de agricultura, baseado em novas tecnologias e uso de agro-químicos contendo arsénio.



A “Revolução Verde”, conhecida como “fertilizantes, pesticidas, sementes, água”, esteve, provavelmente, na origem da contaminação das águas do subsolo do Bangladesh. Desta forma, um veneno invisível e inodoro apoderou-se da água potável deste país, determinando uma sucessão de mortes e enfermidades.


Afinal, a principal causa da presença de elevados níveis de arsénio na água poderá estar aqui, e constituir o maior envenenamento colectivo da história da humanidade.




http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0405/arsenio/arsenio_ficheiros/Page3531.htm

http://www.ionline.pt/conteudo/16362-intoxicacao-em-massa-no-bangladesh-agua-contaminada-com-arsenio

http://www.unesco.org/courier/2001_01/fr/planet.htm

http://www.naturavox.fr/biodiversite/Les-OGM-une-seconde-Revolution-Verte-Sera-t-elle-aussi-meurtriere

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Para além das notícias

Um dia destes, perguntaram-me quais eram os objectivos deste blogue, pois aqui fica uma ideia:



Se acha que o fim supremo da humanidade é a acumulação de riqueza e que quanto mais infeliz for, mais deverá consumir contribuindo para o bom funcionamento do sistema.





Se aceita que a investigação relacionada coma a sua saúde esteja nas mãos de empresas cuja última motivação é gerar lucros. Se não se preocupa que os laboratórios farmacêuticos financiem os congressos de medicina e que controlem assim a informação que chega aos médicos. Se confia na indústria farmacêutica, e em pessoas com Donald Rumsfeld, accionista e ex-presidente da empresa que desenvolveu o Tamiflu. Se acredita não ser possível criar vírus como o da gripe A para enriquecer.



Se aceita que as autoridades e agências de segurança, como a CIA, guardem todos os dados que possuem sobre as pessoas e que confia no uso que irá ser feito. Se aceita a utilização cada vez mais frequente de microchips, como os que irá ser usado no seu carro.






Se aceita que os seus e-mails sejam guardados durante anos, mesmo após os ter apagado do seu computador e que existem sistemas, como o Echelon, que permitem interceptar qualquer conversa telefónica, SMS, e-mail,...

Se aceita a existência de paraísos fiscais onde os ricos e as empresas colocam o seu dinheiro para fugir aos impostos, e onde os traficantes de droga e armas branqueiam os seus lucros.




Se aceita que os bancos mundiais financiem as guerras com o seu dinheiro, de preferência dos dois lados do conflito para aumentarem os seus lucros, até que estes já não consigam pagar e sejam obrigados a fazê-lo com os seus recursos naturais.



Se aceita que a publicidade use mentiras para o levar a desejar coisas que não lhe vão ser úteis



Se acha que o seu voto de quatro em quatro anos tem algum poder ao nomear os políticos que nos convencem com o que nós queremos ouvir, sendo nós manipulados pelos média nas mãos de grandes grupos financeiros.






Se aceita que as notícias compilem o que de pior se passa no planeta para que se sinta impotente e pense que não há nada a fazer. Se aceita que os média alimentem o medo, a raiva e o desespero para criar a sensação de insegurança que nos fará aceitar qualquer decisão como justa por muito limitativa das nossas liberdades que ela seja.



Se aceita todas a versões oficiais e mediáticas como verdadeiras, como os atentados do 11 de Setembro, sem tentar descobrir o que está por trás delas.



Se aceita a destruição diária de milhares de toneladas de comida para que os preços internacionais não baixem em vez de alimentar as milhares de pessoas que morrem de fome todos os anos.




Se aceita que se façam guerras para controlo económico, como o petróleo, ou para reactivar a economia ou escoar armamento.



Se aceita servir de cobaia ao consumir alimentos transgénicos ou comer animais criados com hormonas, pesticidas e antibióticos. Se aceita que meia dúzia de multinacionais, como Monsanto, imponham o que devemos semear.



Se acha que os organismos internacionais como a ONU, a OMS, o FMI, são entidades independentes e benfeitoras, sem qualquer objectivo politico e não controladas pelos grandes grupos financeiros. Se acha que a Comissão Europeia e os seus organismos executivos são democraticamente eleitos.



Se aceita que reuniões como as do Clube Bilderberg são apenas reuniões de amigos e que os convidados são por acaso os que detêm as rédeas do poder.




Então este blogue não é para si...



quarta-feira, 9 de junho de 2010

Os biocombustíveis causam mais danos que os combustíveis fósseis !



A utilização de combustíveis fósseis em veículos é melhor para o ambiente que os combustíveis "verdes", feitos a partir de culturas, de acordo com um estudo do governo relatado no jornal "The Times".




Segundo as normas, cada litro de biocombustível iria reduzir as emissões de CO2 em pelo menos 35% em comparação com a queima de um litro de combustível fóssil. Mas os estudos mostram que o óleo de palma aumenta em 31% as emissões de carbono libertado pelas florestas e as pastagens quando estas são convertidas em plantações.




Um memorando interno da Agricultura da Comissão Europeia, revela a sua preocupação, dado que a indústria de biocombustíveis na Europa, recebe cerca de 3.000.000 libras de subsídios e que esta ajuda estaria em perigo caso não fossem alteradas as normas de sustentabilidade.




Para proteger os biocombustíveis, a Comissão Europeia vai mudar as suas normas, equiparando as culturas de combustível verde À de bosques naturais.






A "ditadura" verde.




Primeiro veio o entusiasmo para substituir a gasolina e o diesel por combustíveis produzidos a partir de plantas, na crença de que se iria reduzir as emissões de CO2 dos combustíveis fósseis. Assim, surgiu o entusiasmo com o metanol e outros álcoois obtidos através do milho, da beterraba ou da cana de açúcar. Foi então que nos apercebemos que o rendimento do álcool como combustível é menor do que o da gasolina ou diesel tradicionais, porque necessitam de mais energia para o seu cultivo e para a sua refinação do que a que fornecem.




Rapidamente surgiu uma escassez de milho no mercado causada pela de este como combustível, o seu preço aumentou, assim como o preço das aves e da suinicultura que o utilizam como alimento. A escassez de milho onde este é usado como alimento de base conduziu ao aumento da fome nesses países.




Apareceram vários estudos realizados por organizações ambientalistas, que mostraram o pouco interesse da utilização de biocombustíveis como forma de reduzir as emissões de CO2. A fome nos países africanos e de América Latina, pouco importava. Mas já era tarde: tinha-se criado uma enorme indústria de biocombustíveis pela simples razão que estas são brutalmente subsidiadas pelos governos, porque, sem subsídios não teriam a menor hipótese de ser vendidos.




Os biocombustíveis estavam a violar as normas de sustentabilidade, então a solução é: "mudar as regras ou perder o negócio". Nós sabemos que os biocombustíveis são ineficientes, que emitem mais CO2 para a atmosfera, aumentam os preços dos alimentos e causando prejuízo nos ecossistemas, etc, mas o que realmente importa é que o negócio de subsídios não pode ser desperdiçado. Estes subsídios são pagos pelos governos, portanto à custa dos nossos impostos, e são assim desviados de aplicações bem mais úteis como o fornecimento de água potável ou a melhoria das condições de saúde.






Alguns grupos ecologistas utilizam os seus dogmas como se fosse uma espécie de "evangelho verde" e este tem sido usado para reduzir os níveis de vida, de saúde e de educação das populações mais pobres.








terça-feira, 8 de junho de 2010

O discurso de Daniel Estulin sobre Bilderberg no Parlamento Europeu.


A semana passada, dia 1 de Junho, Daniel Estulin falou pela primeira vez do Clube Bilderberg no Parlamento Europeu. Apesar de ser apenas uma conferência de imprensa, e não um discurso perante os eurodeputados, tratou-se de uma iniciativa importante.


Para quem ainda não sabe, Daniel Estulin tem publicado vários livros sobre Bilderberg. Este discurso pode ser lido na integra, em inglês, no seu site: http://www.danielestulin.com/2010/06/02/brussels-press-conference-daniel-estulin/


Trata-se na minha opinião de um discurso prudente, em algumas parte algo confuso e pouco insivo em relação às suas tomodas de posição anteriores. Apesar de tudo tem o mérito de delinear o que está por trás deste clube exclusivista.



Aqui ficam as passagens mais interessante em espanhol, uma tradução a partir do inglês, do site: http://pijamasurf.com/2010/06/el-historico-discurso-de-daniel-estulin-denunciando-al-grupo-bilderberg-ante-el-parlamento-europeo/





"Señores y Señoras,


Estamos hoy en posición de cambiar la historia. Finalmente creo que la humanidad tiene futuro. Una población en un momento desmoralizada y sin propósito está saliendo de un largo sueño. En este despertar general, las personas se están empezando a preguntar las preguntas adecuadas. Ya no es, “¿que sacaré de esto?” sino “¿qué es lo correcto?”. Es un fenómeno internacional de respuesta y reacción a una sobresaliente percepción de que el mundo entero está destinado a la catástrofe al menos de que nosotros, las personas, hagamos algo al respecto.


Yo he escrito un libro sobre el tema del grupo Bilderberg. El libro, en cierta forma, se ha convertido en el catalizador de un movimiento alrededor del mundo. Ahora, ya no tenemos mucho tiempo, así que quisiera explicarles lo que es Bilderberg y por qué debe de ser detenido.


En el mundo financiero internacional, hay aquellos que conducen los eventos y aquellos que reaccionan a los eventos. Mientras que los ultimos son más conocidos, mayores en número, y más poderosos en apariencia, el verdadero poder yace en los primeros. En el centro del sistema financiero global está la oligarquía financiera representada por el grupo Bilderberg.


La organizción Bilderberg es dinámica, en el sentido de que cambia con el tiempo, absorbe y crea nuevas partes mientras que se deshace de las partes en decadencia. Sus miembros vienen y van, pero el sistema en sí mismo no ha cambiado. Es un sistema que se autorreproduce, una telaraña virtual entrelazada con los intereses financieros, políticos, económicos e industriales.


Ahora bien, Bilderberg no es una sociedad secreta. No es un ojo maligno omnividente. No hay conspiración aunque muchas personas con sus fantasias infantiles lo ven así. Ningún grupo de personas, y no me importa que tan poderosas sean, se sientan alrededor de una mesa en la oscuridad, tomándose de las manos, observando una bola de cristal, planeando el futuro del mundo.


Es una reunion de personas que representan una cierta ideología.


No es Un Gobierno Global o un Nuevo Orden Mundial, como muchas personas equivocadamente creen. En cambio, la ideología es la de Una Compañía Mundial LTD. En 1968, en una reunion Bilderberg en Canadá, George Ball, el subsecretario de asuntos económicos de JFK y de Johnson dijo: “¿Dónde encuentra uno una base legítima para el poder de la administración corporativa de tomar decisiones que puedan afectar profundamente la vida económica de las naciones a cuyos gobiernos tienen solo una responsabilidad limitada?”.


La idea detrás de cada una de las reuniones Bilderberg es crear lo que ellos mismos llaman LA ARISTOCRACIA DEL PROPÓSITO sobre la mejor forma de manejar el planeta entre las elites de Europa y Norteamérica. En otras palabras, la creación de una red de enormes cárteles, más poderosa que cualquier nación en la Tierra, destinado a controlar las necesidades vitales del resto de la humanidad, obviamente desde su punto privilegiado, para nuestro propio bien y beneficio. Nosotros, las clases bajas (“The Great Unwashed”, como se refieren a nosotros).


Ahora bien, la razón por la que la gente no cree en los Bilderberg y otras organizaciones trabajando juntos y ejerciendo tal control en el escenario mundial es que la suya es una fantasia cartesiana, en la que las intenciones aisladas de algunos individuos, y no la dinámica de los procesos sociales moldean el curso de la historia como el movimiento de la evolución de las ideas y ciertos temas a lo largo de varias generaciones y hasta siglos.


Bilderberg es el medio de agrupar instituciones financieras que representan los más poderosos y predatorios de los intereses financieros. Y en este momento, esta combinación es el peor enemigo de la humanidad.


Nos podemos congratular en que hoy Bilderberg se ha vuelto tema de los medios corporativos. No porque los medios corporativos de repente hayan recordado su responsabilidad hacia nosotros, sino porque nosotros los hemos forzado a esta posición incómoda al tomar conciencia de que los presidentes y los primer ministros y sus diminutos reyes y reinas son títeres de fuerzas poderosas operando detrás de bambalinas."

...

"Esta gente quiere un Imperio. Eso es lo que es la globalización. Y demasiadas personas creen que para tener un Imperio, necesitas dinero. Han oído la frase: la Elite del Dinero. Pero el dinero no es un determinante de la riqueza y de la economía. El dinero no hace que de vueltas el mundo. El dinero no tiene valor intrínseco.


La mente humana afecta el desarrollo del planeta. Así es como la humanidad se mide. Este es el verdadeo significado de la Inmortalidad. Lo que nos separa de los animales es nuestra capacidad para descubrir prinicipios físicos universales. Nos permite innovar, lo que subsecuentemente mejora la vida de la gente al aumentar el poder del hombre sobre la naturaleza.


Verán, están destruyendo la economía del mundo a propósito. Y tampoco es la primera vez. Esto fue hecho en el siglo 14 en la Nueva Edad Oscura: acabaron con el 30% de la población.
Imperio: personas estúpidas abajo. Quieren destruir los poderes creativos de la razón."

...

"Vean a Grecia. Lo que están intentando hacer es colapsar el sisema, en vez de permitir que Grecia reorganize su sistema monetario, están imponiendo que Grecia sea usada, que la deuda griega sea financiada por Europa. Pero, esa deuda no vale nada. Es basura, dinero de monopoly. Así que pedirle a Europa, que a su vez está atravesando su propia debacle financiera, que absorba una deuda impagable, que los griegos, por cierto, no podrán jamás pagar, signifca que seguramente se destruirá Europa. Y esto está siendo hecho a propósito, ya que nadie, ni siquiera Barroso, que, con todo el respeto hacia él, es absolutamente intelectualmente impedido o Trichet


Deshagámonos de la burocracia en Bruselas. Despidámoslos a todos. Todos son pordioseros. Son inútiles. Estas personas nunca han hecho nada útil en sus vidas. Deshagámonos de Barroso. Reprobó historia en la escuela. Deshagámonos del hipócrita de Van Rumpey, no porque es inútil sino porque es mailgno y muy peligroso. No es la primera vez que un chaparro maligno gana su camino por la sombra hacia las entrañas del poder."

...

"Por ejemplo, nos han dicho que el euro debe de ser salvado. Que el fracaso del euro traerá la caída de la Unión Europea. Eso es una mentira. En vez de una débil y disfuncional union monetaria europea regresamos a ser repúblicas estado nación independientes. La Europa de nuestros ancestros.


“La diversidad cultural no es solo el sello del progreso, sino una poliza de seguros contra la extinción humana”. Una vez nacido, el concepto de estado nación nunca muere; solo espera a que aparezcan seres humanos valientes y cuerdos en su defensa, y perfeccionen el concepto. Así que debemos de ser una fraternidad de naciones, de naciones soberanas –unidas por el propósito común de la humanidad. Hasta que podamos llevar a la humanidad a una Edad de la Razón, la historia en realidad será formada no por la voluntad del grueso de la humanidad, sino por los pocos que, con intenciones buenas o malas, conducen el destino del hombre al igual que una manada de vacas es conducidas ida y vuelta por las praderas y, ocasionalmente, también hacia el matadero."



segunda-feira, 7 de junho de 2010

Lista dos participantes na Reunião de Bilderberg 2010.

Lista dos participantes na reunião do Clube Bilderberg que decorreu de 3 a 6 de Junho de 2010 em Sitges em Espanha:


BEL
Davignon, Etienne
Vice Chairman, Suez-Tractebel
DEU
Ackermann, Josef
Chairman of the Management Board and the Group Executive Committee, Deutsche Bank AG
GBR
Agius, Marcus
Chairman, Barclays Bank PLC
ESP
Alierta, César
Chairman and CEO, Telefónica
INT
Almunia, Joaquín
Commissioner, European Commission
USA
Altman, Roger C.
Chairman, Evercore Partners Inc.
USA
Arrison, Sonia
Author and policy analyst
SWE
Bäckström, Urban
Director General, Confederation of Swedish Enterprise
PRT
Balsemão, Francisco Pinto
Chairman and CEO, IMPRESA, S.G.P.S.; Former Prime Minister
ITA
Bernabè, Franco
CEO, Telecom Italia S.p.A.
SWE
Bildt, Carl
Minister of Foreign Affairs
FIN
Blåfield, Antti
Senior Editorial Writer, Helsingin Sanomat
ESP
Botín, Ana P.
Executive Chairman, Banesto
NOR
Brandtzæg, Svein Richard
CEO, Norsk Hydro ASA
AUT
Bronner, Oscar
Publisher and Editor, Der Standard
TUR
Çakir, Ruşen
Journalist
CAN
Campbell, Gordon
Premier of British Columbia
ESP
Carvajal Urquijo, Jaime
Managing Director, Advent International
FRA
Castries, Henri de
Chairman of the Management Board and CEO, AXA
ESP
Cebrián, Juan Luis
CEO, PRISA
ESP
Cisneros, Gustavo A.
Chairman and CEO, Cisneros Group of Companies
CAN
Clark, W. Edmund
President and CEO, TD Bank Financial Group
USA
Collins, Timothy C.
Senior Managing Director and CEO, Ripplewood Holdings, LLC
ITA
Conti, Fulvio
CEO and General Manager, Enel SpA
GRC
David, George A.
Chairman, Coca-Cola H.B.C. S.A.
DNK
Eldrup, Anders
CEO, DONG Energy
ITA
Elkann, John
Chairman, Fiat S.p.A.
DEU
Enders, Thomas
CEO, Airbus SAS
ESP
Entrecanales, José M.
Chairman, Acciona
DNK
Federspiel, Ulrik
Vice President Global Affairs, Haldor Topsøe A/S
USA
Feldstein, Martin S.
George F. Baker Professor of Economics, Harvard University
USA
Ferguson, Niall
Laurence A. Tisch Professor of History, Harvard University
AUT
Fischer, Heinz
Federal President
IRL
Gallagher, Paul
Attorney General
USA
Gates, William H.
Co-chair, Bill & Melinda Gates Foundation and Chairman, Microsoft Corporation
USA
Gordon, Philip H.
Assistant Secretary of State for European and Eurasian Affairs
USA
Graham, Donald E.
Chairman and CEO, The Washington Post Company
INT
Gucht, Karel de
Commissioner, European Commission
TUR
Gürel, Z. Damla
Special Adviser to the President on EU Affairs
NLD
Halberstadt, Victor
Professor of Economics, Leiden University; Former Honorary Secretary General of Bilderberg Meetings
USA
Holbrooke, Richard C.
Special Representative for Afghanistan and Pakistan
NLD
Hommen, Jan H.M.
Chairman, ING Group
USA
Hormats, Robert D.
Under Secretary for Economic, Energy and Agricultural Affairs
BEL
Huyghebaert, Jan
Chairman of the Board of Directors, KBC Group
USA
Johnson, James A.
Vice Chairman, Perseus, LLC
FIN
Katainen, Jyrki
Minister of Finance
USA
Keane, John M.
Senior Partner, SCP Partners
GBR
Kerr, John
Member, House of Lords; Deputy Chairman, Royal Dutch Shell plc.
USA
Kissinger, Henry A.
Chairman, Kissinger Associates, Inc.
USA
Kleinfeld, Klaus
Chairman and CEO, Alcoa
TUR
Koç, Mustafa V.
Chairman, Koç Holding A.Ş.
USA
Kravis, Henry R.
Founding Partner, Kohlberg Kravis Roberts & Co.
USA
Kravis, Marie-Josée
Senior Fellow, Hudson Institute, Inc.
INT
Kroes, Neelie
Commissioner, European Commission
USA
Lander, Eric S.
President and Director, Broad Institute of Harvard and MIT
FRA
Lauvergeon, Anne
Chairman of the Executive Board, AREVA
ESP
León Gross, Bernardino
Secretary General, Office of the Prime Minister
DEU
Löscher, Peter
Chairman of the Board of Management, Siemens AG
NOR
Magnus, Birger
Chairman, Storebrand ASA
CAN
Mansbridge, Peter
Chief Correspondent, Canadian Broadcasting Corporation
USA
Mathews, Jessica T.
President, Carnegie Endowment for International Peace
CAN
McKenna, Frank
Deputy Chair, TD Bank Financial Group
GBR
Micklethwait, John
Editor-in-Chief, The Economist
FRA
Montbrial, Thierry de
President, French Institute for International Relations
ITA
Monti, Mario
President, Universita Commerciale Luigi Bocconi
INT
Moyo, Dambisa F.
Economist and Author
USA
Mundie, Craig J.
Chief Research and Strategy Officer, Microsoft Corporation
NOR
Myklebust, Egil
Former Chairman of the Board of Directors SAS, Norsk Hydro ASA
USA
Naím, Moisés
Editor-in-Chief, Foreign Policy
NLD
Netherlands, H.M. the Queen of the
ESP
Nin Génova, Juan María
President and CEO, La Caixa
DNK
Nyrup Rasmussen, Poul
Former Prime Minister
GBR
Oldham, John
National Clinical Lead for Quality and Productivity
FIN
Ollila, Jorma
Chairman, Royal Dutch Shell plc
USA
Orszag, Peter R.
Director, Office of Management and Budget
TUR
Özilhan, Tuncay
Chairman, Anadolu Group
ITA
Padoa-Schioppa, Tommaso
Former Minister of Finance; President of Notre Europe
GRC
Papaconstantinou, George
Minister of Finance
USA
Parker, Sean
Managing Partner, Founders Fund
USA
Pearl, Frank H.
Chairman and CEO, Perseus, LLC
USA
Perle, Richard N.
Resident Fellow, American Enterprise Institute for Public Policy Research
ESP
Polanco, Ignacio
Chairman, Grupo PRISA
CAN
Prichard, J. Robert S.
President and CEO, Metrolinx
FRA
Ramanantsoa, Bernard
Dean, HEC Paris Group
PRT
Rangel, Paulo
Member, European Parliament
CAN
Reisman, Heather M.
Chair and CEO, Indigo Books & Music Inc.
SWE
Renström, Lars
President and CEO, Alfa Laval
NLD
Rinnooy Kan, Alexander H.G.
Chairman, Social and Economic Council of the Netherlands (SER)
ITA
Rocca, Gianfelice
Chairman, Techint
ESP
Rodriguez Inciarte, Matías
Executive Vice Chairman, Grupo Santander
USA
Rose, Charlie
Producer, Rose Communications
USA
Rubin, Robert E.
Co-Chairman, Council on Foreign Relations; Former Secretary of the Treasury
TUR
Sabanci Dinçer, Suzan
Chairman, Akbank
ITA
Scaroni, Paolo
CEO, Eni S.p.A.
USA
Schmidt, Eric
CEO and Chairman of the Board, Google
AUT
Scholten, Rudolf
Member of the Board of Executive Directors, Oesterreichische Kontrollbank AG
DEU
Scholz, Olaf
Vice Chairman, SPD
INT
Sheeran, Josette
Executive Director, United Nations World Food Programme
INT
Solana Madariaga, Javier
Former Secretary General, Council of the European Union
ESP
Spain, H.M. the Queen of
USA
Steinberg, James B.
Deputy Secretary of State
INT
Stigson, Björn
President, World Business Council for Sustainable Development
USA
Summers, Lawrence H.
Director, National Economic Council
IRL
Sutherland, Peter D.
Chairman, Goldman Sachs International
GBR
Taylor, J. Martin
Chairman, Syngenta International AG
PRT
Teixeira dos Santos, Fernando
Minister of State and Finance
USA
Thiel, Peter A.
President, Clarium Capital Management, LLC
GRC
Tsoukalis, Loukas
President, ELIAMEP
INT
Tumpel-Gugerell, Gertrude
Member of the Executive Board, European Central Bank
USA
Varney, Christine A.
Assistant Attorney General for Antitrust
CHE
Vasella, Daniel L.
Chairman, Novartis AG
USA
Volcker, Paul A.
Chairman, Economic Recovery Advisory Board
CHE
Voser, Peter
CEO, Royal Dutch Shell plc
FIN
Wahlroos, Björn
Chairman, Sampo plc
CHE
Waldvogel, Francis A.
Chairman, Novartis Venture Fund
SWE
Wallenberg, Jacob
Chairman, Investor AB
NLD
Wellink, Nout
President, De Nederlandsche Bank
USA
West, F.J. Bing
Author
GBR
Williams, Shirley
Member, House of Lords
USA
Wolfensohn, James D.
Chairman, Wolfensohn & Company, LLC
ESP
Zapatero, José Luis Rodríguez
Prime Minister
DEU
Zetsche, Dieter
Chairman, Daimler AG
INT
Zoellick, Robert B.
President, The World Bank Group
Rapporteurs
GBR
Bredow, Vendeline von
Business Correspondent, The Economist
GBR
Wooldridge, Adrian D.
Business Correspondent, The Economist


http://www.danielestulin.com/2010/06/07/lista-de-asistentes-a-la-reunion-del-club-bilderberg-2010/#more-1740

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Lista dos participantes portugueses nas reuniões de Bilderberg e "coincidências".

Lista dos portugueses de Bilderberg:


Francisco Pinto Balsemão, participante permanente desde 1988, é ele que escolhe os portugueses que todos os anos participam.

1988: Vitor Constancio e Francisco Lucas Pires

1991: Carlos Monjardino e Carlos Pimenta

1992: António Barreto e Roberto Carneiro

1993: Nuno Brederode Santos e Fernando Faria de Oliveira

1994: José Manuel DurãoBarrosso e Miguel Veiga

1995: Luis Amaral, Maria Carrilho e José Cutilero

1996: Margarida Marante e António Vitorino

1997: António Borges e José Galvao Teles

1998: Vasco Coutinho, Miguel Horta e Costa e Marcelo Rebelo de Sousa

1999: Joaquim Fraitas do Amaral, João Cravinho, Eduardo Grilo, Vasco Mello, Francisco Murteira Nabo, Ricardo Espirito Santo Salgado, Jorge Sampaio, Nicolau Santos, Artur Santos Silva

2000: Teresa Patrício Gouveia

2001: Guilherme de Oliveira Martins e Vasco Graça Moura

2002: António Borges e Elisa Ferreira

2003: Eduardo Ferro Rodrigues, Jorge Sampaio e José Durão Barroso

2004: José Sócrates, Pedro Santana Lopes e António Vitorino

2005: José Durão Barroso, António Guterres e Nuno Morais Sarmento

2006: Augusto Santos Silva e José Pedro aguiar-Branco

2007: Leonor Beleza

2008: Rui Rio e António Costa

2009: Manuela Ferreira Leite e Manuel Pinho

2010: Paulo Rangel e Teixeira dos Santos







Para quem gosta de "coicidências" estrangeiras:




Coincidências?Bill Clinton que participa no encontro Bilderberg na Alemanha em 91 foi eleito presidente dos Estados Unidos da América em Agosto de 1992.


Tony Blair que participa no encontro Bilderberg na Grécia em 93 torna-se líder do partido em Julho de 94 torna-se primeiro-ministro em Maio de 97.


Jack Santer o anterior chefe de estado (demitido por corrupção) participou no encontro Bilderberg na Alemanha em 91 e torna-se presidente da UE em Janeiro 95.


Romano Prodi participou no encontro Bilderberg em Portugal em Junho de 99 toma posse como presidente da UE em Setembro de 99.


George Robertson participa no encontro Bilderberg na Escócia em 98 e toma posse como secretário-geral da NATO em 99.Outra GRANDE coincidências é que desde ‘71 todos os líderes da NATO, pertenciam à Bilderberg.







Para quem gosta de "coincidências" portuguesas:




Na reunião que teve lugar de 3 a 6 de Junho, em Stresa, em Milão, Santana Lopes e José Sócrates estiveram presentes, juntamente com Pinto Balsemão. Curiosamente, Santana seria primeiro-ministro dois meses depois e nem passaria um ano para José Sócrates chefiar o Governo. Outros três intervenientes na crise política de 2004, o Presidente da República, Jorge Sampaio, Durão Barroso, então primeiro-ministro, e Ferro Rodrigues, então líder do PS, também estiveram em reuniões de Bilderberg. Sampaio esteve presente em 1999, na reuniãode Sintra. Durão é um velho conhecido de Bilderberg, tendo estado presente em 1994, 2003 e já este ano, na Alemanha, na qualidade de presidente da Comissão Europeia. Já Ferro Rodrigues esteve presente na reunião de 2003.


Os últimos quatro primeiros-ministros portugueses ascenderam ao cargo após terem participado nos encontros. António Guterres participou, em 1994, na conferência realizada em Helsínquia, na Finlândia, juntamente com Durão Barroso e com o advogado portuense e militante do PSD Miguel Veiga. No ano seguinte, em 1995, após a vitória do PS nas legislativas, Guterres é convidado a formar governo e Barroso, que era ministro dos Negócios Estrangeiros no terceiro Governo de Cavaco Silva, passou à oposição.


Decorridos seis anos, António Guterres demite-se do governo, na sequência da derrota eleitoral do PS nas autárquicas de 2001. Eduardo Ferro Rodrigues assume a chefia do executivo até à realização de eleições legislativas e também a liderança do PS. Jorge Sampaio — também ele um convidado de Bilderberg, tendo participado na conferência de 1999, realizada em Sintra — marca as eleições para 17 de Março de 2002. O PSD ganha as eleições e Durão Barroso, presidente do partido desde 1999, é convidado a formar governo.


No ano seguinte, em 2003, Durão Barroso compareceu no encontro do grupo de Bilderberg, realizado em Versailles, em França. Desta vez foi acompanhado por Eduardo Ferro Rodrigues. Mas perspectivou-se aí uma nova missão para o primeiro-ministro. Barroso não leva o mandato até ao fim e pede a demissão para desempenhar o cargo de presidente da Comissão
Europeia


Em 2004, Jorge Sampaio decide reconduzir o PSD, rejeitando a hipótese de convocação de eleições antecipadas, o que leva Ferro Rodrigues a demitir- se de secretário-geral do PS. Pedro Santana Lopes, então presidente da Câmara Municipal de Lisboa, foi convidado a participar na conferência do grupo Bilderberg, que se realizou no início de Junho, em Stresa, Itália. Um mês depois Santana Lopes forma governo, a convite do Presidente da República. Mas o novo presidente do PSD e novo primeiro-ministro não se deslocou sozinho a Itália. Foi com ele José Sócrates, antigo ministro do Ambiente de António Guterres e que seria eleito três meses depois secretário-geral do PS.



Na delegação portuguesa de 2004, além do sempre presente Francisco
Pinto Balsemão, participou também pela segunda vez numa conferência de Bilderberg António Vitorino. A sua estreia ocorreu em 1996, em Toronto, no Canadá, quando era vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa do Governo de António Guterres. Na altura, também o acompanhou a jornalista Margarida Marante.


Depois da saída de António Vitorino do governo, em 1997, ocupou nos dois anos seguintes o lugar de presidente da Portugal Telecom Internacional e o de presidente da assembleia geral do Banco Santander Portugal. Cargos que deixou para ser empossado como comissário europeu, na Comissão presidida por Romano Prodi. Na reunião de 2004, Vitorino era comissário responsável pela Justiça e Assuntos Internos em fim de mandato e o seu nome era avançado como candidato possível à presidência da Comissão europeia e à eleição de 2006 para a Presidência da República portuguesa.


A estada de Santana Lopes no governo é breve. Dissolvida a Assembleia da República e convocadas eleições legislativas, José Sócrates, já então secretário-geral do PS, conquista a maioria absoluta em 20 de Fevereiro de 2005. Para a conferência Bilderberg, que decorreu em Maio desse ano, em Rottach-Egern, na Alemanha, foram convidados o presidente da Comissão europeia e mais dois candidatáveis, um a uma instância internacional e outro à liderança do PSD.


Durão Barroso acompanhou o seu amigo pessoal Nuno Morais Sarmento, que é, no entanto, ultrapassado em Portugal na corrida para a direcção do PSD por Luís Marques Mendes. Pelo contrário, António Guterres é confirmado em Maio para o cargo de Alto Comissário da ONU para os Refugiados.


Mas Bilderberg serve também para afastar quem não se enquadre nos objectivos definidos. Foi o que aconteceu a Margareth Tatcher ao manifestar reservas a uma crescente integração europeia. O mesmo poderá ter acontecido a Ferro Rodrigues, quando nas eleições de 2004 para o Parlamento Europeu se manifestou contra a venda de 49 por cento do capital da empresa Águas de Portugal. Posição essa que contraria a política comunitária e os objectivos capitalistas. José Sócrates nomeia-o chefe da delegação portuguesa junto da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) em Paris. Os acontecimentos dão consistência à tese da governação mundial capitalista. Daí que se perceba o secretismo que envolve os conclaves de Bilderberg.


Para que o silêncio seja assegurado, participam nos encontros representantes dos maiores grupos de comunicação social, tanto administradores como jornalistas. Mas participam igualmente para se informarem sobre o que interessa à agenda mediática. Entre os portugueses contam-se Margarida Marante (encontro de 1996), Nicolau Santos (1999) Nuno Brederode Santos (1993) e o próprio Pinto Balsemão, patrão do grupo Impresa.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

"Jornal i" o único que denuncia Bilderberg.



Decididamente o "Jornal i" é um jornal à parte no panorama da comunicação social em Portugal. Quando nenhum média em Portugal e até no mundo fala da reunião de Bilderberg, este diário tem a coragem de o fazer e fá-lo nada mais nada com destaque de primeira página.

No interior do jornal quem não conhece o que é o clube Bilderberg fica com uma ideia. Ainda há poucos anos estas reuniões secretas, negadas pelos que nelas participavam, eram tidas como o fruto da imaginação de alguns lunáticos partidários de teorias da conspiração. Hoje em dia, muito à custa de pessoas como Daniel Estulin, Jim Tuker ou Alex Jones, este grupo é hoje uma realidade.

Só falta referir, a quem não conhece o grupo Bilderberg, que os seus participantes, dono dos grandes grupos financeiros mundiais não se reúnem para tomar chá! Não é por acaso que os convidados serão os que pouco tempo depois irão ocupar cargos políticos de destaque, como tornando-se os primeiros-ministros que nos governam...



terça-feira, 1 de junho de 2010

Para que serve a ERSE ?



A ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos) tem como objectivo a protecção dos direitos e interesse dos consumidores em relação a preços e serviços, à qualidade de serviço, à verificação do cumprimento de obrigações de serviço público e demais obrigações legais e regulamentares.

Tudo isto é muito bonito, mas afinal para que serve a ERSE? Primeiro uma história incrível da demissão do seu presidente em 2006 e depois algumas decisões desta entidade...






Uma demissão sui generis.


Era uma vez um senhor chamado Jorge Viegas Vasconcelos, que era presidente de uma coisa chamada ERSE, ou seja, Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, organismo que praticamente ninguém conhece e, dos que conhecem, poucos devem saber para o que serve.


Mas o que sabemos é que o senhor Vasconcelos pediu a demissão do seu cargo porque, segundo consta, queria que os aumentos da electricidade ainda fossem maiores. Ora, quando alguém se demite do seu emprego, fá-lo por sua conta e risco, não lhe sendo devidos, pela entidade empregadora, quaisquer reparos, subsídios ou outros quaisquer benefícios. Porém, com o senhor Vasconcelos não foi assim.


Na verdade, ele vai para casa com 12 mil euros por mês - ou seja, 2.400 contos - durante o máximo de dois anos, até encontrar um novo emprego.Aqui, quem me lê pergunta, ligeiramente confuso ou perplexo:


«Mas você não disse que o senhor Vasconcelos se despediu?».
E eu respondo: «Pois disse. Ele demitiu-se, isto é, despediu-se por vontade própria!».


E você volta a questionar-me: «Então, porque fica o homem a receber os tais 2.400 contos por mês, durante dois anos? Qual é, neste país, o trabalhador que se despede e fica a receber seja o que for?». Se fizermos esta pergunta ao ministério da Economia, ele responderá, como já respondeu, que «o regime aplicado aos membros do conselho de administração da ERSE foi aprovado pela própria ERSE». E que, «de acordo com artigo 28 dos Estatutos da ERSE, os membros do conselho de administração estão sujeitos ao estatuto do gestor público em tudo o que não resultar desses estatutos».


Ou seja: sempre que os estatutos da ERSE forem mais vantajosos para os seus gestores, o estatuto de gestor público não se aplica. Dizendo ainda melhor: o senhor Vasconcelos (que era presidente da ERSE desde a sua fundação) e os seus amigos do conselho de administração, apesar de terem o estatuto de gestores públicos, criaram um esquema ainda mais vantajoso para si próprios, como seja, por exemplo, ficarem com um ordenado milionário quando resolverem demitir-se dos seus cargos. Com a bênção avalizadora, é claro, dos nossos excelsos governantes.


Trata-se, obviamente, de um escândalo, de uma imoralidade sem limites, de uma afronta a milhões de portugueses que sobrevivem com ordenados baixíssimos e subsídios de desemprego miseráveis. Trata-se, em suma, de um desenfreado, e abusivo desavergonhado abocanhar do erário público. Mas, voltemos à nossa história.O senhor Vasconcelos recebia 18 mil euros mensais, mais subsídio de férias, subsídio de Natal e ajudas de custo. 18 mil euros seriam mais de 3.600 contos, ou seja, mais de 120 contos por dia, sem incluir os subsídios de férias e Natal e ajudas de custo.




Para que serve a ERSE?



Aqui, uma pergunta se impõe: Afinal, o que é - e para que serve - a ERSE?
A missão da ERSE consiste em fazer cumprir as disposições legislativas para o sector energético.


E pergunta você, que não é burro: «Mas para fazer cumprir a lei não bastam os governos, os tribunais, a polícia, etc.?». Parece que não.A coisa funciona assim: após receber uma reclamação, a ERSE intervém através da mediação e da tentativa de conciliação das partes envolvidas. Antes, o consumidor tem de reclamar junto do prestador de serviço. Ou seja, a ERSE não serve para nada. Ou serve apenas para gastar somas astronómicas com os seus administradores.






Exemplos de decisões da ERSE:






Exemplo 1


Em 2007 as dívidas incobráveis na EDP atingiram os 12,4 milhões de Euros, e para 2008 prevêm que o valor suba para 13,6 milhões de Euros.


Proposta da ERSE – Que o valor incobrável seja repercutido pelos consumidores pagantes, de modo a não afectar os lucros da EDP.Não seria mais lógico aconselhar a EDP ser mais eficiente na cobrança?



Exemplo 2


Legislação recente acabou com as taxas de aluguer de contadores e estabeleceu a obrigatoriedade da facturação mensal.
Proposta da ERSE - O acréscimo de custo com a facturação mensal e a perda de proveitos derivado da anulação do aluguer de contadores tem que se repercutir no valor da tarifa.



Exemplo 3


O Diário Económico fez manchete com o roubo de electricidade, colocando em título: “Roubos de electricidade atingem 32 milhões de euros”
O que diz a ERSE – Nada, em vez de proteger adequadamente os interesses dos consumidores como é sua obrigação.E a EDP não tem que se preocupar em ser mais eficiente no controlo dos roubos de energia, pela simples razão de que, com roubo ou sem roubo, acaba por arrecadar os mesmos proveitos.



Exemplo 4


Tarifa social para clientes com potência contratada até 2,3 kVA e com um consumo anual igual ou inferior a 400 kVA, é aplicado um desconto. (só uma pequena percentagem da população entra neste escalão).Mas atenção - este subsídio é suportado pelos restantes clientesA ERSE está mais preocupada com os resultados da EDP em vez de se preocupar com a missão para que foi criada.




Ataque de Israel e o novo Médio Oriente.

O ataque de Israel a uma frota humanitária chocou o mundo. Por incrível que possa parecer, Israel até tem razão perante o direito internacional, quanto à razão moral, há muito tempo que a perdeu.




O ponto de vista israelita:









Do ponto de vista do direito internacional, Israel pode evocar a sua acção militar como uma legítima defesa. Este direito natural dos Estados é uma das duas excepções da proibição de recorrer à força, em conformidade com a carta das Nações Unidas. O outro é a utilização da força quando autorizada pela ONU.





O bloqueio marítimo a Gaza foi decretado por Israel por o Hamas bombardear alvos civis israelitas. Perante o direito internacional, Israel, sentindo-se ameaçado tem toda a legalidade de decretar um bloqueio, neste caso marítimo, tendo que o anunciar que a devida antecedência, que foi o caso.


Quando existe um bloqueio marítimo, nenhum navio pode entrar na zona de bloqueio, civis ou militares, inclusive nas águas internacionais. O direito internacional reconhece que um navio que viole o bloqueio pode ser capturado ou atacado.


Este aspecto é referido por Sarah Weiss Mausi, perita em direito internacional no ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel. Refere ainda que Israel saiu da Faixa de Gaza em 2005 e que apesar de tudo esta zona continua a efectuar bombardeamentos sobre a sociedade civil do seu país.


O bloqueio é assim considerado uma medida de legítima defesa. Israel diz estar a cumprir com a obrigação humanitária do fornecimento alimentar a Gaza, mas este não tem qualquer obrigação quanto ao fornecimento de produtos tidos como não vitais. A quantidade de cimento que Israel deixa entrar em Gaza é limitada porque este poderia ser usado para fins militares.


Perante a intenção expressa pelos manifestantes de violar o bloqueio naval, Israel comunicou aos países envolvidos através das suas embaixadas, nomeadamente à Turquia, que não autorizava a vinda dos navios na dita zona.

Tentando exercer os seus direitos, Israel tentou controlar os navios através de meios pacíficos, mas perante a resistência e a violência dos manifestantes tiveram que agir em legítima defesa.

Isto é a versão oficial das autoridades israelitas, claro que a versão dos manifestantes é totalmente oposta.




O ponto de vista palestiniano:



Em 1947, as Nações Unidas adoptam a resolução 181 que prevê a divisão da Palestina num Estado árabe e num Estado judeu. Estava criado o Estado de Israel, baseado na lenda absurda que esse seria o local da terra prometida por um Deus que tinha um povo preferido. Esta solução foi aceite por uma Europa culpabilizada pela tragédia da Shoah e potenciada pelo lobby judaico americano (actualmente mais de 90% dos meios de comunicação social estão nas mãos de judeus) .


O problema é que o local onde foi criado o Estado de Israel era ocupado por árabes, e jamais esta região conheceu a paz. Vale mais uma imagem do que mil palavras, então aqui fica uma visão do desaparecimento da Palestina com a ocupação judaica:







Os palestinianos queixam-se do tratamento desumano israelita e da expropriação forçada das suas terras com a construção desenfreada de colonatos. A Faixa de Gaza tornou-se num verdadeiro campo de concentração, estando Israel fazer o mesmo aos palestinianos o que lhes fizeram durante a segunda guerra mundial na Europa.


As carências alimentares na Faixa de Gaza são evidente e estes queixam-se da violação da regra que prevê que em caso de bloqueio os bens de primeira necessidade devem ser fornecidos.



O novo Médio Oriente.

Na realidade a população civil palestiniana encontra-se no meio de um vasto xadrez político e geoestratégico. Os grupos extremistas palestinianos servem-se da sua população como escudo humano. A própria existência do Estado de Israel é intolerável na região. A bandeira turca nos barcos que tentaram quebrar o bloqueio não é inocente, a Turquia deixou de ser estratégica para os Estados Unidos e de antigo "amigo" muçulmano de Israel, passou a querer ter uma posição estratégica no mundo árabe. A recente aproximação ao Irão é disso exemplo, e um novo império otomano um sonho.





http://www.un.org/News/Press/docs//2009/sc9567.doc.htm

http://www.mediapart.fr/club/blog/materneau-chrispin/060109/israel-gaza-et-le-droit-international-quelques-remarques

http://lessakele.over-blog.fr/article-blocus-maritime-au-large-de-gaza-approvisionnement-humanitaire-et-legalite-que-dit-le-droit-international-51232360.html

http://www.desinfos.com/spip.php?page=article&id_article=18815